sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

DILMA CONSOLIDA SUA REELEIÇÃO EM 2014. ATA DO COPOM


Resumo do resumo da ata do Copom, divulgado pelo jornal Estadão.  Pincei, apenas parte da matéria do Estadão.  A ata reflete, grosso modo, como pensa o governo Dilma, sobre o resultado da política econômica e por onde vai trilhar nos próximos 12 meses.  Leiam atentamento os trechos escolhidos por mim, sem edição.  No final da reprodução da matéria do Estadão, vai um breve comentário meu.  

Levando-se em conta todas as novas expectativas para o comportamento dos preços, o BC revisou para cima a sua projeção da alta dos preços administrados e monitorados este ano, que passa a ser de 3%, no lugar de 2,4% previsto até a reunião do Copom de novembro. Para 2014, a previsão de elevação de preços para este grupo foi mantida em 4,5%. Fonte: Estadão.

O Copom avaliou que o balanço de riscos para a inflação apresentou piora no curto prazo. Nesse mesmo trecho, o colegiado do Banco Central enfatizou também que a recuperação da atividade doméstica foi menos intensa do que o esperado, "bem como que certa complexidade ainda envolve o ambiente internacional". Fonte: Estadão.

A projeção para a inflação oficial em 2013, medida pelo Índice de Preços ao Consumido Amplo (IPCA), subiu e segue acima do centro da meta de 4,5% tanto no cenário de referência quanto no de mercado traçados pelo Banco Central.
De acordo com o documento, o cenário de referência leva em conta as hipóteses de manutenção da taxa de câmbio em R$ 2,05 e da taxa Selic em 7,25% ao ano "em todo o horizonte relevante". Fonte Estadão.

"O Copom entende que a estabilidade das condições monetárias por um período de tempo suficientemente prolongado é a estratégia mais adequada para garantir a convergência da inflação para a meta."  Segundo o BC, apesar da fragilidade do investimento, "que reflete, em grande parte, o aumento de incertezas e a lenta recuperação da confiança", a demanda doméstica continuará a ser impulsionada pelos efeitos defasados de ações de política monetária recentes, bem como pela expansão moderada da oferta de crédito para pessoas físicas e jurídicas. Fonte: Estadão.

O Copom reconhece que há maior dispersão de aumentos de preços ao consumidor. Para o comitê, esse é um dos fatores que tendem a contribuir para que, no curto prazo, a inflação se mostre resistenteA ata avalia que "iniciativas recentes" apontam o balanço do setor público em posição expansionista. Ao mesmo tempo prevê que a demanda doméstica tende a se apresentar robusta. Fonte: Estadão.

Conclusão 1. O governo Dilma, já admite que a inflação deste ano vai fugir longe da meta de inflação estabelecido pelo BC em 4,5% para o ano de 2013.  reconhece, também, o governo Dilma de que a inflação vai avançar muito além do previsto, em função de aumento ao consumidor estar fora do controle do governo. Colaborando para o incremento na inflação, a posição expansionista dos investimentos do setor público.  Enfim, inflação em 2013, estará muito acima do previsto pelo governo no final do ano passado.

Conclusão 2. Pela ata do Copom, Dilma vai manter a taxa de câmbio calibrado nos atuais níveis, banda cambial informal, entre R$ 2,00 a R$ 2,10 e a taxa Selic nos atuais níveis de 7,25% ao ano.  Logicamente, os fatores externos depende da percepção dos especuladores globais que financiam a dívida do Tesouro Nacional, lembrando que o fluxo cambial depende muito do "humor" do mercado, podendo de um dia outro, mudar completamento o panorama atual.  O Brasil está sobre o fio da navalha.

Conclusão 3. A ata do Compom, que reflete totalmente a política do governo Dilma, mostra que a alta dos combustíveis, em torno de 7% para gasolina e 4% a 5% para diesel, vai ocorrer, numa oportunidade só, em 2013.  Deixando claro, que a Dilma vai deixar Petrobras à mercê de virar sucata, adiando investimentos prioritários importantes, para manter a "auto-suficiência" em petróleo.  E nenhum sinal de que vai ajustar situação desconfortável de geração de investimentos para o sistema Eletrobras, também.  

Conclusão 4. A ata do Copom, demonstra claramente, que no ano de 2013 e 2014, véspera da reeleição da Dilma, o governo vai abrir os cofres para os estados e municípios e certamente abrirá, também,  os cofres do BNDES para ampliar a Bolsa Empresários. A Dilma conta com o financiamento dos empresários do Bolsa Empresários para sua reeleição. Itens importantes que pode fazer exacerbar ainda mais o índice inflacionário.

Conclusão 5. Como era esperado, a Dilma vai jogar todas fichas, para impedir a pretensão do Lula de pleitear a candidatura à sua sucessão, como um dos objetivos.  Mas o principal, sem dúvida, é através de medidas "espumas" garantir a popularidade à altura, para encaminhar a sua candidatura para reeleição.

Ossami Sakamori, 68, engenheiro civil, foi professor da UFPR, filiado ao PDT.  Twitter: @sakamori12

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