segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Leilão dos aeroportos. A farsa da Dilma.

Terra. Na sexta-feira, Dilma foi mais enfática durante discurso em Fortaleza, logo após o resultado da disputa ter sido anunciado. “Os pessimistas hoje, infelizmente, vão ter um dia de amargura. Não deu errado”, afirmou no momento. 

Comentário.

Não vem que não tem.  Sou a favor da entrega da administração dos aeroportos do Brasil para a iniciativa privada.  Por mim, até que demorou a acontecer.  Ainda assim, as obras necessárias para recepcionar os turistas estrangeiros por conta da Copa do Mundo não serão beneficiados com as melhorias propostas pelas concessionárias.

A presidente Dilma mais parece uma pessoa com síndrome de "perseguida".  Ninguém, nenhum dos 200 milhões de brasileiros torcem contra o Brasil.  Dilma, no cargo de presidente poderia ter dispensado o recado para os "pessimistas".  Para conhecimento dela, nenhum brasileiro torce contra o Brasil.  Só mesmo na cabeça dela, de recalcada, que poderia pensar uma coisa dessa.

No mais, vamos destrinchar um pouco, o resultado fantástico do leilão.  Quase R$ 21 bilhões de receitas para o governo, conforme anuncia a quatro ventos sobre leilões do Galeão e Confins.  Estranho que o governo estimou a receita bruta em R$ 18 bilhões, isto é R$ 3 bilhões a menos do que o valor mínimo que as concessionárias vão recolher ao governo.  Tinha baralho marcado?

No mais, vamos dissecar a receita prevista do leilão, os R$ 21 bilhões.  As concessionárias, se comprometem pagar ao governo, o lance do "pedágio", em suaves prestações anuais no período da concessão.  Isto é, as concessionárias, as duas somadas, vão recolher menos de R$ 1 bilhão por ano ao governo.  Bem diferente do que o governo passa a impressão de que foi arrecadado, no leilão, os R$ 21 bilhões em "cash".  

Outra lance curioso é que do total de menos de R$ 1 bilhão por ano, nas duas concessões, 49% será paga pelo Infraero, uma estatal do governo federal.  Resumindo, as concessionárias vão recolher aos cofres do governo, menos que R$ 500 milhões ao governo federal por ano.  

É certo que o ministério da Fazenda, vai considerar como receita do governo, o total de R$ 21 bilhões que vai receber ao longo do período da concessão, para cobrir o rombo do Orçamento da União, na tentativa de gerar o "superávit primário" prometido no início do ano.  Seria considerar a receita futura como sendo receita presente.  Isto é alquimia do ministério da Fazenda.  

Dá-se impressão de que as empreiteiras vão colocar algum dinheiro na ampliação e melhorias dos aeroportos leiloados.  Ledo engano.  Os investimentos necessários para a ampliação e melhoria, certamente, virão do BNDES a juros subsidiados dentro do programa PIS - Plano de Investimento Sustentável.  

Resumindo, as empreiteiras, só fizeram pose.  Na prática, não vão desembolsar dinheiro nenhum.  Durante o período de operação, vão gerar receitas para pagar os financiamentos do BNDES, as parcelas correspondente ao valor prometido em leilão e custos operacionais de tal forma que ainda dê lucro razoável para os empreiteiros concessionários.  

Mesmo assim, com todas gambiarras não anunciadas pela presidente, fico feliz com o resultado do leilão, contrariando ao imaginário preconceituoso contra os ditos "pessimistas" pela Dilma.  Será que pessimista não seria ela, a Dilma?  

Vamos apostar no Brasil, sem Dilma, vamos?

Ossami Sakamori 




3 comentários:

Anônimo disse...

Mestre Saka!

O que me entristece ainda mais com o tal de "desgoverno" atual, em nosso país, é que sempe os "discursos" todos retoricos, inflamáveis e em sua grande maioria, são efetuados no Nordeste.
Sinto uma faca, afiadíssima, sendo colocado no peito, quando fazem isso com os nordestinos, ou começando por lá e se "espalhando" pelo restante de nossa gente.
Até quando vamos permitir que façam dos Nordestinos, "currais eleitorais"?

Belo pensamento. Compartilho contigoe aprendo com tua coragem amigo

Afetos do Sul.

José Carlos Bortoloti
www.epensarnaodoi.blogspot.com.br

Unknown disse...

Os portos e aeroportos do Brasil estavam sucateados nas mãos do governo, agora, é esperar o que vai acontecer. As privatizações foram apressadas, então, não sei qual será o resultado. Agora, a infraestrutura da Copa e das olimpíadas estão nas mãos do governo, que, da fato, ainda não fez praticamente nada para receber os visitantes para esses dois grandes eventos. As empreiteiras mandam neste país e, no fim das contas, só enchem os seus cofres de dinheiro - muitos milhões.

Com relação às privatizações, não sou pessimista e tampouco otimista, sou cético e blasé - não pago nem pra ver...

Unknown disse...

Para mim, contanto que as coisas funcionem, que sejamos bem atendidos quando necessitamos. Quanto as gambiarras, sempre irao existir. Esses empresarios sao o cancer incuravel deste Pais, essa e a verdade, lamentavel.