sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

Feliz 2017 !



As águas batem no assoalho, nova casa não posso.
Vem verão, sai verão, mesmo problema continua. 
Olho para o céu para que as lágrimas não rolem sobre o meu rosto. 

As marmitas são três, não tenho o suficiente para quatro.
Fecha o ano, abre o ano, a miséria continua. 
Olho para o céu para que as lágrimas não rolem sobre o meu rosto. 

A lotação está apinhada, não tenho outra alternativa.
Entra o dia, sai o dia, todos dias a triste rotina.
Olho para o céu para que as lágrimas não rolem sobre o meu rosto. 

As demissões continuam, certeza da vez minha virá.
Promessas em vão, nada fazem para mudar a situação.
Olho para cima para que as lágrimas não rolem sobre o meu rosto. 

Na fila de hospital morrem doentes, estou eu nela.
Como sempre, público hospital, a fila nunca acaba.
Olho para cima para que as lágrimas não rolem sobre o meu rosto. 

Estou longe da família, família à espera das notícias.
Como na roleta do circo, espero em vão a oportunidade.
Olho para cima para que as lágrimas não rolem sobre o meu rosto. 

Saudades de uma alma especial, de muito longe estar.
O tempo do reencontro, esperança viva está.
Olho para cima para que as lágrimas não rolem sobre o meu rosto. 

De repente um brilho no céu, a esperança renasce. 
A tristeza dissipa, doutro canto uma alma está a observar.
Olho para cima para que as lágrimas não rolem sobre o meu rosto. 

Mais uma vez, cheio de alegria e esperança, do novo ano!


Feliz 2017!

As letras foram inspiradas na música Sukiyaki cantada por Kyu Sakamoto, na década de 60. 

Ossami Sakamori


quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

Temer em 2017 é um temor!



Michel Temer é um presidente mágico. Temer faz maravilha! Tudo que ele fala tem duas faces, a realidade e a fantasia . Temer é um político matreiro, igual a um velho político que engana a população. Temer é um político querendo imitar o estilo popular do Juscelino ou do Jânio, sem ter o mesmo carisma de ambos. Temer engana a si próprio e fica feliz com o desenho do seu País de fantasia. 

Temer viveu à sombra da Dilma nos longos 5 últimos anos do governo. Diz ter vivido o período, apenas, como figura decorativa, o cargo de vice-presidente. Nesse período de 5 anos, pertencendo à mesma chapa da Dilma, nunca manifestou sua contrariedade à política econômica da titular do cargo.  É de estranhar que "de repente" venha acusar a Dilma de ter colocado o Brasil no buraco. Se não reclamou antes, é porque concordava com a política econômica, presumo. 

O projeto mais importante do seu mandato, nesses últimos 7 meses, foi a aprovação do PEC 241, denominado de teto dos gastos públicos. Ele enganou a população afirmando estar aprovando o PEC para limitar até  o limite que se arrecada. Ledo engano! O PEC 241, pelo contrário, autoriza o Executivo a emitir "títulos da dívida pública" para cobrir os "rombos" até o limite dos gastos de 2016 (com rombo de R$ 170,5 bilhões). O PEC 241, sepultou de vez a Lei de Responsabilidade Fiscal de 2000, que previa a cobertura dos gastos públicos, incluindo pagamento de juros da dívida pública, apenas com a receita de impostos e contribuições. Temer enganou a população, como se o PEC 241 fosse solução para todos problemas do País. 

No apagar das luzes deste ano, Temer anunciou os "pacotes de bondades", com liberação da parte dos recursos do FGTS pertencente aos próprios trabalhadores. Prometeu baixar juros dos cartões de crédito, cujos recursos são das instituições financeiras, não do governo. Temer credita a si próprio, o "pacote de bondades" feito com chapéu alheio. Temer é um político matreiro que capitaliza para si os benefícios que originariamente são de direito da própria população. 

Temer não perde o velho hábito de político que aproveita do cargo público que ocupa. Faz de conta que "não sabia de nada", sobre as viagens, em caráter privado, de seus ministros com os jatinhos na FAB. Em menos de 7 meses, eles teriam feito mais de 800 viagens a custo estimado de R$ 160 mil cada, num total de R$ 128 milhões. O próprio Temer, tinha mandado licitar os "almoços" no avião presidencial, estimado em R$ 1,750 milhão, incluindo como sobremesa os finos sorvetes de marca estrangeira. 

No apagar das luzes de 2016, presidente Temer, como fazia a antecessora Dilma, distribuiu os R$ 7 bilhões de verbas parlamentares, para seus séquitos de parlamentares da base aliada. Temer pratica o velho hábito de presidentes antecessores, o "toma lá, dá cá". A velha prática lembra a do ex-presidente Lula. Aliás, o seu ministro da Fazenda é o mesmo do ex-presidente Lula. Temer imita o PT que diz abominar. Temer quer ser igual ao Lula em tudo. 

Temer exige dos governadores estaduais, em situação de calamidade financeiras, as contrapartidas difíceis de serem cumpridas. Por outro lado, o governo federal está autorizado pelo PEC 241 de permitir os "rombos fiscais" com emissão de títulos da dívida pública, mas as facilidades não são permitidas aos governadores estaduais. É aquela história: Faça o que eu digo, mas não faço o que eu faço! A soberba do Temer, em ralação aos governadores são de humilhar qualquer ser humano. Que digam os governadores do Rio de Janeiro e do Rio Grande do Sul. Estes estão de joelhos e se sujeitando lamber as botas do Temer. 

Hoje, o presidente Temer, prometeu entregar o projeto Leste da Transposição do Rio São Francisco, já em fevereiro do próximo ano. E nem ficou ruborizado ao dizer que os problemas de seca do nordeste estarão resolvidos em 2017, com entrega também do projeto Norte do mesmo rio. Temer só pode estar pensando que ele é um novo Padre Cícero do Juazeiro do Norte. Temer deve "acreditar" no seu poder de milagreiro!

Nada como presidente que veio para "moralizar" o País. O Temer com os políticos históricos de caderno, utiliza-se da residência oficial para "achacar" os empresários para financiar as campanhas eleitorais dos seus protegidos. E declara com maior frieza de que os recursos foram "oficialmente contabilizados", assim como, igualmente, fizeram os tesoureiros do PT, os atuais inquilinos da Colônia Médico Penal de Curitiba. 

Para mim, presidente Michel Temer não passa de mais um "velho político" ou "político velho", com "velhos costumes" abominados pela população. De promessas e  mágicas, o povo já não aguenta mais! Socorro!

Temer em 2017 é um temor!

Ossami Sakamori



terça-feira, 27 de dezembro de 2016

Tô fora do Lula, meu!

Crédito da imagem: Veja

Tinha decidido não mais fazer matérias sobre este sujeito do topo da página. Sim. Para mim, o Lula da Silva não passa de sujeito, sem qualificação, um bandido de marca maior. Lula é um safado que chegou à presidência da República apoiado pelos setores progressistas do País. Nem vou perder tempo citando nomes respeitados pela sociedade brasileira que apoiam este bandido para dar evidência a este vil ser humano. Lula não merece frequentar a página política, mas merece estar nas primeiras páginas policiais. 

Já em 2005, o deputado Roberto Jefferson denunciava a existência da corrupção na alta cúpula do governo federal, para manutenção da base no Congresso Nacional. Com a manobra orientada pelo ministro da Justiça, à época, o advogado Márcio Thomaz Bastos, de afirmar sempre que "não sabia de nada", o Lula da Silva se safou de ser condenado pelo "mensalão". Claro, os setores progressistas do País agiu em conluio para a "excluir" Lula da Silva do processo "mensalão". 

Lula da Silva ascendeu ao cargo de presidente da República pela segunda vez, em 2006, com o apoio dos empresários "players", leia-se "corruptores", beneficiários do "bolsa empresário". Puxava a lista destes "players" a família Odebrecht, entre tantas outras da fina sociedade brasileira. Recebendo polpudas "propinas" destes empresários "players", hoje conhecido como "lenientes", Lula se "enricou". "Enricou" mais ainda os grupos empresariais beneficiários do "bolsa empresário", apoiadores do movimento da volta do Lula à presidência da República. 

Lula da Silva mantém popularidade como sendo o "pai dos pobres". Lula ampliou o "bolsa miséria" para mais de 13 milhões de chefes de família, comprometendo o Orçamento Fiscal de cada ano em mais de R$ 28 bilhões. Lula criou o seu "curral eleitoral", na tentativa de manter-se no poder. A força progressistas esquece que R$ 28 bilhões representa vidas perdidas nas filas dos hospitais públicos ou a falta de investimentos em educação pública, de qualidade.  

Lula não está sozinho na empreitada de tentar reconquistar o cargo de presidente da República. Lula da Silva sabe que ele conta com o apoio da sociedade progressistas do País, além de contar com o apoio dos empresários "players", beneficiários do "bolsa empresário". Lula conta com o apoio importante do atual ministro da Fazenda Henrique Meirelles, a quem confiou a presidência do Banco Central do Brasil por 8 longo anos do seu governo. Meirelles é representante do setor bancário, dos agiotas internacionais e dos empresários "players" de ontem e de hoje. Meirelles é o Lula no governo Temer, querendo ou não querendo. 

Com o apoio dos setores progressistas do País, com o apoio dos empresários "players", com o apoio dos beneficiários do "bolsa empresários" e com o apoio dos beneficiários do "bolsa miséria", o Lula se acha acima das leis. Os advogados do Lula na Operação Lava Jato, em sua defesa, "gritam" e "ameaçam" o juiz Sério Moro, em total desrespeito ao juízo e à Justiça.  Lula se acha "acima das leis". 

Lula se acha o rei da cocada preta. Lula, ainda, se acha o "cara" do Obama. Lula quer se comparar ao advogado Nelson Mandela, ex-presidente da África do Sul. No entanto, Lula comanda ainda os centrais sindicais do País. Lula da Silva é venerados pelos setores progressistas do País. Lula da Silva é adorado pelos empresários "players", beneficiários do "bolsa empresários". Não se iludam, o Lula continua sendo "paizão" dos "delatores premiados" da Lava Jato. 

Para mim, o Lula da Silva é apenas um ex-presidente da República. Para mim, Lula é exemplo de pessoa que não deve se seguido. Para mim, Lula continua sendo ícone dos setores progressistas, querendo estes admitir ou não. Para mim, a bravata do Lula é porque está se "borrando" de medo de ser mais um preso da Operação Lava Jato, junto com seus companheiros, no Complexo Médico Penal de Curitiba. 

Para mim, Lula é apenas "mais um bêbado" gritando para moucos da "fina" sociedade brasileira! O espaço de comentários está aberto para apoiar ou rejeitar o meu ponto de vista. 

Tô fora do Lula, meu !

Ossami Sakamori


sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Feliz Natal !



Aproveito o Natal para agradecer a companhia de mais de 187 mil seguidores da rede social e milhares de leitores que proporcionaram mais de 2 milhões de acessos a este blog. O momento tem sido difícil, o Brasil está passando pelas sucessivas crises políticas e econômicas que tem afetado a vida de milhões de brasileiros, de norte a sul e de leste a oeste. No meio deste turbilhões de acontecimentos, tenho recebido o apoio de amigos e amigas para manter este blog no ar e a estes dedico estas poucas linhas.

Não querendo repetir o sentimento do grande jurista e político Rui Barbosa, estou muito cansado, com a idade que tenho, ficar apontando as mazelas cometidas pelos políticos que comandam o destino da nossa pátria. Não que eu seja melhor que eles, os políticos, mas os abusos cometidos por eles já ultrapassam os limites da nossa paciência. 

Os dirigentes máximos da República, os sanguessugas na nação, impõe ao povo brasileiro sacrifícios acima das já suas precárias condições econômicas e sociais. Os direitos fundamentais do ser humano são negados, apesar de governo central arrecadar bilhões e bilhões, sugados de cada cidadão subtraído da já parca renda. Em contrapartida, os altos dirigentes distribuem benesses para si próprios, que nos deixam de vergonha ao mundo. 

Quando algum benefício é concedido ao povo pelo governo da República, utilizando o próprio dinheiro do povo, ele é anunciado como se favor fosse do presidente da República. O governo Central encastelado no Palácio da Fantasia, se portam como nobres reis distribuindo os benesses para os seus súditos. Até quando esta situação vai continuar, não saberia afirmar, mas sei que a paciência do povo brasileira está prestes a explodir.

Infelizmente, o meu desejo para que os meus amigos e minhas amigas tenham um ótimo ano não passa de sinceras intenções.  O prenúncio é de que próximo ano, o de 2017, será mais um ano difícil para o povo brasileiro. 

Ainda assim, desejo aos amigos e amigas, suas famílias tenham um Feliz Natal e um próspero Ano Novo junto dos seus entes queridos!

Ossami Sakamori





quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Temer canta vitória do Pirro!


A equipe econômica do governo Temer, impõe ao povo agenda econômica que privilegia os agiotas nacionais e internacionais, com enorme sacrifício para a população. O resultado é o número de trabalhadores desempregados e desalentados (sub-empregados) ascendem a 24 milhões, o que corresponde a cerca de 1/4 da força de trabalho do País. Ainda assim, o presidente Temer alardeia vitórias importantes do governo.

O País paga os juros reais a mais alta do planeta. Com inflação previsto para fechar o ano de 2016, em torno de 6,5% ao ano e taxa básica de juros Selic de 13,75% ao ano, com juros reais correspondente a 7,25% ao ano. Os países com economia em estabilidade estão pagando juros reais negativos, para estimular o crescimento econômico, enquanto o Brasil anda na contra-mão do mundo, privilegiando os agiotas internacionais para financiar suas mazelas e incompetências.  

Após aprovação do PEC 241, do teto dos gastos públicos, o do governo Temer está autorizado a emitir títulos da dívida pública para cobrir os "rombos" do Orçamento Fiscal. Qualquer estudante de economia sabe que emitir títulos da dívida pública para cobrir os gastos públicos alarga a base monetária e consequentemente a traz inflação de volta.  A inflação está cedendo, não pela política fiscal do Meirelles, mas simplesmente pela "depressão" comparável a grande depressão de 1929.

O controle da inflação está sendo feito com pesado ônus para a população que é a "retração da economia". A retração da economia traz como consequência a retração no sistema produtivo. A retração nos investimentos nos setores produtivos traz como resultado o elevado número de desempregados. É um círculo vicioso que só se reverte com a política monetária adequada, que privilegie os setores produtivos em detrimento do setor financeiro especulativo.

Entende-se como política monetária, a política de câmbio e política de juros. Todas economias em desenvolvimento, adotam políticas monetárias que atendem sobretudo ao crescimento econômico. O Brasil mais do que nunca precisa de crescimento econômico acelerado para tentar eliminar o "fosso" que separa os países desenvolvidos dos países "em desenvolvimento".  No entanto, o País pratica política monetária que vai na contra mão do desenvolvimento sustentável, apenas e tão somente para "ficar bem na fotografia" perante o mercado financeiro internacional. 

O fato é que, para o Pais manter-se à tona num mar revolto, a equipe econômica com anuência do presidente Temer, pratica "política econômica recessiva". Neste contexto, somente o povo paga o alto preço da política econômica e da política monetária equivocadas.  Em contrapartida, a classe política "vive no bem bom", com todas despesas pagas com o dinheiro público. Para se ter ideia, os ministros do governo Temer utilizaram nos últimos seis meses, mais de 800 viagens privadas utilizando os jatinhos da FAB ao custo de R$ 160 mil cada deslocamento.  Enfim, o povo que se lixe!

A vitória do governo Temer e sua equipe econômica será, sem dúvida, com a vitória do Pirro*. O eventual crescimento econômico esperado pelo governo Temer para o segundo semestre do próximo ano, é resultado da imposição de enormes sacrifícios à população, até acima da sua capacidade de compreensão e suporte.

* A expressão recebeu o nome do rei Pirro do Épiro, cujo exército havia sofrido perdas irreparáveis após derrotar os romanos na Batalha de Heracleia, em 280 a.C., e na Batalha de Ásculo, em 279 a.C., durante a Guerra Pírrica. Fonte: Wikipédia. 

O governo Temer ao alardear sucessivas vitórias nas medidas econômicas que impõem sacrifícios para a população, é como cantar a vitória do Pirro.



Ossami Sakamori

segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

Dá para comemorar Natal feliz, assim?


Comemorar o que neste Natal?  O Brasil se encontra na maior recessão da história de quase um século. A economia encolheu, em termos reais, cerca de 9% nos últimos dois anos. Pior, não há perspectiva de melhora no curto prazo, apesar das medidas anunciadas com estardalhaço pelo presidente Temer. Crise econômica entra no ano de 2017 com toda força. 

O comemorado PEC 241, "teto dos gastos públicos", nada mais é do que flexibilização da Lei de Responsabilidade Fiscal sancionada em 2000 pelo FHC, que tinha como objetivo consolidar o Plano Real. A contrário do que se alardeia, o PEC 241 vai servir de "piso dos gastos públicos" para os próximos 20 anos. A equipe econômica de Henrique Meirelles, passou a imagem para a população de que o PEC 241 era a solução para todos os problemas do País.  Ledo engano!  O PEC 241 "oficializa" a cobertura dos "rombos fiscais" com emissão de títulos da dívida pública.  É o fim do Plano Real, na prática.

As medidas anunciadas pelo presidente Temer para "estímulo" (sic) da economia não passa do que uma "cortina de fumaça" para esconder a pior crise política que tomou conta do Palácio do Planalto. As medidas anunciadas não resolvem os problemas das pequenas e médias empresas e nem tão pouco os consumidores, como foi anunciado. Pelo contrário, o ministro da Fazenda Henrique Meirelles espera arrecadar R$ 10 bilhões em impostos em atraso, com as medidas anunciadas.

No entanto, os indicadores econômicos de hoje não deixam dúvidas de que o Brasil está na UTI - Unidade de Terapia Intensiva. O número de desempregados ultrapassa 12 milhões e o número de desalentados outros tantos. A soma de pessoas desempregados e subempregados somam mais de 24 milhões de trabalhadores, representando quase 1/4 da força de trabalho. Por outro lado, o número de inadimplentes no comércio ascende a mais de 59 milhões de pessoas, o que corresponde a 40% da população adulta. Os números são mais do que alarmantes. 

Não há nenhuma pessoa de família padrão classe média, que não tenha alguma pessoa próxima atingida pela crise econômica. É urgente, o governo e a própria população sair quanto antes da "bolha de fantasia" criado pelo Palácio do Planalto. 

Dá para comemorar um Natal feliz, assim?

Ossami Sakamori




sábado, 17 de dezembro de 2016

As ratazanas são sempre soberbas!


Os políticos corruptos tomaram conta do País como que ratazanas tomaram conta do queijo. As ratazanas deixaram o País lindo por fora, mas carcomido por dentro. Não, Brasil não tem mais consistência. As estatais e empresas controladas pelo governo estão todas carcomidas por dentro, ficando apenas as aparências de outrora orgulho da pátria.

Durante anos e anos, as ratazanas, leia-se políticos corruptos de todas matizes tomaram e tomam conta do País. Quando se apercebe, o queijo já foi carcomido pelas ratazanas escondidos nos escaninhos da política brasileira. O queijo só tem aparência por fora. O queijo está carcomido por dentro, cheio de vazios, de buracos, servindo de abrigo para ratazanas. Tão igual acontece na política brasileira.

Como que de repente, o povo percebe que o queijo está tomado pelas ratazanas da República. São ratazanas de todas matizes e em todos os poderes da República. A República Federativa do Brasil, só existe no papel, não mais como pátria do seu povo. 

A guerra entre os poderes da República só desnudam tão carcomido estar o País, de outrora dos Camões. Entra ninhada, sai ninhada das ratazanas, o queijo continua tão igual com dantes, como que nada tivesse havido. Tão carcomido como dantes. Nela abriga as ratazanas  de todos os poderes da República. 

Triste fim do povo brasileiro. Triste fim dos filhos da pátria amada ter que assistir a "soberba" de sucessivos "ratazanas chefes" que tomam conta dos buracos deixados pelas ninhadas anteriores. O queijo continua carcomido como dantes, só mudam a ninhada das ratazanas. A soberba da "ratazana chefe" é continua sempre igual. 

Triste fim da pátria amada. Triste fim do povo, ter de assistir as ratazanas da política em pleno trabalho, sempre de madrugada à dentro, tão igual aos roedores. As madrugadas são propícios para atuação das ratazanas dos poderes, tão igual quanto ratazanas roedores. Quando o povo trabalhador acorda, o País já se transfigurou. 

Dizem que o ambiente molda a personalidade. Verdade seja dita, os políticos sede de dinheiro sujo da corrupção cada vez mais se parecem com os roedores, famintos pelos queijos. As ratazanas, do queijo e da pátria, são igualmente soberbas, pois ninguém as alcança!

E assim sendo, as ratazanas são sempre soberbas!

Ossami Sakamori



sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

A pinguela do Temer para o pantanal de incerteza!

Crédito da imagem: Gazeta do Povo

O tão esperado "pacote de incentivo ao crescimento econômico" do governo Temer, anunciado ontem, não passa de um corolário de boas intenções. Objetivamente, nenhuma das medidas anunciadas entra em vigor à partir de hoje. Tudo depende de medias legais cabíveis, que o governo Temer diz pretender implementar nos próximos meses. 

As medidas anunciadas, se implementadas, resolvem as inadimplências de alguns dos setores produtivos, de tributos e contribuições junto à Receita Federal. Resolvem, também, a inadimplência das pequenas e médias empresas junto ao BNDES. O governo Temer, pretende arrecadar cerca de R$ 10 bilhões com o programa Refis anunciado. Resta saber que, à essa altura, tem alguma empresa em condições de requerer o enquadramento aos programas anunciados. 

O ponto polêmico é liberação da parte do FGTS para pagamento de dívidas vencidas, por parte dos depositantes. Em tese, com o pagamento de dívidas vencidas, cria-se novamente a possibilidade de os atuais inadimplentes entrar no mercado de consumo, criando dívidas novas. A medida depende da edição de Medida Provisória ou através de Projeto de Lei, ambos sujeitos à aprovação pelo Congresso Nacional.

Outra medida que foi alardeado como medida de estímulo à criação de emprego pelo governo Temer, se refere à possibilidade pelas instituições financeiras de emitir títulos próprios para financiar a construção civil. Vamos lembrar que o setor de construção civil está paralisado não pela falta de financiamentos, mas por falta de demanda de imóveis prontos. O setor imobiliário está no chão, por falta de compradores para unidades prontas ou quase prontas, não pela falta de financiamentos. 

As medidas anunciadas pelo presidente Michel Temer e pelo ministro da Fazenda Henrique Meirelles, não são nenhuns gatilhos para o crescimento do País. As medidas não passam de boas intenções do que de estímulo ao crescimento. O governo Temer continua vendendo "ilusões" para a população. 

A "ponte" para o futuro do Temer continua sendo a "pinguela" para o pantanal de incerteza. 

Ossami Sakamori


quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

PEC 241, o fim do Plano Real !



A mentira e dissimulação prevaleceu. Hoje, quinta-feira, vai ser promulgado o PEC 241, com pompas, a Emenda Constitucional conhecida como a do "teto dos gastos públicos". A proposta de Emenda Constitucional é de iniciativa do ministro da Fazenda Henrique Meirelles e encampada pelo presidente Michel Temer. 

Convém esclarecer a verdade que esconde sobre o PEC 241, para que o povo não venha ter decepções sobre a Emenda Constitucional.

1. É mentira de que o PEC 241 é solução para todos os problemas do País. O PEC 241 será início do fim do Plano Real. 

2. É mentira de que o PEC 241 é a única medida que impõe o "teto dos gastos públicos". A Lei de Responsabilidade Fiscal de 2000 impõe ao Executivo gastar apenas o que se arrecada, incluindo o pagamento de juros da dívida pública. Se isto não é imposição do "teto dos gastos públicos", não sei mais interpretar os textos. 

3. O PEC 241 autoriza o Executivo a emitir os títulos da dívida pública para cobrir o "rombo" do Orçamento Fiscal de 2016 e dos futuros Orçamentos Fiscais para os próximos 20 anos, corrigidos pela inflação. Não há limite para o "déficit primário" ou o "rombo" no PEC 241. O Executivo está autorizado "automaticamente" a emitir títulos da dívida pública para cobrir o "rombo fiscal" (déficit primário). 

4. Se o PEC 241 fosse aprovado antes de 2015, a ex-presidente Dilma não teria sido cassada pela prática de "pedaladas fiscais" e nem tão pouco pelo "crime de responsabilidade" previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal de 2000. O PEC 241 torna "letra morta" a Lei da Responsabilidade Fiscal de 2000, porque autoriza os "gastos públicos" acima (muito acima) do que se arrecada. 

5. Na prática, o PEC 241 estabelece o "piso os gastos públicos" para os próximos 20 anos, baseado nos gastos de 2016 corrigidos pela inflação. O PEC 241 autoriza emissão de títulos da dívida pública tanto quanto necessário para cobrir os gastos públicos, podendo ultrapassar a emissão de títulos da dívida pública de 2016 (previsto em R$ 170,5 bilhões). Vamos lembrar que a Lei da Responsabilidade Fiscal de 2000 proíbe emissão de títulos da dívida pública para cobrir os gastos públicos. 

6. Assim sendo, a Lei de Responsabilidade Fiscal de 2000 que prevê o teto dos gastos públicos apenas o que se arrecada, fica letra morta. O PEC 241 que é uma Emenda Constitucional anula todos dispositivos de leis que os contrapõe, incui-se dentre estas a Lei de Responsabilidade Fiscal de 2000, que serviu por 15 anos como "coluna vertebral" do Plano Real.

7. Vamos lembrar, também, de que a expansão da base monetária (leia-se emissão de títulos públicos) para cobrir os gastos públicos é um dos principais fatores de realimentação da inflação. Convém lembrar, também, de que antes do Plano Real, os sucessivos governos financiavam os gastos públicos com emissão de "papel moeda" ou "títulos da dívida pública". 

8. A aprovação do PEC 241 não deveria ser motivo de comemorações, como o governo Temer festeja. Pelo contrário, o presidente Temer deveria estar de "luto" pelo enterro da Lei de Responsabilidade Fiscal de 2000, o pilar do Plano Real.

Ossami Sakamori


sábado, 10 de dezembro de 2016

Triste destino do Brasil nação!



Faz de conta que você existe,
Não, você não existe. Você, é faz de conta do seu país. 
Esquece que tem Brasil, não tem Brasil nação. 
Não existe nação do povo para o povo!

Faz de conta que tem parlamento,
Não, não tem. Parlamento, não tem.
Esquece que tem parlamento, não tem parlamento honesto.
Não existe parlamento de homens e mulheres honrados.

Faz de conta que tem justiça,
Não, não tem. Justiça, não tem.
Esquece que tem justiça, não existe justiça para pobres.
Não existe justiça para reles cidadãos, pobres e negros!

Faz de conta que tem servidor,
Não, não tem. Servidor, não tem.
Esquece que tem servidor, servidor é para atender aos ricos.
Não existe servidor para servir aos reles cidadãos!

Faz de conta que tem palácio,
Não, não tem. Palácio, não tem.
Esquece que tem palácio, não existe palácio do povo.
Não existe palácio para atender aos reclamos do povo!

Faz de conta que tem presidente,
Não, não tem. Presidente, não tem.
Esquece que tem presidente, presidente é medíocre.
Não existe presidente estadista para comandar a nação!

Faz de conta que você tem um país,
Não, não tem. País, não tem.
Esquece que tem país, só tem território rico e pobre povo.
Não existe país para ser orgulho do seu próprio povo!

Faz de conta que você vive,
Não, não vive. Você, não vive.
Esquece que a pátria existe, não existe a pátria amada.
Não existe pátria para dar solução à sua vida.

Triste destino, destino triste.
Não, não tem futuro. Futuro, não tem.
Esquece que tem futuro para um país de desesperança. 
Não existe nação para brandar em voz alta o seu nome.

Triste destino do Brasil nação!

Ossami Sakamori


#ForaTemer


Lutamos para tirar facção criminosa que estava alojada no centro do poder da República, o Palácio do Planalto, votando o impeachment da Dilma e alijando o PT do governo. Mal saímos das mãos de uma facção criminosa, a grande imprensa nós traz notícia de que uma outra facção criminosa toma conta do Palácio do Planalto. Falo do presidente Temer e do PMDB, o partido de sustentação do seu governo federal.

Segundo a grande imprensa, o presidente Michel Temer, num encontro social no Palácio Jaburu, residência oficial do vice-presidente, teria articulado, pessoalmente, doação à campanha do PMDB, junto ao então presidente do grupo Odebrech, o Marcelo Bahia Odebrecht.  O presidente Temer, apresentou à imprensa, a alegação de que não teria participado diretamente sobre a doação citada, transferindo o encargo para o Eliseu Padilha, atual ministro chefe da Casa Civil.  A grande imprensa traz detalhes como isto teria ocorrido. Oficialmente, o Palácio do Planalto nega a participação direta do presidente Temer do episódio.

Lá do extremo oriente, precisamente na Coréia do Sul, vem a notícia de que a presidente da República Park Geun-hye foi afastado do cargo por ter dado informações privilegiadas e interferido diretamente aos interesses financeiros de uma sua amiga. Foi exatamente o que Michel Temer, presidente da República diz ter feito, a interferência para favorecer os seus aliados, no exercício do cargo de vice-presidente, à época.

O que se vê, pelas evidências narradas pela grande imprensa, é apenas a troca de facções que comanda os poderes da República. Saiu PT e entrou o PMDB. Saiu a Dilma e entrou o Temer. No resto, o Brasil continua o país, o mais corrupto do mundo!

Michel Temer não mais reúne condições para continuar à frente à presidência da República. 


Ossami Sakamori

quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

STF decide pela permanência do Renan Calheiros

Crédito da imagem: Estadão

Ontem, o pelo do STF decidiu pela permanência do Renan Calheiro no cargo de presidente do Senado Federal, diante do pedido de liminar solicitado pela Rede, pelo afastamento solicitado pela Rede, por 6 votos a 3.  Antecedeu à reunião plenária do STF, intensas "articulações", segundo a grande imprensa, para um "acordão" para permanência do senador pelo Alagoas na presidência do Senado.

Este blog postou matéria, ontem, com o título Temer está nas mãos do Jorge Viana , onde eu dizia que o afastamento do Renan Calheiros poderia levar o presidente Temer na posição da ex-presidente Dilma, se o segundo turno da PEC 241 não fosse votado pelo plenário na próxima terça-feira, dia 13, o que poderia não ocorrer com Jorge Viana, PT/AL. Não aprovando a PEC 241, neste exercício, o presidente Temer estaria infringindo a Lei da Responsabilidade Fiscal de 2000, em vigor. Neste caso, poderia ensejar o processo de impeachment do presidente Temer, pelo mesmo motivo que levou Dilma a ser afastado do cargo de presidente da República.

Renan Calheiros, alvo de crítica nas manifestações das ruas do último domingo, dia 4, tinha este motivo nas mãos para partir para o ataque. Presidente Renan, resistiu ao cumprimento da medida liminar do afastamento do cargo de presidente do Senado, assinado pelo ministro Marco Aurélio do STF, alegando Renan a teoria do "caos".  A teoria do "caos" que se referia o presidente do Senado era a possibilidade da não colocação em pauta de votação da PEC 241 pelo eventual presidente Jorge Viana, de oposição e consequente "inadimplência" do presidente Temer para com a Lei de Responsabilidade Fiscal de 2000.  De fato, se isto acontecesse, seria motivo suficiente para instaurar o processo de impeachment do Temer. 

Com o episódio, não só o presidente Renan Calheiros ganhou destaque na imprensa, mas os ministros do STF, todos eles, ganharam "holofotes" da imprensa com esse episódio.  Ganhou "holofote" o senador Jorge Viana como "bombeiro" do episódio e a ministra Carmen Lúcia como "conciliadora" da crise.  Ganhou Temer, por não ter de responder por um eventual processo de impeachment.

É possível que, diante do que foi decidido pelo STF, a presidente do STF, ministra Carmen Lúcia, venha ser premiada com o cargo de presidente da República, interino, até o fim do recesso parlamentar no fim de janeiro de 2017. Isto, agora, ficou possível, no caso de ausência simultânea do presidente Michel Temer e do presidente da Câmara Rodrigo Maia, já que o segundo na linha de sucessão é a ministra Carmen Lúcia e não mais o Renan Calheiros.

Assim sendo, por "hermenêutica", a ministra Carmen Lúcia poderá ocupar o cargo de presidente da República. 

Ossami Sakamori
@ApoioJuizMoro



terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Temer está nas mãos do Jorge Viana!


Aconteceu o que o presidente Temer menos queria que acontecesse, a substituição da presidência do Senado Federal pelo Jorge Viana, PT/AC. A continuidade do governo Temer está nas mãos do senador pelo Acre. Em querendo, senador Jorge Viana poderá colocar Michel Temer a responder pelo "crime de responsabilidade" como que aconteceu com a ex-presidente Dilma.

Em diversas matérias neste blog, chamei atenção sobre a desnecessária e inoportuna propositura da Emenda Constitucional PEC 241, conhecida como "teto dos gastos públicos". Primeiro, porque já existe a Lei da Responsabilidade Fiscal de 2000, que prevê o limite dos gastos públicos, incluindo juros da dívida pública, ao total do que se arrecada de impostos e contribuições. Segundo, porque o "rombo" de R$ 170,5 bilhões previstos para este ano, 2016, poderia ter sido equacionado com o PLN, como que foi feito pelo governo Dilma, no apagar das luzes de 2015.

Eu já chamava atenção em 24/10/2016, neste blog, com o título PEC 241 é um grande equívoco! . Afirmei nessa matéria que a PEC 241 não é Emenda Constitucional mas um "Remendo Constitucional" para satisfazer aos interesses do ministro da Fazenda Henrique Meirelles e do presidente Temer, carentes de apoio popular.  A PEC 241 foi colocada pelo presidente Temer como "única" alternativa para resolver o "rombo" fiscal de 2016. 

Com o afastamento do Renan Calheiros da presidência do Senado Federal, o presidente Michel Temer, ficou literalmente, nas mãos do senador Jorge Viana. Se o senador Jorge Viana, como presidente do Senado, não colocar em votação no plenário, o segundo turno da PEC 241, o presidente Temer ficará exposto ao processo de "crime de responsabilidade" por não cumprimento da Lei da Responsabilidade de 2000, em vigor. Explica-se. O Orçamento Fiscal de 2016, prevê o "rombo" de R$ 170,5 bilhões, sem cobertura legal, até que seja aprovada a PEC 241.

Michel Temer está fazendo uma operação muito arriscada ao colocar a PEC 241 como "única alternativa" para regularizar o "rombo" fiscal de 2016. Isto é como o risco que correu o piloto do voo que levava o time chapecoense ao Medelín com o combustível, apenas o suficiente para chegar ao destino. Deu no que deu. O voo arriscado não chegou ao destino. 

O senador Jorge Viana, como presidente do Senado Federal, está na mesma posição do controlador da torre do Aeroporto de Medelín. Não colocando em votação o segundo turno da PEC 241, presidente Temer, na condição de piloto do Brasil, será cassado por não cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal de 2000, em vigor. Será um repeteco do impeachment da Dilma, se assim quiser o senador Jorge Viana.

Ossami Sakamori
@BrasilLivre



sábado, 3 de dezembro de 2016

Obrigado, colombianos!



Fiquei impressionado com eficiência dos colombianos no resgate às vítimas do voo que levava também os dirigentes, auxiliares e jornalistas que faziam parte da comitiva do time chapecoense que iria disputar o final da Copa Sul Americana de futebol. Seguindo rigorosamente o protocolo de resgate, relatado pelos jornalistas do mundo inteiro, os colombianos demonstraram que sabiam fazer com eficiência o resgate das vítimas do desastre aéreo acontecido nas proximidades do Medelín. 

Claro que ninguém esperava o tão trágico acontecimento. Mas, os colombianos demonstraram a organização e destreza para enfrentar situação de emergência, seguindo rigorosamente o protocolo.  O resgate foi feito, relatado pela imprensa, com eficiência de país do primeiro mundo. Fiquei imaginando, se o desastre tivesse acontecido no Rio de Janeiro. Teria sido, com certeza, num completo improviso como que acontece num desastre de natureza ambiental. Há que, as autoridades brasileiras tirarem lição com o trágico acidente acontecido na Colômbia.

Além da organização, o governo colombiano deu tratamento muito especial às vítimas de um dos piores desastres aéreos dos últimos tempos. Fiquei muito emocionado ao ver a homenagem prestado pelo Exército colombiano, na despedida dos corpos, na Base Aérea. Postei foto acima, que me deixou muito emocionado e ao mesmo tempo agradecido pela honraria prestada às vítimas por um país que os brasileiros o consideram com certo desdém. 

Enquanto do nosso lado, o presidente Michel Temer, acompanhado por sua mulher Marcela, vai recepcionar os corpos das vítimas no Aeroporto de Chapecó, trazido pelos aeronaves de transportes da FAB. Pretende, segundo a imprensa, o presidente Temer, entregar aos familiares das vítimas a comenda de ordem esportivo, no próprio aeroporto local. Segundo a imprensa, o presidente da República não comparecerá ao velório das vítimas no estádio chapecoense, por medo de uma eventual vaia. 

Segundo a imprensa, Osmar Machado, pai de um dos atletas, vítima do desastre: "Falaram que vou ter de ir até o aeroporto dar um abraço no Temer.  Acho isso uma falta de respeito com as famílias.  Se ele quiser, que venha aqui. Isto é tão desrespeitoso que até acho que é mentira."  É o mesmo sentimento que estou a sentir no momento que escrevo esta matéria. 

No momento de dor como a despedida dos seus entes queridos, não poderia ser tão inapropriado a entrega de comenda, mesmo que seja de mérito esportivo. O protocolar seria entregar a mesma comenda, numa data futura, em cerimônia no Palácio do Planalto com convite às famílias. Como sempre, o que prevalesse nos protocolos não são as dores das famílias, mas ao que interessa às autoridades, de tentar mostrar através da mídia, a "preocupação" do presidente da República para com os atletas.

Ficaria mais bonito, ainda, se o presidente Temer concedesse a mesma honraria dados às vítimas dos profissionais do esporte, também, fosse concedida aos profissionais da imprensa, vítimas do mesmo desastre aéreo, escalados que foram para cobertura daquele evento esportivo. Os corpos dos profissionais da imprensa, chegaram em anonimato, no Aeroporto de Galeão e foram liberados para as famílias, sem nenhuma atenção dada às demais vítimas. 

Enfim, os colombianos deram aos brasileiros, maior lição de eficiência, respeito e demonstração explícita de afeto ao povo brasileiro. Os colombianos fizeram mais que a sua parte. Falta aos brasileiros fazerem a nossa parte com dignidade. 

Ossami Sakamori



sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

Zelotes. Meirelles tem culpa?

Crédito da imagem: Folha

Foi deflagado ontem, uma nova fase da Operação Zelotes, cujo alvo foi o executivo Icris Rosito, diretor do Bank of America de 2006 a 2014 e atualmente consultor tributário.  A Operação investiga organizações criminosas (sic) que atuavam no trâmite de processos e no resultado de julgamentos no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), beneficiando grandes corporações.

Além do Bank Boston e Itaú, escritórios de advocacia e de consultoria foram alvos da Operação. Segundo a imprensa, o Itaú informou que a PF fez diligências nas dependências do Banco na manhã dessa quinta. O Itaú informou que o objeto da Operação foi a busca de documentos relativos a processo tributário do Bank Boston.

O Itaú esclarece que em 2006, adquiriu do Banco of America as operações do Bank Boston no Brasil. Segundo Itaú, a instituição não abrangeu a transferência dos processos tributários do Bank Boston. Afirma o Itaú, que os processos tributários são de exclusiva responsabilidade do Bank of America, que foi o dono do Bank Boston. 

O Bank Boston, cujo presidente era o atual ministro da Fazenda Henrique Meirelles, foi vendido para o Itaú, tão logo ele foi assumir o posto de presidente do Banco Central do Brasil, convidado que foi pelo Lula da Silva. Os processos de recuperação tributária junto ao Carf teriam sido protocolados após a saída do Henrique Meirelles daquela Instituição financeira. Em cima do papel, tudo beleza!

Na minha opinião, embora o Banco Itaú Unibanco tenha manifestado excluído dos processos da Operação Zelotes, o ministro da Fazenda Henrique Meirelles e o presidente do Banco Central Ilan Goldfajn estarão sob "suspeição" por terem sido respectivamente presidente do Bank Boston e diretor do Banco Itaú Unibanco. Como sempre acontece no País, certamente, os agentes do segundo escalão, públicos e privados, pagarão pelos eventuais crimes praticados (sic). Os verdadeiros responsáveis pelos crimes praticados (sic) continuarão imunes e alojados nos principais "bunkers" (prédios) da República.

De qualquer forma, a "sensação" que passa ao público é que os cofres públicos estão sob guarda dos "lobos famintos" à espera de oportunidades para subtrair dinheiro em benefícios próprios. Cadeia?  Cadeia, só para os bagrinhos! 

Ossami Sakamori