quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

POUCA ESPERANÇA PARA 2013


Presidente Dilma, em recentes aparições públicas, tenta demonstrar otimismo quanto a previsão do desempenho da economia brasileira no ano de 2013. Não vejo nenhum indicador que justifique as tais afirnativas sobre  economia interna. Dilma nos 2 primeiros anos de administração conseguiu desorganizar as diversas atividades que compõe o mercado, como preço de combustíveis e tarifas de energia elétrica.  No entanto, o maior e fatal impasse para crescimento do País é, ainda, o controle  que sxercesobre o câmbio, apreciado demasiadamente o real perante o dólar.

O propalado investimento em infraestrutura anunciado com muita espuma, são programas que nem os projetos executivos ainda existem.  Como a elaboração dos projetos executivos de uma obra de porte leva no mínimo 2 anos, as tais obras anunciadas tem poucas chances de provocar elevação do PIB no curto prazo.  Presidente Dilma contar com os programas espumas como elementos de alavancagem ao crescimento econômico em 2013 é  no mínimo um delírio.

O Brasil encontra-se na posição daquele dito popular: se correr o bicho pega, se parar o bicho come.  Tentar fazer o alinhamento dos diversos fatores, numa tacada só, poderá levar o País a hiperinflação, como está ocorrendo na vizinha Argentina.  A última intervenção do Banco Central para conter a alta do dólar demonstra o desespero dos condutores da economia na tentativa de segurar a inflação no patamar.

O preço dos combustíveis está demasiadamente defasado, entre 15% a 25% segundo os melhores analistas, fazendo com que a Companhia adiem os diversos investimentos, entre os quais a construção e ampliação das refinarias, sem contar com o encolhimento de investimentos na área de exploração.  O plano de desinvestimento no exterior, com pretensão de vender os ativos "filé mignon" para fazer caixa como quer a Graça Foster, presidente da Petrobras, está causando enormes prejuízos, desfavorecendo ainda mais a condição econômica financeira da Companhia.  A Petrobras, ao invés de ajudar o País com os investimentos, vai requerer, no curto prazo, aporte de recurso do Tesouro Nacional. Isto é incompetência pura.

A redução tarifária de energia elétrica, foi planejado para compensar o necessário reajustamento dos combustíveis, mas o tiro acabou saindo pela culatra, causando enorme buraco no patrimônio líquido da Eletrobras.  Por mais que a presidente Dilma diga que não haverá apagões, a realidade vai mostrar exatamento o contrário.  Por falta de investimentos o sistema elétrico brasileiro, vai se tornar obsoleto com dantes da privatização a passos celeres.

O crescimento PIBão da presidente Dilma em 2013, baseado exlusivamento no mercado interno é outro erro de avaliação.  Coisa de leigo, não de uma competente gerentona.  O endividamento da população já está acim dos 60% do PIB.  Em valor absoluto, nem é tão alto, mas se considerarmos que o endividamento da população no início da gestão Lula estava em 23% do PIB, é um número insustentável.  Lembrando que a causa da crise financeira internacional de 2008 começou com a inadimplência de créditos na área imobiliária nos EEUU, nos dá um certo  arrepio.

Recomendo aos meus leitores a não ir atrás das espumas do presidente Dilma e colocar a barba no molho ou prevenir-se para uma eventual crise financeira brasileira no futuro próximo.  Todos os ingredientes para que isto venha ocorrer, tem.  Só  nos resta acreditar que Deus é brasileiro, mesmo!

Ossami Sakamori, 68, engenheiro civil, foi professor da UFPR.  E-mail: sakamori10@gmail.com

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