terça-feira, 7 de outubro de 2014

Crise econômica: veículos nos páteos da fábricas.

Crédito da imagem: Estadão

O retrato do início da crise econômica no Brasil é sempre o estoque de veículos nos páteos das montadoras.  Foi assim em 2009, ano de reflexo da crise financeira mundial de 2008. 

Naquela ocasião, o governo Lula isentou IPI dos veículos populares e ampliou o prazo de financiamento dos veículos pra 72 meses. Resolveu, momentaneamente, o problema de estoque de veículos nos páteos. 

Segundo Estadão, havia nos páteos das montadoras no final do mês de setembro, cerca de 414 mil veículos. O número é superior à produção mensal de veículos que ficou uma média de 280 mil a cada mês. O País produziu até o final do mês passado 2,526 milhões de veículos.

Os mesmos estímulos dados pelo Lula em 2009, não produzirão os mesmos efeitos. Neste últimos 5 anos, com incentivo ao endividamento das famílias brasileiras, as instituições financeiras estão mais seletivos em conceder financiamentos devido a crescente nível de inadimplência. 

Segundo dados oficiais, o nível de endividamento das famílias brasileiras estão em níveis próximos de 60% do PIB. Embora, o índice de endividamento não seja tão acima dos níveis mundiais, o número de pessoas com inadimplência está assustador. São mais de 54 milhões de pessoas que estão inadimplentes. Somados aos 3,5 milhões de micros, pequenas e médias empresas igualmente inadimplentes, não sobra muito espaço para concessão de novos financiamentos pelas instituições financeiras. 

Isto é apenas reflexo do baixo crescimento do País, neste ano, aliado a baixa oferta de novos empregos. Diante do quadro dramático, não vemos solução à curto prazo para o problema das montadoras. Esta crise vai adentrar ao ano de 2015. A consequência da redução de venda e de produção das montadoras, virão a perda dos postos de trabalho de mão de obra qualificada e bem paga. Cria-se um círculo vicioso, difícil de sair. 

Este quadro, para mim, não é novidade. Venho chamando atenção da política econômica (sic) equivocada do governo Dilma desde 15 de fevereiro de 2012. Só não enxergou quem não quis enxergar!

Ossami Sakamori



3 comentários:

virginialeite.blogspot6.com. disse...

E ela ainda tem a petulância de dizer que está tudo bem! Que a economia está crescendo,etc.Quem não enxergou agora está sendo forçado a enxergar! Fora com esse maldito desgoverno!

Eli Reis disse...

Todo petista é assim:
O pior cego é aquele que não quer ver,
ele apenas acredita naquele Brasil
das propagandas mentirosas do PT !!

Anônimo disse...

As montadoras e todas concessionárias não querem baixar o preço. Optaram por ter os páteos cheios, pensando nos subsidios do governo para não quebrarem.

È pena, porque a carga de impostos sobre um automóvel nacional ronda quase os 50%. Assim não vendem!