quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Banco Central entra em pânico!

O Banco Central do Brasil está entrando em pânico.  Ontem, o Banco Central, trocou títulos de longo prazo para trocar com os títulos de curto prazo.  Cancelou leilão de títulos de 10 anos, dentro da mesma estratégia. Isto é muito preocupante.  É queda de braço entre o mercado e o Banco Central.  Com as medidas tomadas ontem, sinaliza que o Banco Central perdeu a queda de braços.

Para vocês entenderem melhor, explico.  O Tesouro deve ao mercado financeiro, em valores brutos R$ 3,46 trilhões e em valores líquidos R$ 2,12 trilhões.  O prazo médio de vencimentos destes títulos é de 4 anos e 2 meses.  Significa que nos próximos 12 meses vencem cerca de 25% do total da dívida, qual seja R$ 850 bilhões brutos ou R$ 500 bilhões líquidos.

Para entenderem melhor, vamos relembrar que a taxa Selic é mais uma referência de juros do que os juros que o Banco Central efetivamente paga. Apesar de Selic de 10,5%, o mercado já estava exigindo juros de curto prazo, acima de 11%.  Os títulos de longo prazo os NTN-F com prazo de 10 anos estava sendo negociado a 13,5%.  Na queda de braço, o mercado começou exigir juros mais altos, então a estratégia do Banco Central.

A lógica do mercado é assim.  Os juros de curto prazo tem taxa menor e juros de longo prazo tem taxa maior.  Então o Banco Central da presidente Dilma, para não mostrar que está pagando juros efetivos altos, que onera o endividamento do Tesouro, resolveu trocar os títulos de médio prazo com os títulos de 30 dias.  E adiou a venda de títulos de 10 anos, as NTN-F.  Na prática,  o resultado é que o prazo médio de vencimentos dos títulos da dívida interna do Tesouro, vai baixar.  Em tese, a estratégia se continuada, no final de ano o prazo médio de vencimento terá caído para próximo de 3 anos, contra atual 4,2 anos.

Para o mercado isto significa que o risco Brasil passará a ser maior.  O Tesouro será necessário rolar cerca de R$ 1,15 trilhões do, mais os juros que não são cobertos com a geração do superávit primário.  Isto joga o montante da rolagem para algo como R$ 1,30 trilhões nos próximos 12 meses.  Isto as agências de classificação de risco está vendo e está fazendo o cálculo da liquidez Brasil.  Na minha opinião está iminente o rebaixamento da nota de risco do Brasil.  Agora, com motivo a mais.

A Dilma faz manobra arriscada no trato com a dívida interna do Tesouro, só para, aparentemente, manter os juros baixos.  Pode ser que mitigue o resultado, mas a estratégia é, no meu entender, aprofundar o erro sistêmico da política econômica (sic) do governo Dilma.  

Resumindo, a Dilma não tem competência para administrar o País.  E nem tão pouco tem equipe competente para ajudá-la a administrar.  No meu entender, o que o Banco Central está a fazer vai dar com burros n'água!  A estratégia só visa as eleições de 5 de outubro, mesmo que custe o diabo, como ela afirmara.

Ossami Sakamori
sakamori10@gmail.com



  

5 comentários:

Anônimo disse...

A realidade é que o Brasil está se afundando num déficit sem controle e a população flutua nesse ambiente. Medidas precisam serem tomadas contra esse governo da destruição, porque sua filosofia de governar e manter o poder não inclui a equalização da economia nacional.

daniel disse...

Meu temor é que a Dilma faça o "diabo" na economia para se reeleger e se conseguir fará gambiarra para enganar a população e se perder, coitado do próximo Presidente da República. Pegará um abacaxi para descascar. Terá que tomar medidas drásticas para colocar a economia nos trilhos e essas medidas não agradam a população e o PT, então, fará oposição que outros não fizeram antes. E em 2018 o povão bobo trás o PT de volta.

Unknown disse...

O objetivo deles é o CAOS!! estão no caminho certo, não só econômico, mas...social, educação, SEGURANÇA!! INJUSTIÇA !!

Unknown disse...

Pelo andar da carruagem td vai muito mal….

Anônimo disse...

Não é verdade que o BC entrou em pânico. "Entrar em pânico" é um ato racional, exige cérebro, e ninguém naquele lugar tem esse que, em Brasília, é artigo de altíssimo luxo, raridade mesmo.