sábado, 31 de janeiro de 2015

Dilma quebra a Petrobras e nós pagamos a conta!


Infelizmente, amanhã deverá ser anunciado o aumento de combustíveis em nível da refinaria, segundo o governo, devido a entrada em vigor da CIDE nos próximos 90 dias. Até a entrada em vigor da CIDE, o governo vai aumentar a contribuição do PIS/COFINS nos mesmos níveis de arrecadação até vigorar o recolhimento da CIDE.

Segundo o Banco Central, no seu relatório, o aumento dos combustíveis na bomba deverá impactar em 8% sobre a média de preços praticados, hoje. O preço da gasolina deverá ser reajustado na bomba, na região sudeste, para a média de R$ 3,20 o litro. O governo Dilma determina que a Petrobras cobre preço bem acima da "paridade" com o preço internacional do petróleo no mercado internacional. 

Vamos lembrar que à partir do último aumento de combustíveis promovido pela Petrobras em novembro do ano passado, o mercado internacional de petróleo teve baixa de cerca de 40%. Se o governo e a Petrobras praticasse a política de "paridade" com o preço internacional de petróleo, o litro de gasolina deveria estar sendo praticado, na região sudeste, em média, a R$ 2,20 o litro.


O motivo do aumento de combustíveis pela Petrobras, decorre não só da ladroagem revelada pela Operação Lava Jato, mas sobretudo pela superavaliação dos seus ativos em R$ 61,4 bilhões, já descontado o subavaliação de alguns, revelados mas não contabilizados pela Companhia. 

A grande mídia, não noticiou mas ainda terá que considerar no balanço de dezembro de 2014, a avaliação da perda de cerca de R$ 110,6 bilhões sobre os 5 bilhões de barris de petróleo do campo Tupi, que União colocou na Companhia na capitalização, numa operação de cessão onerosa, por US$ 8,51 o barril. 

Como o custo de exploração do pré-sal pela Petrobras, conforme número fornecido pela Companhia é de US$ 50, acima do preço internacional do petróleo, o ativo contabilizado do Tupi torna-se nulo, na data base de 31 de dezembro de 2014.  Lembrando que o mesmo tipo de petróleo do campo Tupi está sendo negociado no mercado internacional de petróleo a US$ 45, abaixo do custo de exploração do pré-sal pela Petrobras.

Esta consideração é necessária para Companhia que se compromete com a boa governança corporativa. Em 31 de dezembro de 2014, o ativo do campo Tupi é igual a "zero", devendo baixar os R$ 110,6 bilhões dos ativos da Petrobras. É certo que a mesma consideração deverá ser feito, quando, e se o preço do petróleo no mercado internacional alcançar patamares acima do custo do Tupi que é de US$ 58,51 o barril. Mas, é certo que em 31 de dezembro de 2014, deve lançar como prejuízo os R$ 110,6 bilhões.

A Petrobras tem o prazo até o dia 1º de junho de 2015, para apresentar o balanço referente ao exercício de 2014, devidamente auditado pelos auditores independentes, seja qual for o auditor, pelo atual ou por um novo contratado pela Companhia. Em tese, em não apresentando o balanço auditado pela auditoria externa, de comprovada capacidade, a Petrobras sofrerá penalidades que vão desde a multa, mas sobretudo pela antecipação dos vencimentos das suas dívidas. A Petrobras se encontra na sinuca do bico!



Enquanto nós pagamos pela incompetência da dupla Dilma/Graça Foster!

#DilmaExijoGasolina220

Ossami Sakamori
@SakaSakamori





sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Aplicações em dólar


Respondendo a inúmeras perguntas dos leitores deste blog sobre aplicações em dólares, coloco aqui, de forma sucinta, o tipo de aplicações em moeda americana. Espero não estar roubando clientes da Empiricus, empresa de consultoria na área de investimentos com forte atuação neste segmento.

a) Investimentos em ativos no exterior.

Este tipo de investimentos só é aconselhável para quem tem dinheiro disponível em grande monta. Primeiro de tudo, o dinheiro deverá estar comprovado na declaração do Imposto de Renda, tanto na Pessoa Física ou Pessoa Jurídica. Remessa de dinheiro ilegal está cometendo crime de evasão de divisas e de lavagem de dinheiro.

Não recomendo compra de ativos no exterior mediante remessa de dólares através de formas não convencionais, conhecido como dólar cabo. Os EEUU estão intensificando o cerco sobre esse tipo de remessa, por conta do tráfico de drogas e corrupção.  Não faça este tipo de investimentos. É uma roubada! Compre ativos no exterior, mas de forma legal, conforme manda a lei. Instituição bancária como Banco do Brasil poderá fornecer informações seguras. 

b) Dólar físico.

Qualquer cidadão brasileiro poderá adquirir dólares direto no Banco onde você tem conta bancária. O recibo de aquisição deverá ser guardado para eventual comprovação da compra da moeda americana. A aquisição deverá ser declarada em reais pagos, na Declaração de Imposto de Renda da pessoa física ou da empresa. No caso de portar os dólares físicos em viagens, sempre, deverá estar de posse do comprovante de aquisição, sob pena de apreensão do numerário pela Polícia Federal.

c) Travel money.

Você pode adquirir os dólares em forma de cartão de débito, para quem deseja viajar ao exterior e fazer pagamento via cartão de débito. Seria uma forma segura e prática de gastar dólares no exterior. Da mesma forma que o dólar físico, se tinha saldo no dia 31 de dezembro, o valor de aquisição em real deverá constar na Declaração de Imposto de Renda pessoa física. Lembrando que nesta modalidade de compra incide o IOF.

d) Dólar futuro.

O dólar futuro poderá ser adquirido em qualquer corretora de valores ou banco, pela cotação do dia, para ser resgatado no futuro. O prazo normal do resgate é de 1 ano. A liquidação poderá ser feito antecipadamente. O real calculado será baseado na cotação do dia da liquidação, o que der em valor superior ou inferior ao da aquisição. É uma aposta. Poderá ganhar ou perder. O mínimo de aplicação para esta modalidade é de US$ 10 mil.

e) Swap cambial tradicional.

Para proteção de variação cambial no prazo inferior a 1 ano, em valores expressivos existe esta forma de aplicação. Aplicação é voltado às empresas e deverá ser feito via corretora de valores ou bancos. Eu denomino este tipo de aplicação como "dólar fake", uma vez que o Banco Central não entrega o dólar físico ou contábil no dia do vencimento do contrato. Este tipo de aplicação se denomina para "hedge" ou proteção. Aplicação está voltada às empresas que tem exposição em dólares, tanto no comércio exterior ou em dívidas em dólares.

Segue o vídeo do Estadão que está apresentado de forma didática e sucinto para leigos.




Uma boa viagem ou uma boa aplicação!

Ossami Sakamori
@SakaSakamori




quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Porque sou Eduardo Cunha para presidente da Câmara.


Vem ganhando força a candidatura do deputado Eduardo Cunha, PMDB/RJ, para presidência da Câmara dos Deputados. Segundo as fontes deste blog, nesta reta final está consolidando a crença de que a eleição da presidência da Câmara e a mesa diretora deva ser resolvido no primeiro turno para evitar a compra de votos, numa eventual segundo turno, à favor do Arlindo Chináglia, PT/SP.

O comando da candidatura do Eduardo Cunha, PMDB/RJ, já contabiliza 240 votos, sem contar com o voto do PSDB que tem a terceira bancada com 54 deputados. Para quem não se lembra, o PSDB, no mês de dezembro, tinha firmado compromisso com a candidatura alternativa do Júlio Delgado, PSB/MG. 

Segundo o deputado Alfredo Kaefer, PSDB/PR, o seu partido não está unânime na posição inicial de apoiamento à candidatura do Júlio Delgado, PSB/MG. Mesmo o líder do partido na Câmara deputado Duarte Nogueira, PSDB/SP, não garante unanimidade em torno do nome do Júlio Delgado, PSB/MG.

Eduardo Cunha, PMDB/RJ, vem fazendo seu périplo para conseguir o apoiamento do PSDB. Pelo número de integrantes da bancada do PSDB, deve prometer a Primeira Secretaria da Mesa Diretora. Nessa semana, com o apoio do deputado Alfredo Kaefer, PSDB/PR, o deputado Eduardo Cunha, PMDB/RJ esteve reunido com o governador José Richa, PSDB/PR, para conquistar o voto da bancada paranaense. E, assim vai costurando o apoio, já no primeiro turno.

A votação da presidência da Câmara e da Mesa Diretora ocorrerá no dia 1º de fevereiro, dia de posse dos deputados eleitos nas eleições do ano passado.  A votação será em forma secreta e os membros da Mesa Diretora, incluindo o presidente, deverá conquistar os postos com maioria simples dos membros da Câmara dos Deputados. O número de deputados é de 513, sendo necessário 257 votos para evitar o segundo turno das eleições. 

O cargo de presidente da Câmara dos Deputados, ganha importância porque a ele compete organizar a pauta de discussão e de votação dos projetos no plenário daquela Casa Legislativa. Além da função de presidir a Câmara dos Deputados, o presidente da Casa é segundo na linha de sucessão da presidência da República, figurando como sucessor na falta do presidente e do vice-presidente da República, interinamente. 

Eduardo Cunha, PMDB/RJ, é o único entre os candidatos que poderá colocar na pauta o "impeachment da Dilma". O futuro presidente da Câmara é desafeto político da Dilma de longa. Só esta condição já é mais que suficiente para defender seu nome como meu candidato favorito.

Eduardo Cunha será eleito presidente da Câmara!

Ossami Sakamori



A verdade sobre a Petrobras!


A Petrobras divulgou ontem o balanço do terceiro trimestre do ano de 2014. O balanço apresenta lucro líquido de R$ 3,1 bilhões, após o Conselho de Administração da estatal deixar de contabilizar os prejuízos decorrentes da reavaliação de ativos. A presidente Graça Foster informou que no balanço trimestral deixou de considerar também os eventuais prejuízos decorrentes da Operação Lava Jato.

O valor de reavaliação do ativo positivo em R$ 27,2 bilhões e negativos em R$ 88,6 bilhões deixou de ser considerado no balanço trimestral porque ao invés de lucro de R$ 3,1 bilhões teria que apresentar o prejuízo líquido igual a diferença dos ativos superavaliado e de subavaliado no valor de R$ 61,4 bilhões. 

A queda dos preços das ações da Petrobras, no pregão da BMFBovespa teve reflexo da maquiagem de "fazer dar" o lucro líquido de R$ 3,1 bilhões. Considerado o prejuízo líquido referente à reavaliação do ativo, a Petrobras fecharia o balanço anual de 2014 em prejuízo. A consequência imediata seria que os acionistas tanto majoritários como minoritários não receberia dividendos a não ser a remuneração do capital previsto em leis.

No balanço anual, no meu juízo, respeitando a boa governança corporativa deveria reavaliar o ativo correspondente aos 5 bilhões de barris de petróleo do campo de pré-sal do Tupi, recebido pela Petrobras em cessão onerosa por US$ 8,51 por barril, na ocasião da capitalização da Companhia em 2010. 

O campo de Tupi, após a reavaliação do ativo, deveria contabilizar o valor da cessão onerosa de US$ 8,51 como nulo. Explico. A Petrobras gasta para explorar o pré-sal, segundo a própria Companhia em média US$ 50. Como o pré-sal do Tupi custa US$ 58,51 o barril e preço internacional do petróleo do tipo WTI cotado em torno de US$ 45, o campo de Tupi, teria preço de venda muito abaixo do valor de custo de US$ 58,51. Sendo assim, o que custou ao Petrobras, os 5 milhões de barris do Tupi, cerca de R$ 110,6 bilhões, deveria ser contabilizado como prejuízo decorrente da reavaliação de ativos. 

Na minha conta, no balanço do ano de 2014, a Petrobras deveria contabilizar não somente o prejuízo postergado de R$ 61,4 bilhões, o prejuízo decorrente do campo de Tupi no valor superavaliado em R$ 110,6 bilhões. Portanto, o prejuízo conhecido até esta data, não contabilizado, no final de 2014, ascenderia a R$ 172 bilhões, equivalente a R$ 25,5 por ação.

Não estão contemplados nos números acima, como já foi dito acima, o prejuízo decorrente da ladroagem revelada pela Operação Lava Jato nem os prejuízos decorrentes ações de pedidos de indenizações que correm nos EEUU perante o SEC e Ministério de Justiça daquele país.

Diante dos fatos demonstrados acima, o valor das ações da Petrobras, ainda não conhecem o fundo do poço. Novas emoções estamos a assistir no BMFBovespa. 

Nota: Foi protocolado ontem na Procuradoria Geral da República, denúncia contra Lula e Dilma sobre o caso Petroquímica União

Ossami Sakamori



quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Dilma mente sobre situação do Brasil.


Estou envergonhado da nossa presidente da República. Assisti ontem, o pronunciamento dela dirigido para os 39 ministros do seu gabinete, transmitido ao vivo pelos canais de televisão. Primeiro porque ela fez discurso lendo o texto colocado no teleprompter. Deu para ver que o texto é do marqueteiro João Santana. Sei que é texto do marqueteiro porque ela só falou mentira. Foi até cômico ela dar delay  na sua fala quando o teleprompter dava delay. 

Como sempre, Dilma culpa o governo do FHC, pelos erros de há 13 anos atrás. Só ela que é a bacana da vez. Torna-se ridículo analisando o conteúdo do discurso. Ela só não diz porque em 12 anos não consertou os erros do FHC, se é que ela o critica. Dilma deve ter tido amnésia após eleições do ano passado. Esqueceu tudo que prometera na campanha eleitoral do ano passado e anuncia medidas completamente diversas dos discursos pronunciados.

Dilma é arrogante! Não admite que errou na política econômica no seu primeiro mandato. Além de tudo, esquece de que hoje, pratica tudo aquilo que acusou o opositor Aécio Neves de querer praticar, em matéria de política econômica. Para não errar novamente contratou o banqueiro e tucano Joaquim Levy para comandar o Ministério da Fazenda para implementar política econômica totalmente inverso daquilo que pregou.

Dilma volta a dizer que os culpados são os países como os EEUU e a China. No passado a culpada era a Angela Merkel da Alemanha. Disse ela que os EEUU estão crescendo pouco, por isso a crise mundial de commodities. Disse que a China teve menor crescimento dos últimos 24 anos. Falou a Dilma como se os americanos e chineses fossem os culpados do nosso baixo crescimento. 

A acusação da Dilma em relação aos EEUU e aos chineses sobre o baixo crescimento, chega a ser ridículo. Os EEUU devem terminar o ano de 2014 com o crescimento do PIB acima de 2,5%. Culpou os chineses de crescerem pouco. Creio que a Dilma não sabe quanto cresceu a China. A China cresceu em 2014, nada menos que 7,4%. E o Brasil cresceu quanto? Não fechou a conta do PIB de 2014, mas o País deve crescer entre 0,12% e 0,13%. 

Outro ponto que fez destaque foi em relação à corrupção. Ela prega tolerância zero. Diz ela que vai mudar até as leis para colocar os malfeitores na cadeia. Disse ela que será implacável com a corrupção. Uai, não entendi essa. Dilma não foi chefe da gangue que praticou a maior rapinagem na Petrobras? Ela foi ministra de Minas e Energia, chefe da Casa Civil e presidente do Conselho de Administração da Petrobras, durante o período do governo Lula. Assim mesmo, a Dilma se porta como se nada tivesse a ver com a maior ladroagem da história do País.

Foi a Dilma quem nomeou a Graça Foster para presidência da Petrobras em 2011 e faz questão de mantê-la no cargo para o período que inicia agora. Não entendi nada sobre a tolerância zero na corrupção, se ela própria é chefe da facção criminosa que praticou e pratica ladroagem na Petrobras. Com certeza, Dilma será indiciada no caso Pasadena nos EEUU.

Se Dilma quer mesmo praticar a tolerância zero contra a ladroagem na Petrobras e outros órgãos como a Eletrobras, deveria pegar deixar o cargo de presidente da República. Se a presidente Dilma não tomar atitude de renúncia o povo se encarregará de pressionar o Congresso Nacional para votar o seu impeachment. 

Dilma, mente vergonhosamente! Dilma não merece o meu respeito e nem o respeito do povo brasileiro como pessoa humana. Nós a obedecemos, apenas e tão somente, naquilo que a Carta Magna manda obedecer.

Urgente! Corre notícias em Brasília de que a Procuradoria Geral da República recebeu denúncia contra Luís Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff sobre o caso Petroquímica Triunfo. A imprensa deve noticiar amanhã.

Ossami Sakamori



terça-feira, 27 de janeiro de 2015

20 obras financiadas por BNDES, no exterior.


Não é novidade para ninguém que o Brasil tem um problema grave de infraestrutura. Diante dessa questão, o que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) faz? Financia portos, estradas e ferrovias — não no Brasil, mas em diversos países ao redor do mundo.

Desde que Guido Mantega deixou a presidência do BNDES e se tornou Ministro da Fazenda, em abril de 2006, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social tornou-se peça chave no modelo de desenvolvimento proposto pelo governo.

O BNDES, quando despido de toda a propaganda ideológica, não passa de uma perniciosa máquina de redistribuição de renda às avessas.  Uma vez que você entende como realmente funciona este suposto banco de desenvolvimento, torna-se claro seu mecanismo espoliativo.

Originalmente, os recursos do BNDES eram oriundos do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador — fundo destinado a custear o seguro-desemprego e o abono salarial).  Só que, dado que os recursos do FAT advêm das arrecadações do PIS e do PASEP, na prática os recursos do BNDES eram originados dos encargos sociais que incidem sobre a folha de pagamento das empresas.  Esse dinheiro era então direcionado para as grandes empresas a juros subsidiados.

Este arranjo, por si só, já denotava um grande privilégio.  Por que, afinal, as pequenas empresas devem financiar os juros subsidiados das grandes empresas?

O problema é que essa matriz, já ruim, foi alterada para pior a partir de 2009.  Se antes o BNDES se financiava exclusivamente via impostos, agora ele passou a se financiar também via endividamento do Tesouro, o que significa que ele se financia via inflação monetária.

Funciona assim: como o BNDES não tinha todo o dinheiro que o governo queria destinar a seus empresários favoritos — como o multifacetado Senhor X —, o Tesouro começou a emitir títulos da dívida com o intuito de arrecadar esse dinheiro para complementar os empréstimos.

E quem compra esses títulos?  O sistema bancário.  Como ele compra?  Criando dinheiro do nada, pois opera com reservas fracionáriasO gráfico a seguir mostra a evolução dos empréstimos do BNDES, atualmente com um saldo de R$615 bilhões. Observe a guinada ocorrida em meados de 2009, quando essa nova modalidade foi implantada.

Portanto, além de aumentar o endividamento do governo, este mecanismo utilizado pelo Tesouro para financiar o BNDES também aumenta a quantidade de dinheiro na economia.  Logo, ele espolia duplamente os mais pobres: destrói o poder de compra da moeda e ainda utiliza os impostos dos pequenos para financiar empresários ricos.

Desde a adoção dessa nova modalidade, o total de repasses do Tesouro ao BNDES saltou de R$ 9,9 bilhões — 0,4% do PIB — para R$ 440 bilhões — 8,5% do PIB. Alguns desses empréstimos, aqueles destinados a financiar atividades de empresas brasileiras no exterior, eram considerados secretos pelo banco. 

Só foram revelados porque o Ministério Público Federal pediu na justiça a liberação dessas informações.  Em agosto, o juiz Adverci Mendes de Abreu, da 20.ª Vara Federal de Brasília, considerou que a divulgação dos dados de operações com empresas privadas "não viola os princípios que garantem o sigilo fiscal e bancário" dos envolvidos.

A partir dessa decisão, o BNDES é obrigado a fornecer dados sobre que o Tribunal de Contas da União, o Ministério Público Federal e a Controladoria-Geral da União (CGU) solicitarem. Descobriu-se assim uma lista com mais de 2.000 empréstimos concedidos pelo banco desde 1998 para construção de usinas, portos, rodovias e aeroportos no exterior.

Quem defende o financiamento de empresas brasileiras no exterior argumenta que a prática não é exclusiva do Brasil. Também ocorre na China, Espanha ou Estados Unidos por exemplo. O BNDES alega também que os valores destinados a essa modalidade de financiamento correspondem a cerca de 2% do total de empréstimos, e que os valores são destinados a empresas brasileiras (empreiteiras em sua maioria), e não aos governos estrangeiros.

A seleção dos recebedores destes investimentos, porém, segue incerta: ninguém sabe quais critérios o BNDES usa para escolher os agraciados pelos empréstimos. Boa parte das obras financiadas ocorre em países pouco expressivos para o Brasil em termos de relações comerciais, o que leva a suspeita de caráter político na escolha.

Outra questão polêmica são os juros abaixo do mercado que o banco concede às empresas. Ao subsidiar os empréstimos, o BNDES funciona como um Bolsa Família ao contrário, um motor de desigualdade: tira dos pobres para dar aos ricos. Ou melhor, capta dinheiro emitindo títulos públicos, com base na taxa SELIC (11,75% ao ano), e empresta a 5%. Essa diferença entre custo de captação e receita é arcada por nós, via impostos e carestia.

Seguem 20 exemplos de investimentos que o banco considerou estarem aptos a receberem investimentos financiados por recursos brasileiros. 


1) Porto de Mariel (Cuba)




Valor da obra – US$ 957 milhões (US$ 682 milhões por parte do BNDES) Empresa responsável – Odebrecht


2) Hidrelétrica de San Francisco (Equador)




Valor da obra – US$ 243 milhões
Empresa responsável – Odebrecht
Após a conclusão da obra, o governo equatoriano questionou a empresa brasileira sobre defeitos apresentados pela planta.
A Odebrecht foi expulsa do Equador e o presidente equatoriano ameaçou dar calote no BNDES.


3) Hidrelétrica Manduriacu (Equador)




Valor da obra – US$ 124,8 milhões (US$ 90 milhões por parte do BNDES)
Empresa responsável – Odebrecht
Após 3 anos, os dois países 'reatam relações', e apesar da ameaça de calote,
o Brasil concede novo empréstimo ao Equador.

4) Hidroelétrica de Chaglla (Peru)




Valor da obra – US$ 1,2 bilhões (US$ 320 milhões por parte do BNDES)
Empresa responsável – Odebrecht


5) Metrô Cidade do Panamá (Panamá)




Valor da obra – US$ 1 bilhão
Empresa responsável – Odebrecht


6) Autopista Madden-Colón (Panamá)




Valor da obra – US$ 152,8 milhões
Empresa responsável – Odebrecht


7) Aqueduto de Chaco (Argentina)




Valor da obra – US$ 180 milhões do BNDES
Empresa responsável – OAS


8) Soterramento do Ferrocarril Sarmiento (Argentina)




Valor – US$ 1,5 bilhões do BNDES
Empresa responsável – Odebrecht


9) Linhas 3 e 4 do Metrô de Caracas (Venezuela)




Valor da obra – US$ 732 milhões
Empresa responsável – Odebrecht


10) Segunda ponte sobre o rio Orinoco (Venezuela)





Valor da obra – US$ 1,2 bilhões (US$ 300 milhões por parte do BNDES)
Empresa responsável – Odebrecht


11) Barragem de Moamba Major (Moçambique)





Valor da obra – US$ 460 milhões (US$ 350 milhões por parte do BNDES)
Empresa responsável – Andrade Gutierrez


12) Aeroporto de Nacala (Moçambique)




Valor da obra – US$ 200 milhões ($125 milhões por parte do BNDES)
Empresa responsável – Odebrecht


13) BRT da capital Maputo (Moçambique)



Valor da obra – US$ 220 milhões 

(US$ 180 milhões por parte do BNDES)

Empresa responsável – Odebrecht


14) Hidrelétrica de Tumarín  (Nicarágua)




Valor da obra – US$ 1,1 bilhão (US$ 343 milhões)
Empresa responsável – Queiroz Galvão
*A Eletrobrás participa do consórcio que irá gerir a hidroelétrica


15) Projeto Hacia el Norte – Rurrenabaque-El-Chorro (Bolívia)




Valor da obra – US$ 199 milhões
Empresa responsável – Queiroz Galvão


16) Exportação de 127 ônibus (Colômbia)




Valor – US$ 26,8 milhões
Empresa responsável – San Marino


17) Exportação de 20 aviões (Argentina)




Valor – US$ 595 milhões
Empresa responsável – Embraer


18) Abastecimento de água da capital peruana – Projeto Bayovar (Peru)



Valor – Não informado
Empresa responsável – Andrade Gutierrez


19) Renovação da rede de gasodutos em Montevideo (Uruguai)



Valor – Não informado
Empresa responsável – OAS


20) Via Expressa Luanda/Kifangondo



Valor – Não informado
Empresa responsável – Queiroz Galvão


Como estes existem mais de 3000 empréstimos concedidos pelo BNDES no período de 2009-2014. Conforme mencionado acima, o banco não fornece os valores… Ainda.

De fonte anônimo.


Colaboração:

José Carlos Bortoloti
@profeborto


Leia também: "O rombo do BNDES" de minha autoria:
Clique aqui ~~~> BNDES


Ossami Sakamori