terça-feira, 31 de maio de 2016

Michel Temer e a política de juros.


Amanhã, quarta-feira,  está agendada a sabatina do Ilan Goldfajn (leia-se goldfain) pela Senado Federal. O plenário do Senado deverá votar na sequência para que o presidente do Banco Central indicado pelo presidente Temer, possa participar da próxima reunião do COPOM. Aproveito para reproduzir o texto do e-book de minha autoria Brasil tem futuro? , para entender como importante é, a indicação do presidente do Banco Central, dentro do quadro de depressão em que o País se meteu. 

Eu disse no e-book:

Um dos maiores equívoco da política econômica "neoliberal" dos últimos 22 anos é a "política de juros". Brasil se porta como um país de economia estável como Estados Unidos, Alemanha ou Japão. Brasil está longe de ter os indicadores comparáveis com aqueles países desenvolvidos. No entanto, os sucessivos governos "neoliberais", tanto PT como PSDB, praticaram "fórmula clássica" recomendada pelo FMI e outros organismos de fomento ao desenvolvimento. Com Meirelles na Fazenda, o governo Temer não será diferente.

O Banco Central do Brasil tenta controlar a inflação apenas com a "política de juros", mesmo no ambiente de inflação próximo de dois dígitos (acima de 10%). Isto é um tremendo equívoco! A taxa de juros praticados pelo Banco Central, Selic a 14,25%, por exemplo, embute o "juro real" próximo de 5% ao ano. O Brasil paga juros reais, segundo maior entre 40 maiores economias do mundo, atrás apenas da Turquia! O que serve para economia com inflação dos países do primeiro mundo, não serve para o Brasil. As condições macroeconômicas são totalmente diferentes entre o Brasil e os países desenvolvidos para serem adotados os mesmos critérios. 

No ambiente econômico com juros reais muito acima da inflação, não controla a inflação, mas "realimenta" a própria inflação. O fato é que o Brasil está precisando financiar a sua dívida pública com dinheiro dos especuladores nacionais e estrangeiros. Só como informação, cerca de 17% da dívida pública bruta é financiada pelos especuladores estrangeiros, que eu chamo de "agiotas internacionais". A distorção acontece porque o Banco Central do Brasil tenta evitar a fuga do capital especulativo estrangeiro, pagando juros "abusivos". Isto que é a realidade!  O resto é conversa para boi dormir.

Uma boa "política de juros" aliada à "política cambial" e rigoroso "controle do expansão da base monetária", poderão induzir a economia a tomar o rumo do desenvolvimento sustentável do País, no curto prazo. A "política de juros" e a "política cambial" deverão perseguir a meta de inflação e a meta de crescimento. O Banco Central tem diversos instrumentos para estabelecer a "calibragem" dos "juros" e do "câmbio" em níveis adequados para alcançar as metas preestabelecidas.  

A "dogma" de que o Banco Central deve ser "independente" do governo é uma "falsa tese" que é aceita e adotada na prática pelos formuladores da política econômica dos sucessivos governos "neoliberais". Imagine se o FED praticasse política monetária na contra mão do presidente da dos EEUU ou que o Banco Central europeu ousasse divergir do(a) pensamento do(a) chanceler da Alemanha. 

O Banco Central independente, não existe na prática. Banco Central independente é falsa dogma. Banco Central de qualquer país está interdependente com o governo em exercício. É impensável que o Banco Central existisse apenas no controle da moeda, sem se preocupar com a realidade econômica do País.

No Brasil dos governos "neoliberais", o ministro da Fazenda vai para um lado e o presidente do Banco Central vai para outro lado. Cada um rema para direção diversa e muitas vezes opostas. Essa queda de braço entre o ministro da Fazenda e o presidente do Banco Central torna-se visível até para leigos. O fato é que no Brasil, o presidente ou a presidente da República não dá diretriz para que ambos caminhem no mesmo sentido. Infelizmente, o Brasil é desprovido de presidentes competentes na área econômica. 

A consequência nefasta desta "política econômica" equivocada é a transferência de renda dos mais pobres para os mais ricos. Pelos indicadores econômicos atuais, 96% da população, cerca de 196 milhões, transferem cerca de R$ 200 bilhões por ano para os "agiotas internacionais" e para 4% ou 8 milhões da população brasileira. Nunca se viu tamanha transferência de renda dos mais pobres para mais ricos com a justificativa de "controle da inflação". 

Não vou aqui estabelecer especificamente, em números, as metas de inflação e de crescimento do País, nem tão pouco colocar aqui, a política de juros e a política de câmbio, porque é tarefa da equipe econômica do presidente da República. O que vale é a tese defendida aqui na nova matriz econômica proposta por este editor. 

Se deixar que eu desenhe a política econômica, farei que o Brasil cresça 6% por ano, ao longo de décadas, com moeda estável. Diante do quadro de "depressão", de queda contínua do PIB e consequentemente o número de desempregado em ascensão, a medida mais importante deveria ser o corte da taxa de juros Selic para algo como 0,5% abaixo da taxa de inflação presente. Para a taxa Selic ligeiramente abaixo da inflação, há que mexer no depósito compulsório de bancos e nos percentuais de aplicação dos fundos de investimentos em títulos públicos. Solução tem. No entanto, um presidente do Banco Central do setor bancário, hesitará em tomar  as medidas propostas por mim.

O Brasil é um país que tem todos ingredientes para elaborar um plano de desenvolvimento sustentável. É imprescindível, para que isto possa acontecer, que o País tenha um presidente além de probo e competente, um presidente da República que tenha competência para dar indicação segura ao novo presidente do Banco Central.



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O Brasil tem potencial para crescer sustentavelmente por várias décadas. Para isto, basta que o presidente da República olhe não só o próprio umbigo, mas sobretudo, olhar o horizonte do seu povo, levando em conta toda potencialidade que o País oferece. 

Ossami Sakamori










@SakaSakamori


segunda-feira, 30 de maio de 2016

Defendo o fim do monopólio de petróleo!


Não vejo solução para salvar a Petrobras, no curto prazo. A Petrobras padece de males acumulados desde a sua criação em 1953 pelo presidente Getúlio Vargas. Petrobras está longe de ser o "orgulho nacional", pelo contrário, é motivo de "vergonha nacional". Apesar da negativa do governo, como acionista majoritário, a Petrobras está em "estado de falência". 

Só a quebra de "monopólio' de petróleo na área de exploração, refino e comercialização colocará a Petrobras em encontrar a eficiência e competência, sem ladroagem, para enfrentar o livre mercado.  Não há motivo suficiente para "privatizar" a Petrobras, pelo menos neste momento. Se o governo e a própria direção da Petrobras acham que a Companhia é viável, que deixe a Petrobras continuar a operar, no regime de "livre concorrência", concorrendo em igualdade de condições com os gigantes do setor. 

Deixem o "pré-sal" com a Petrobras, porque o próprio presidente anterior afirmou que o custo de exploração do "pré-sal" é de US$ 8 o barril. Segundo os próprios técnicos da Companhia, afirmam que o custo de pré-sal é de US$ 50 o barril. Lembrando que o petróleo do pré-sal do campo de Tupi tem o custo adicional de US$ 8,51 por barril, devido ao ágio colocado na última capitalização da Petrobras. Portanto, o custo de petróleo do pré-sal custa ao País, US$ 58,51, em tese. 

Deixem os gigantes do setor atuarem na importação de petróleo bruto, no refino e na distribuição de combustíveis, em igualdade de condições com a Petrobras. Para lembrar os leitores, a gasolina pura, na bomba, nos Estados Unidos, está sendo negociados a uma média de US$ 0,50 o litro, ou grosso modo R$ 2,00, "sem adição" de 27,5% de álcool anidro. O preço base para efeito de equalização de tarifas pelo CONFAZ é de R$ 3,67 o litro no País. 

Mesmo que agregue sobrepreço devido aos "impostos e contribuições", cerca de 25% sobre o preço de gasolina aos preços praticados nos Estados Unidos, ainda assim o preço de gasolina pura deveria estar custando na bomba não mais que R$ 2,50 o litro, no País. Eu disse, o preço de gasolina pura no Brasil deveria estar custando R$ 2,50 o litro, no máximo, com dólar médio de US$ 4.

A simples conta de matemática demonstra que  o usuário de veículos automotores, aeronaves e indústrias em geral, "subsidiam" o preço do petróleo para que a Petrobras continue existindo, pagando pela administração ineficiente. Os contribuintes continuam "subsidiando" a ladroagem na Companhia para tornarem os fornecedores e os corruptos as pessoas mais ricos do Brasil. A simples mudança da diretoria da não mudará a situação, porque o espírito corporativo está presente nos quase 80.000 trabalhadores ativos da Companhia. 

A Petrobras carrega uma dívida de US$ 100 bilhões, equivalente a R$ 400 bilhões na cotação de dólar a R$ 4, para um patrimônio líquido "fictício" de R$ 260 bilhões. A Petrobras carrega R$ 727 bilhões de imobilizados contábeis, que está recheado de "esqueletos" acumulados ao longo dos 63 anos de existência da Companhia. Há que fazer "reavaliação" do imobilizados para expurgar os "esqueletos". O governo tem medo de mandar reavaliar o ativo imobilizado porque exporia a verdadeira situação patrimonial da Petrobras, isto é, o "estado de falência".

A nova matriz econômica prevê "o fim do monopólio de exploração, refino e comercialização do petróleo". Não estou propondo a "privatização" da Petrobras. Desafio os "neoliberais" de hoje e de ontem proporem a quebra do monopólio na área do petróleo, que trarão benefícios para a população. Desafio os administradores da Petrobras a realizarem o impairment (reavaliaçãodos ativos e expurgar os "esqueletos" da Companhia. 

Com a nova matriz econômica, tenho certeza de que o País não viverá mais ladroagem que custou a falência da Petrobras, que um dia foi orgulho de todos os brasileiros. Com a transparência, e a livre concorrência, vai acabar o domínio da Petrobras por uma ou mais facção criminosa.

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Se quer mudança no rumo do País, há que colocar o fim do monopólio da exploração do petróleo!

Ossami Sakamori


domingo, 29 de maio de 2016

Rombo de R$ 170 bilhões, a vitória do Pirro.


A comemorada aprovação do ajustamento da meta fiscal ou o Orçamento da União para 2016, com o rombo de R$ 170 bilhões, soou como vitória do governo Temer. A grande imprensa noticia com estardalhaço a vitória do governo no Congresso Nacional. No sentido de controle do governo sobre os parlamentares, o resultado é positivo, porém, para a população é uma derrota de grandes proporções. É uma verdadeira vitória do Pirro.

Para fechar o primeiro pacote de medidas, o governo Temer deve remeter ao Congresso Nacional a desvinculação da receita da União, o já conhecido DRU. Esta medida é complemento da revisão da meta fiscal com déficit primário de R$ 170 bilhões. A desvinculação da receita é dar "cheque em branco" para o governo gastar as despesas aprovada na semana passada, onde houver mais necessidade. Trocando em miúdos, o Congresso Nacional vai autorizar o governo Temer, a direcionar os gastos do governo da União, onde mais aperta o sapato (necessidades). 

A triste notícia é de que o governo Temer trabalha com horizonte de 5 ou 10 anos para tornar o resultado primário (receitas menos despesas) equilibrado. Há previsão de que os próximos orçamentos da União venha com o "déficit primário". Isto é inexorável, sem criação de novos impostos. 

Não sobrando recursos para pagar pelo menos os juros da dívida pública, haverá duas consequências inevitáveis e inexoráveis. A primeira consequências é que aumentará o tamanho relativo da dívida pública em relação ao PIB, que aproximará do 100% do PIB, celeremente. A segunda consequência é que a expansão da base monetária provocada pela emissão de novos títulos da dívida pública, será um fator dificultador para controle da inflação.

Tudo isto, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, sabe. O presidente Temer sabe, também. Isto é conhecimento básico para qualquer administrador público. Eles sabem que as consequências do "déficit primário" em anos seguidos poderão trazer consequências nocivas inevitáveis. A contínua expansão da dívida pública federal é um fator importante para as notas de avaliação do País, pelas agências de riscos. 

O contínuo "déficit primário" da União, de certa forma, inibe a retomada dos investimentos no País, sobretudo em investimentos produtivos. O fato, tem pouco a ver com a entrada de recursos estrangeiros especulativo no País, que está atrás, tão somente, atrás dos juros reais dos títulos do governo da União. Os investidores especulativos ou os agiotas internacionais, estão como abutres atrás de juros reais altos. Nenhum investidor vem trazer dinheiro ao Brasil pelo amor ou simpatia pelo País. 

O resumo da ópera: Os "rombos" (déficits primários) dos governos, quer seja da ex-presidente Dilma ou do presidente Temer, quem paga é o povo brasileiro. Mais uma vez, já pela enésima vez, que o custo dos "ajustes" caem nas costas do povo. Por isso, considero, a aprovação do rombo de R$ 170 bilhões pelo Congresso Nacional como vitória do Pirro. 

Com a ousadia e imodéstia da minha parte, apresento o e-book com a alternativa de matriz econômica, que mexe com "establishment" brasileiro, com o objetivo de colocar o Brasil no rumo do desenvolvimento sustentável, que atenda a demanda e necessidade da população brasileira.

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Ossami Sakamori












sábado, 28 de maio de 2016

O fim para Lula e Dilma !


Tudo começou assim. Paulo Roberto Costa é apresentado formalmente pelo presidente da Petrobras, Sérgio Gabrielli, ao presidente da República, Lula da Silva e à chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. Aqui inicia o maior "achaque" da história aos empreiteiros da Petrobras, entre eles a Construtora Odebrecht.

À partir dessa reunião, a facção criminosa começava operar o gigantesco esquema de "corrupção" que o País não tinha visto antes. O Lula da Silva foi o "capo" da ladroagem e Dilma a "comandante" ou "mandante" da  ladroagem que serviu para enricaram as principais figuras políticas do País. O "comando" da facção criminosa se instalou acintosamente no Palácio do Planalto, com toda estrutura paga pelo contribuinte brasileiro. 

Isso tudo será revelado pelo herdeiro da maior empreiteira do País, o Marcelo Odebrecht, em delação premiada para Ministério Público Federal. O Marcelo Odebrecht tenta se livrar da prisão, quase perpétua, imposta pelo juiz Sérgio Moro da Justiça Federal de Curitiba. Com o novo entendimento do STF de que a decisão de segunda instância colocará o condenado em cadeia no regime fechado, fez o filho do Emílio Odebrecht a mudar de ideia.

A facção criminosa, instalado no Palácio do Planalto, comandada pelo Lula da Silva e Dilma, distribuiu obras para os empreiteiros amigos do Planalto. A facção criminosa, financiou à juros subsidiados os grupos empresariais como OGX do Eike Batista, JBS/Friboi do Joesley Batista, os notórios estelionatários do País. A facção criminosa fez negócios vantajosos para com o  André Esteves do BTG Pactual, como a venda do Banco Panamericano e diversos negócios com a Petrobras e a Eletrobras. Os negócios renderam enormes lucros para os "estelionatários", mas que redundaram em prejuízos R$ bilionários para Petrobras e Eletrobras. 

O fato é que, sob comando da facção criminosa instalado no Palácio do Planalto, a Eletrobras quebrou, carecendo de injeção de até R$ 40 bilhões pelo governo federal para salvar a Companhia.  A dupla Lula da Silva e Dilma, conseguiram colocar a maior companhia brasileira, a Petrobras na condição de estado de falência. Ontem mesmo, postei matéria denúncia sob o título Petrobras está com rombo de R$ 240 bilhões que retrata a verdadeira situação econômica e financeira da Companhia.

Lula da Silva, também, está envolvido em financiamento ilegal, caixa 2, da campanha da Dilma, pela Portugal Telecom, com processo em investigação em Lisboa. Lula da Silva é mandante e Dilma a executora, do financiamento ilícito, caixa 2, proveniente das "propinas" do DNIT em 2010, objeto de denúncia deste blog. Lula da Silva é investigado,também, pelo crime de ocultação de patrimônio  e lavagem de dinheiro referente ao sítio de Atibaia e ao triplex de Guarujá. 

Lula da Silva é investigado pelo Ministério Público Federal pelo crime de lavagem de dinheiro, pelas "palestras" feitas às empreiteiras como a Odebrecht, OAS e Andrade Gutierrez. O Instituto Lula teria se transformado em "lavanderia" de dinheiro das "propinas". 

Mesmo com tantas evidências, o Lula da Silva, afirma nada saber. E, Dilma continua afirmando que não tem conta na Suíça. A negativa de ambos faz parte da estratégia de advogados para livrarem-se de possíveis penas. Sem foro privilegiado, Lula e Dilma sentarão no banco dos réus perante juiz federal Sérgio Moro. Ambos serão condenados pelo juiz singular da República de Curitiba, isto são inexoráveis. A justiça tarda, mas chega! 

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Finalmente, estamos a ver o fim para Lula e Dilma!

Ossami Sakamori











@SakaSakamori

sexta-feira, 27 de maio de 2016

Petrobras está com rombo de R$ 240 bilhões


A Petrobras, maior empresa do País, está em "estado de falência". Só não está para o governo federal que é o acionista controlador da Companhia, para tristeza dos acionistas minoritárias, que ainda tem esperança em recuperar o capital investido. Não, não haverá reversão desta situação, a não se que o governo federal injete capital necessário para deixar o patrimônio líquido, pelo menos "positivo".

Não adianta colocar um presidente com probidade e experiência como o Pedro Parente, porque não há milagres a produzir no campo de economia e finanças. Na sequência, embora em número estimado por mim, demonstrarei a situação real da  Petrobras. Já vou avisando que os números são catastróficos e serão contestados pelo governo.

A Petrobras contabilizou o prejuízo de R$ 34,9 bilhões no balanço patrimonial de 2015, mas o número é insuficiente para retratar a real situação da Petrobras. Os número do balanço já demonstram claramente a situação. Vejamos os números globais básicos da situação da Companhia para análise e avaliação.

Extraído do relatório e balanço de 31 de dezembro de 2015:

1. Patrimônio líquido, no balanço: R$ 262 bilhões.
2. Número de acionistas: 13.044.497.000 ações.
3. Número de empregados: 78.470 trabalhadores diretos.
4. Faturamento bruto: R$ 321 bilhões.
5. Total do passivo (endividamento): R$ 596 bilhões. 
6. Total do ativo (incluído esqueletos): R$ 859 bilhões.
7. Prejuízo devido a impairment : R$ 34,6 bilhões.

* impairment é perda no valor de recuperação de ativos.

Os fatos:

O que chama a atenção no relatório e balanço da Petrobras são os números relativos, que comento a seguir.

a). O excessivo endividamento.

O número de endividamento da Companhia em relação ao faturamento.  Para um patrimônio líquido de R$ 262 bilhões, o endividamento de R$ 759 bilhões, sendo R$ 596 bilhões no sistema bancário, está em nível insustentável. 

b) Imobilizado super avaliado. 

Para o total de ativos de R$ 859 bilhões, o faturamento bruto de R$ 321 bilhões é totalmente insuficiente para remunerar o capital investido. Ou o ativo imobilizado está "muito caro" proporcionalmente ao volume de faturamento. Foi exatamente o que aconteceu com as obras objetos da Operação Lava Jato.

É no ativo imobilizado que que esconde os números irreais. Receio que os ativos estejam constituídos de inúmeros ativos "esqueletos" que só consta do "balanço", mas que a sua existência real é questionada. 

Além de esconder os ativos "esqueletos", os ativos contabilizados não condizem com o "real valor de mercado". Exemplificando: A refinaria Abreu e Lima teria custado cerca de US$ 20 bilhões, equivalente a R$ 70 bilhões, enquanto no mercado internacional, o valor de refinaria do mesmo porte valeria máximo R$ 2,5 bilhões ou R$ 10 bilhões. A Complexo Petroquímico de Rio de Janeiro acontece a mesma situação. A Refinaria de Pasadena, objeto de denúncia do TCU, está contabilizado com sobrepreço de cerca de R$ 3,5 bilhões. 

Receamos que, se fizer reavaliação do ativo, baseado em "valor do mercado", o valor do ativo de R$ 859 bilhões, estaria valendo menos de 50% do valor contábil. Fazendo uma "auditoria" externa, baseado em "valor do mercado", este número deve cair para algo como R$ 430 bilhões. Isto é o prejuízo oculto da Petrobras. 

c) Patrimônio líquido da Petrobras.

Ao deduzir o prejuízo "escondido" de R$ 430 bilhões do patrimônio líquido contábil, a Petrobras estará com patrimônio líquido negativo em R$ 170 bilhões, sem contabilizar os prejuízos que os processos que correm contra Petrobras nos Estados Unidos. 

d) Processos contra Petrobras nos Estados Unidos.

Segundo informações colhidos no mercado, o rombo potencial dos processos que correm na Justiça americana, está avaliado em US$ 20 bilhões ou equivalente a R$ 70 bilhões, na data de hoje.  Este número deverá ser contabilizado como previsão de despesas judiciais para ser deduzido do patrimônio líquido contábil.

Em outras palavras, se a Petrobras vender todos os ativos à "preço do mercado" e pagar a sua dívida, iria faltar R$ 240 bilhões de compromissos ainda a serem pagos.  

Podem me classificar como louco, que não estou nem aí. Em meus cometários sobre economia, mais de 90% das minhas considerações vem se confirmando. Desta forma, concluo e afirmo que a Petrobras está falida em R$ 240 bilhões.

Fato relevante: 

O "rombo" da Petrobras no final de 2016 será de R$ 240 bilhões, se contabilizar o ativo imobilizado pelo valor do mercado e ainda confirmar o resultado dos processos judiciais que correm nos Estados Unidos conforme mercado prevê. 

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Ossami Sakamori











@SakaSakamori

quinta-feira, 26 de maio de 2016

Bons nomes para presidências no BB e na CEF

Crédito da imagem: Estadão

Ontem, foram nomeados os presidentes das duas mais importantes instituições financeiras de controle do governo federal. Seguindo o mesmo critério da indicação da Maria Sílvia Bastos para o BNDES, prevaleceu o critério técnico. Isto já é uma sinalização. 

Para presidência do Banco do Brasil foi escolhido o nome do economista Paulo Caffarelli que já tinha passagem pela diretoria do Banco. Indicação do Paulo Caffarelli é indicação pessoal do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. No meu entendimento, instituições financeiras não podem tocadas sem que tenha familiaridade com o mundo financeiro.

Para presidência da Caixa Econômica Federal foi escolhido o nome do Gilberto Occhi, funcionário da Instituição. Occhi foi indicação do PP, partido de sustentação do governo Temer. A indicação do Occhi faz parte do compromisso assumido pelo Temer, para garantir a governabilidade. Occhi já ocupou cargo de direção da CEF no governo Dilma.

A Caixa Econômica é executora do programa de financiamento de habitações, quer seja moradias populares ou moradias de classe média. Por outro lado, o Banco do Brasil é o principal executor do financiamento de diversos programas do setor agrícola. Ambas instituições atuam fortemente, também, no segmento de crédito direto ao consumidor.

Ambas instituições financeiras, junto com o BNDES funcionarão como alavanca para retomada de investimentos no País. No governo Dilma, as três instituições funcionaram para alavancar projetos duvidosos dos amigos do Palácio do Planalto. Quero crer que, com as indicações técnicas para os cargos de presidência das instituições financeiras o critério de concessão de financiamento serão de fomento às pequenas e médias empresas. Estaremos atentos. 

Não querendo ser repetitivo, mas no meu entender, a política econômica do governo Temer só terá êxito se praticar política econômica de austeridade pela Fazenda e executar a adequada política monetária pelo Banco Central. Insisto na leitura do e-book Brasil tem futuro? (com mais de 25.000 visitas), que trata de uma nova matriz econômica para desenvolvimento sustentável do País.

Ossami Sakamori











quarta-feira, 25 de maio de 2016

Michel Temer é o "único" presidente da República!


É muito estranho eu ter que afirmar que o presidente da República é o Michel Temer, mas vou ter que fazê-la. Michel Temer não é presidente "em exercício" como a grande imprensa o trata. Constitucionalmente ele é o "único" presidente do Brasil. Não tem essa de tratar o Temer de "presidente em exercício" e a Dilma de "presidente licenciada". Dilma não está de licença por vontade própria, ela está de licença pela imposição do Senado Federal, para responder o processo de impeachment. Dilma é considerada "presidente" apenas pelo protocolo, assim como o protocolo manda que se trate Fernando Henrique, Lula da Silva, Fernando Collor ou José Sarney de "presidente", nada mais.  
O presidente do Senado Federal, Renan Calheiro, concedeu por vontade própria, com os poderes que a legislação lhe concede, de que a Dilma, licenciada do cargo de presidente, ocupe o Palácio do Planalto e continue recebendo muitas regalias que são assegurados para um presidente da República. Dilma Rousseff poderia no meu entender, no máximo, residir em algum apartamento funcional do Poder Executivo e usufruir dos benefícios que são assegurados para um ex-presidente. Nada de utilizar a rica adega do Palácio da Alvorada ou continuar a usufruir cartão corporativo sem limite, pagos pelo contribuinte. Ter dois presidentes da República, só acontece num país de quinta categoria!

O Palácio da Alvorada é, de direito, do mandatário máximo da República. E pronto! Senão vejamos uma situação embaraçosa que se criaria se houvesse visita de qualquer chefe de Estado. O presidente Michel Temer morando no Palácio do Jaburu teria que fazer a honra da casa, não no Palácio da Alvorada que é residência oficial de um presidente da República. Imagine hipoteticamente a situação embaraçosa criaria se um jantar oficial para presidente Obama fosse feito no Palácio do Jaburu. Será que os administradores público não pensam nisso, não?

Cá entre nós. O Palácio da Alvorada, residência oficial da família presidencial, ficaria muito melhor sendo ocupado pela primeira dama, Marcela Temer, seu marido Michel e filho de ambos. Garanto que o povo brasileiro ficaria muito mais orgulhoso de tê-la moradora a primeira dama Marcela do que uma "presidente licenciada". 

Voltando ao assunto, Michel Temer é "único" presidente da República Federativa do Brasil, com todos os poderes. É justo que a família Michel Temer ocupe o Palácio da Alvorada. A Dilma, é mais um "sem teto" ocupando indevidamente o espaço reservado para presidente da República, que não o caso dela.



Tenho recebido manifestações dos leitores de que devo dar "voto de confiança" ao Michel Temer. Alguns dizem que ao criticar o governo Temer estaria fomentando o PT a voltar ao poder. Não acho isto, não. Através deste blog, sempre, pautei em trazer minha opinião sobre os fatos, sejam favoráveis ou desfavoráveis ao governo. E, assim continuarei expondo minha opinião sobre o governo Temer.

Quando o tema é merecedor de opinião favorável, assim farei o texto. Se os assuntos merecem minha crítica, farei de forma contundente, como é de minha característica pessoal. 

Segue abaixo, três matérias postadas aqui: duas favoráveis e uma desfavorável. Os que me acompanham sabem que os fatos terão minha opinião favorável ou desfavorável sob meu ponto de vista. Nem sempre, acerto na "mosca". Sou apenas articulista que quer ajudar colocar o País no rumo do desenvolvimento sustentável. Só isto, apenas isto!

As matérias, entre tantas:

Para Maria Sílvia entrego cheque em branco


Pedro Parente pega Petrobras falida!


O equívoco da política econômica do Temer


Infelizmente, Dilma não me ouviu nos últimos 4 anos e 3 meses deste blog. O resultado é que deu no que deu. Vocês podem ter a certeza de que o presidente Temer ganha em, pelo menos, levar em consideração as nossas opiniões, sobretudo, sobre a política econômica.  

Para mim, Michel Temer é o único presidente da República.

Ossami Sakamori














@SakaSakamori


terça-feira, 24 de maio de 2016

O equívoco da política econômica do Meirelles.


O Congresso Nacional está votando neste momento, a nova meta da execução orçamentário de 2016. O orçamento fiscal de 2016, aprovada pelo governo Dilma estava com o "superávit primário" de R$ 25 bilhões. A nova meta apresentada pelo governo Temer está previsto "déficit primário" de R$ 170 bilhões, sem contar ainda com o "rombo" da Eletrobras.

Para quem não está familiarizado com o economês, o "déficit primário" é quanto de dinheiro falta para pagar as despesas do governo federal, deduzido o dinheiro arrecadado pelos impostos e contribuições. Nesta conta chamado de "resultado primário", não entra nem os juros e nem as amortizações da dívida pública federal. Se considerar o "resultado nominal" (incluindo juros da dívida pública), o buraco é bem mais para baixo!

O que está sendo votado é apenas o "dever de casa" que cada governo tem que fazer. O ajustamento do "resultado primário" é para evitar as "pedaladas fiscais" no final do ano. Pelo menos, com o Meirelles na Fazenda, o Orçamento primário da União de 2016, deverá terminar o ano com o "déficit primário" se aprovado (hoje) pelo Congresso Nacional, sem as pedaladas fiscais.

Nos próximos dias, após discussão pela equipe econômica, deverão ser encaminhado ao Congresso Nacional pelo Meirelles da Fazenda o aumento da receita da União, sobretudo com fim de desonerações tributárias concedidas no governo Dilma. Deverá também ser criado novas alíquotas de contribuições e impostos para que os Orçamentos da União de 2017 em diante apresente "superávit primário" ao invés de "déficit primário". Não há milagres a produzir na política econômica.

Fiquei decepcionado e triste, porque o ministro da Fazenda Henrique Meirelles não sinalizou o fim da transferência de renda dos mais pobres para os mais ricos, no montante que ultrapassa os R$ 200 bilhões. Meirelles apenas acenou de que serão eliminados os financiamentos subsidiados do BNDES, o Bolsa Empresário. Meirelles criticou o Bolsa Empresário, mas o grupo JBS/ Friboi do qual ele pertenceu até a véspera, é o maior tomador individual dessa mesma Bolsa Empresário que, hoje, ele critica.

No meu entender, sem o corte nos juros básicos Selic, não haverá retomada de investimentos. Na atual taxa Selic de 14,25% embute juros reais de 5%. Os juros reais que o País paga aos investidores especulativos são segundo maiores entre 40 maiores economias do mundo, deixando apenas Turquia como primeiro da lista. Meirelles continuará privilegiando o setor bancário e especuladores estrangeiros!



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Enquanto não mexer na taxa básica de juros Selic, não haverá retomada de investimentos produtivos no curto prazo. 

Ossami Sakamori










segunda-feira, 23 de maio de 2016

Temer aplica dogma do FMI


Já sabemos, pelas entrelinhas das declarações da equipe econômica, que a política econômica a ser adotada pelo governo Temer é aquela fórmula ortodoxa do FMI. Eu tinha tênue esperança de que o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, tivesse mudado de "hábito". Não tem jeito, o monge não muda o seu "hábito", tão facilmente. 

Henrique Meirelles não fará nenhum choque para reverter a situação econômica do País. Vai ignorar que o quadro da economia é de extrema gravidade. Vai aplicar a fórmula clássica do neoliberalismo de combate à inflação via taxa de juros Selic. Vai tentar salvar o País, sem mexer nos lucros dos bancos e de grandes corporações. É a aplicação pura e simples da fórmula clássica do FMI.

Sob a argumentação de manutenção da saúde do sistema financeiro brasileiro, não vai mexer no raiz do problema, que é a transferência de renda da população para o sistema bancário. Esta soma de transferência de renda soma cerca de R$ 200 bilhões anuais. Coincidência ou não, o número é muito próximo do "rombo" das contas públicas do governo federal que é de R$ 170 bilhões, anunciado há poucos dias.

Não havendo rebaixamento da taxa de juros Selic para níveis de inflação, o País continuará sangrando. Os investidores diretos ao sistema produtivo, tanto nacionais como estrangeiros, não se animarão a colocar dinheiro na produção. O Brasil continuará sendo, com Meirelles na Fazenda, um país que pratica a taxa de juros reais a mais alta do mundo, fora Turquia, dentre 40 maiores economias do mundo. Continuaremos sendo vice-campeão em termo de taxa de juros reais dos títulos públicos.

Diante da política econômica e monetária desenhadas pelo Henrique Meirelles, a taxa Selic deverá terminar o ano ao redro de 12,50%, o PIB fechará o ano próximo de 4% negativos, a inflação deverá fechar o ano acima do teto da meta de 6,5% e o número oficial de desempregado em torno de 14 milhões no final do ano. 

Como alternativa à política econômica neoliberal, recessiva, estou apresentando no meu e-book Brasil tem futuro?, uma política econômica e monetária que tirará o País do estado de paralisia e de marasmo. Vale a pena conferir. 

Ossami Sakamori






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(desde 15 fevereiro de 2012)

Em defesa do Estado democrático de direito.
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Ossami Sakamori



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domingo, 22 de maio de 2016

MinC continuará esquerda caviar!


O episódio da ocupação das instalações do Minc pelos artistas da Globo com intenção de forçar a reversão da medida pelo presidente Michel Temer, no mínimo, foi uma afronta à inteligência do povo brasileiro.  O objetivo do grupo de artistas era conseguir a reversão da decisão do presidente Temer em transformar o Ministério da Cultura em uma Secretaria do MEC. Michel Temer sucumbiu e vai mandar MP para recriação do MinC ao Congresso Nacional.

O MinC, como é conhecido o Ministério da Cultura é responsável pela aprovação dos projetos de boa parte dos eventos culturais do País, via Lei Rouanet.  A Lei Rouanet de 1991 permite que qualquer pessoa física ou jurídica capte recursos das empresas para produção artística. A Lei Rouanet possibilitam que as empresas "deduzam" a contribuição aos projetos culturais aprovados pelo MinC do Imposto de Renda à pagar. O tomador do recurso, com projeto previamente aprovado, tem apenas obrigação de prestar contas ao MinC.

Onde é que está o problema, se o recurso provém das empresas? 

O problema é que as empresas que contribuem aos produtores culturais utilizando-se da Lei Rouanet pagam o Imposto de Renda, deduzido o valor "investido" em projetos culturais. A primeira impressão é que não houve prejuízo para ninguém, mas é engano. Os produtores culturais, na prática, recebem o dinheiro que é do governo federal, na "boca do caixa". Menos dinheiro no governo federal para investir em educação, saúde pública e segurança. 

Se não bastasse, o problema de "recolhimento antecipado" é que muitos desses projetos estão sendo questionado pelo TCU - Tribunal de Contas da União, pela forma de aplicação da lei. Até o exercício passado, os projetos culturais via Lei Rouanet receberam R$ 3,8 bilhões. Esse dinheirama foi no bolso dos produtores culturais e ou aos artistas. 

Vejam a seguir alguns projetos aprovados pelo MinC, no mínimo, bizarros, para avaliação do que seja Lei Rouanet:

Turnê Luan Santana recebeu aprovação do projeto cultural de R$ 4,1 milhões. Não se tem notícia de que tenha realmente captado o valor do projeto.



Show Cláudia Leitte recebeu aprovação do projeto de R$ 5,8 milhões. Segundo notícias, Cláudia Leitte, teria recebido incentivo de apenas R$ 1,4 milhão.



Cirque du Soleil recebeu aprovação do projeto de R$ 9,4 milhões. O projeto recebeu captação das empresas Gol e Bradesco que utilizaram o evento para divulgar as suas marcas.  

E de tantos artistas globais como os (as) da imagem.






Por outro lado, vocês já souberam se algumas dessas manifestações culturais abaixo receberam a aprovação da Lei Rouanet no MinC? 

Dá-se impressão de que a Lei foi feita para artistas globais. Com a recuperação do "status" de Ministério, estes eventos culturais natos do povo brasileiro, vai entrar na agenda? Ou os eventos culturais do povo não entra na agenda do MinC?





















O fato é que, a simples mudança de "status" do MinC de Secretaria para Ministério, nada muda. O MinC vai continuar atendente os interesses de poucos, sobretudo de atores e de atrizes globais. 

Creio que o presidente Temer sucumbiu aos interesses de poucos ao restabelecer o "status" de ministério para o MinC. O conteúdo continua igual. Se eu estiver enganado, por favor, vocês me corrijam.

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Ossami Sakamori