terça-feira, 30 de maio de 2017

Uma carta para presidente Temer



Excelentíssimo Senhor Michel Temer,

Com enorme contrariedade, escrevo estas poucas linhas para solicitar à Vossa Excelência que renuncie ao cargo de presidente da República Federativa do Brasil. Senhor Michel Temer, eu faço, apenas em meu nome, mas representando o sentimento de milhões de pessoas que não o aceitam mais vê-lo representando o povo brasileiro.


Senhor Michel Temer, a última vez que escrevi uma carta semelhante a esta, escrevi-a com muito pesar, à então presidente da República Dilma Rousseff, sua antecessora e companheira de chapa, que o elegeu para o cargo de vice-presidente da República. Só quero lembrá-lo, senhor Michel Temer, Vossa Excelência se elegeu graças aos votos dados a sua ex-companheira, a Dilma Rousseff. 


Senhor Michel Temer, Vossa Excelência, se acha o salvador da pátria, mas o povo não o elegeu para ser presidente da República, de fato. Vossa Excelência, disse após a cassação de mandato da titular, a quem deve o cargo que ocupa, de ter herdado a irresponsabilidade fiscal. No entanto, Vossa Excelência tornou-a permanente para os próximos 20 anos, com a Lei do teto dos gastos.


Senhor presidente, Vossa Excelência tem feito discursos como se fosse o único político capaz de promover as reformas estruturantes que o País estava a carecer.  O objetivo embora necessária, senhor presidente, não é suficiente para impor sacrifícios à população mais do que ela tem capacidade de suportá-lo. Senhor presidente, o País convive com 14 milhões de desempregados e outros tantos sub-empregados, números nunca dantes vistos na história brasileira. 


Senhor Michel Temer, Vossa Excelência, no cargo de presidente da República, cometeu um deslize indigno do cargo que ocupa. Senhor presidente, receber um empresário estelionatário, fora da agenda, na residência oficial da presidência da República, às altas horas da noite, é se igualar ao nível de empresário que o recebeu. Vossa Excelência se defende com argumento de que as gravações feitas pelo empresário estelionatário não vale como prova, mas não desmente o conteúdo da conversa daquela noite.


Vossa Excelência, senhor presidente, faz manobra para proteger o seu auxiliar imediato, o trapalhão, à todo custo, nomeando um novo ministro da Justiça com visível função de defensor dos seus interesses privados das investigações que o Supremo Tribunal Federal mandou instaurar, em razão do conteúdo das conversas gravadas. Senhor presidente, o teor das conversas ao meu ver, não são nada republicanos, pelo contrário, muito comprometedor, e que Vossa Excelência não nega ter existido.


Senhor Michel Temer, Vossa Excelência está considerando o cargo de presidente como se fosse um cargo privativo ao comportando-se com a soberba que lembra bem a sua antecessora Dilma Rousseff.  Vou fazer lembrar à Vossa Excelência que o cargo de presidente da República é do povo brasileiro. Sendo assim, senhor Michel Temer, o cargo que foi lhe confiado pertence aos que lhe confiou de boa fé. 


Definitivamente, senhor Michel Temer, o seu apego ao cargo, custe o que custar, lembra os presidentes anteriores que mancharam a história do Brasil. Michel Temer, Vossa Excelência, entrincheirada no cargo, será em breve mais uma figura triste da história brasileira. Desejo que renuncie com dignidade do que cometer loucuras. 


Senhor presidente Michel Temer, espero que esta seja a única e derradeira  carta que destino ao Palácio do Planalto. 


Sem nenhum apreço! 


Ossami Sakamori


sábado, 27 de maio de 2017

Para que lado vai a economia, pós Temer?



Para onde vai a nossa economia? É mais o que se ouve dentre população instruída.  A preocupação começou com a divulgação do "grampo" da conversa entre o empresário estelionatário Joesley Batista e o presidente da República Michel Temer. O conteúdo da conversa, não contestado pelo Temer, deixou a população estarrecida. E a crise política, a mais grave dos últimos 30 anos, se instalou no País. 

Antes de discorrer sobre o assunto, quero deixar claro que o que escrevo aqui não é fruto de "adivinhação", pois de cartomante não tenho nada.  Tenho formação "cartesiana", próprio de engenheiro. Muitas matérias postadas neste blog, anteciparam em alguns dias, alguns meses ou até em alguns anos os fatos que viriam acontecer.  As minhas previsões tem acerto muito acima de 70%, o que vocês podem comprovar acessando às matérias postadas via janela "Pesquisar" no canto direito acima desta página. É apenas fruto de observação e de vivência. 

Escrevi com antecedência de três meses sobre a falência da OGX; escrevi com um ano de antecedência sobre a recuperação judicial da Oi Telecomunicações; escrevi sobre financiamento de obras de infra-estruturas no exterior com o dinheiro do  BNDES; escrevi sobre as maracutaias do André Esteves na compra do Banco Panamericano; escrevi sobre várias operações que estão vindo a tona pela Operação Lava Jato. Muitas operações estranhas envolvendo a Petrobras foram objetos deste blog, ainda não viraram operações da Polícia Federal, mas certamente virarão noticiários policiais nos próximos meses.

As matérias sobre as maracutaias da JBS/Friboi, foi insistentemente abordadas neste blog. Finalmente, após 3 anos de atraso, aconteceram as operações da Polícia Federal envolvendo o grupo empresarial que utilizou-se do dinheiro público administrado pelo BNDES, para "comprar" mais de um mil políticos de todas regiões e de todas matizes ideológicos.  Fiz observação insistente de que o atual ministro da Fazenda Henrique Meirelles foi principal executivo do grupo econômico JBS até a véspera de assumir o cargo máximo da condução da economia. 

Fiz o preâmbulo para responder sobre o tema desta matéria: "Para onde vai a economia?". 

Vamos direto às respostas: 1: É inexorável a queda do presidente Temer, seja pela renúncia ou pela cassação de mandato, que deverá ocorrer em menos de 30 dias. 2: Haverá eleição indireta para a sucessão do Temer. 3: O presidente tampão não manterá Henrique Meirelles à frente da equipe econômica. 4: As reformas estruturantes em andamento serão levados a efeito. 5: A pessoa que vai comandar a equipe econômica, qualquer que seja, terá apoio do empresariado brasileiro e do mercado financeiro internacional e competência comprovada. 6: Será o começo de desenvolvimento sustentável do País. 

Pronto, está respondida a pergunta da chamada da matéria: "Para onde vai a economia brasileira?"

Ossami Sakamori
@SakaSakamori2



sexta-feira, 26 de maio de 2017

Maria Silvia Bastos, ex- BNDES

Crédito de imagem: Globo

Escrevi no dia 16/5/2017: 

Os poucos funcionários do BNDES repudiam a forma como foi feita a Operação da Polícia Federal que conduziu alguns dos funcionários sob forma de "condução coercitiva" para depor na Polícia Federal, que investiga os supostos empréstimos favorecidos ao grupo empresarial JBS/Friboi. Segundo a grande imprensa, a presidente do Banco Maria Silvia Bastos, ficou surpresa com a Operação da Polícia Federal. 

Na ocasião da sua nomeação, a Maria Silvia Bastos, este blog fez matéria: Para Maria Silvia entrego cheque em branco, enaltecendo a sua capacidade de gerir grandes corporações e instituições públicas.  Estranharia muito se ela fosse à favor das manifestações dos funcionários desfavoráveis aos depoimentos coercitivos.  Quem não deve não teme, deveria ser o mote dos bons funcionários. 

Quanto à instituição financeira BNDES este blog fez uma matéria denunciando gestão temerária do Banco presidido pelo então Luciano Coutinho em 29 de dezembro de 2014, portanto há mais de 2 anos e meio. A matéria se referia, já no apagar das luzes do ano de 2014, o O rombo do BNDES. Nessa matéria, estimei o "risco BNDES" em R$ 1 trilhão, considerados os empréstimos concedidos às empresas com os recursos próprios e do Tesouro Nacional.  

Se fizer avaliação real do valor patrimonial do BNDES, aplicando o teste de impairment em todos os ativos, sobretudo dos empréstimos podres a receber e das participações "micos" em empresas em dificuldades, como a da Oi Telecomunicações, não se sabe exatamente em que nível de Patrimônio Líquido o Banco possui, incluindo o BNDES Participações. 

Os empréstimos "de favores" não só abrange o períodos dos governos do PT, mas de todos outros governos recentes, pós Regime Militar. Há muitos "esqueletos" escondidos nos armários do BNDES. Isto, sem contar com os empréstimos duvidosos aos países da América Latina e África dentro do programa de Exportações, com o dinheiro do BNDES. Não custa reler a matéria Lula é vagabundo. 30 obras do BNDES republicado em 29/10/2016. 

Quanto à empresa investigada pela Operação da Polícia Federal, a JBS, há mais de 3 anos que venho fazendo denúncias sobre o grupo empresarial, o maior beneficiário individual do BNDES. Vejo nesta Operação, um agravante. O atual ministro da Fazenda Henrique Meirelles, chefe da Maria Silvia do BNDES, foi um dos principais executivos da holding J&F que controla a JBS/Friboi, até assumir o posto máximo da economia do País. 

Diante dos fatos narrados acima, chega-se a conclusão de que há um "grupo de funcionários" em número expressivo que trabalha contra os interesses do BNDES. Espero que a presidente do Banco Maria Silva Bastos, não me decepcione, apoiando as manifestações dos "maus funcionários" do BNDES. Vamos separar os joios dos trigos no corpo do BNDES. A hora é agora, Maria Silvia. 

Cadeia para todos maus funcionários do BNDES e pronto!

Ossami Sakamori

Tasso Jereissati será o novo presidente da República.



A grande imprensa noticia a reunião dos tucanos na residência do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, na capita paulista, por cerca de três horas, para definir o rumo do PSDB diante da crise do "grampo" do presidente Michel Temer, ocorrido há uma semana. O presidente interino do PSDB, o senador cearense Tasso Jereissati, vinculou a decisão final para o dia 6 de junho próximo, dia em que iniciará o julgamento da chapa Dilma/ Temer no TSE. Ainda segundo a grande imprensa, participaram da reunião o governador Geraldo Alckmin e o prefeito João Doria, ambos do PSDB. 

Eu sei que vai provocar muito "mi-mi-mi", sobretudo entre os meus leitores, mas não me intimido, pois sempre emiti minha opinião aos assuntos políticos e econômicos desde o início deste blog há mais de 5 anos. São mais de 2.300 matérias postado aqui desde então. Fui contra o governo do PT, mesmo quando Dilma tinha 77% de aprovação. Ontem mesmo, um dos meus endereços na rede social Twitter, creio em função da minha matéria anterior. 

Nem precisa ser cientista político para crer que o País caminha para renúncia ou cassação da chapa Dilma/Temer pelo TSE, deixando sem mandato o presidente Michel Temer. A saída do presidente Temer é "inexorável".    

Nem é preciso ser parlamentar para crer que haverá eleição indireta para presidente República, via Congresso Nacional para o mandato tampão, período que vai da eleição até 31 de dezembro de 2018.  A constatação segue a lógica cartesiana. Nada há de novidade, mas parece que o assunto virou "tabu". Ninguém quer especular o assunto para "não se queimar" ou não aparecer como "perdedor" na aposta. 

Eu não estou nem aí, com o julgamento da minha opinião pelo público, pois não sou militante político, mas apenas observador dele, sobretudo em função deste blog. Anunciarei assim, sem constrangimento, a minha aposta sobre o nome do futuro presidente da República.  Concluo, sem medo de errar, que o nome do presidente da República para o mandato tampão será o senador Tasso Jereissati, PSDB/CE.

Tasso Jereissati foi governador do estado do Ceará em dois períodos, de 1987 a 1991 e de 1995 a 2002. Tasso foi considerado bom governador na avaliação da população cearense. Tasso faz parte de uma família abastada que mudou a face do estado e tirando o  Ceará das mãos dos coronéis. Tasso não está sendo apontado em nenhuma das operações Lava Jato, até pela sua condição de pessoa "resolvida" financeira e econômica. 

Tasso como presidente interino do PSDB, articula o apoio a uma "futura" base de apoio, os partidos como o DEM e PSD. Com certeza, esvaziado da liderança com a renúncia ou afastamento do Michel Temer, o maior partido do Congresso Nacional, o PMDB, deverá alinhar-se ao lado da "nova coligação" de forças. 

Do pouco que conheço do senador Tasso Jereissati, sei que ele não vai fazer "nenhuma" aventura no exercício do cargo máximo da República.  Tasso vai dar continuidade às reformas estruturantes em discussão no Congresso Nacional e concluí-las o quanto mais rápido possível, com a "nova coligação" de forças.  Tasso saberá escolherá o nome de um novo ministro da Fazenda um nome capaz, no lugar do atual Henrique Meirelles. Este último, na sua biografia consta ter sido principal executivo do grupo J&F, envolvido na recente operação da Polícia Federal.  

Resumindo, em sendo o Tasso Jereissati, o novo presidente da República, continuará com as reformas estruturantes em tramitação no Congresso Nacional e nomeará equipe econômica igual ou melhor que a atual, com credibilidade entre empresários brasileiros e aceita pelo mercado financeiro internacional. 

Tasso Jereissati será o novo presidente da República.

Ossami Sakamori
(sem rede).

quinta-feira, 25 de maio de 2017

Temer é passado e o Brasil não acabou.

Crédito da imagem: Folha

Brasília viveu ontem, cena triste de enfrentamento entre os manifestações convocados pelo CUT e MST e trazidos de ônibus de outras cidades, especialmente para o protesto, "pagos" com direito a "mortadelas" e os Policiais Militares e o Exército. O presidente Temer editou Decreto convocando as Foças Armadas para manutenção da ordem, criando ainda mais o clima de "instabilidade" política.

As depredações ocorreram nos edifícios dos Ministérios e monumentos da Esplanada dos Ministérios. Isto é o "retrato do momento" da "crise política" que se instalou no País, sobretudo, após a divulgação do "grampo" de uma conversa do presidente Temer com o empresário estelionatário Joesley Batista, fora da agenda oficial, havido no porão do Palácio Jaburu, residência oficial do presidente Michel Temer.  Quem atende em conversa privada um "bandido", bandido é. Assim é a leitura do povo. 

O clima de guerra ontem expôs a total falta de governabilidade do presidente Michel Temer. Não há clima para continuidade do presidente Temer à frente do governo da República. Não há outra alternativa senão o afastamento do presidente Michel Temer, seja pela renúncia voluntária ou pelo afastamento pela cassação da chapa Dilma/ Temer entre os dias 6 a 8 de junho próximo.

Para acalmar os meus leitores, posso garantir que a "ex-base aliada" do governo Temer, os partidos PSDB, DEM e PSDB, estão em conversação para garantir o "governo de transição" com um presidente com mandato tampão. Não haverá eleições diretas. Não haverá retorno do Lula na presidente tampão. Não haverá descontinuidade das reformas estruturantes. Haverá substituição do ministro da Fazenda Henrique Meirelles. A "ex-base aliada" apresentará nomes na área econômica com credibilidade perante o empresariado nacional e aceito pelo mercado financeiro internacional. 

Temer é passado e o Brasil não acabou. 

Ossami Sakamori



terça-feira, 23 de maio de 2017

O fim do governo Temer.


A permanência do presidente Michel Temer ficou insustentável após a revelação das gravações feito pelo empresário estelionatário Joesley Batista, o "fanfarrão". Presidente Temer não encontrou justificativa convincente sobre o encontro com o Joesley Batista, realizado às altas horas da noite, no porão do Palácio Jaburu, residência oficial. 

A defesa do presidente Temer, inicialmente, quis invalidar a gravação, sem contestar o conteúdo nada republicano havido entre ambos, no mês de março.  Na tarde de ontem, os advogados de defesa do Michel Temer, recuaram ao pedido inicial de suspensão da investigação autorizada pelo ministro Edson Fachin, prevendo a negativa do pedido pelo pleno do STF.  Foi um recuo tático do Temer investigado.

Presidente Temer quer a todo custo demonstrar que ele tem o controle sobre a base aliada, convocando-a para atividades normais no Congresso Nacional nesta semana, à partir de hoje. Duvido que a base aliada obedeça cegamente ao pedido do Michel Temer. Os partidos de oposição já anunciaram "obstrução" à qualquer iniciativa de votação dos projetos do Palácio do Planalto. 

Os principais partidos aliados do presidente Temer, pelo menos em público, anunciam apoio ao Temer. Mas, nos bastidores, esperam que o TSE na reunião convocada para dia 6/6 venha cassar a chapa Dilma/ Temer, para não agravar ainda mais a crise de governabilidade. Os partidos aliados, no meu ver, apesar parecer atitude aparentemente "em cima do muro", estão conduzindo o processo de sucessão, com muita cautela. Todo e qualquer congressista estão de olho nas próprias reeleição em 2018. 

Na área econômica, o mercado internacional está demonstrando "exaustão" à crise que iniciou com a eleição da Dilma Rousseff para o segundo mandato. As agências de classificação de riscos, estão rebaixando as notas de crédito do Brasil e das principais empresas brasileiras, após a crise Temer. O mercado está na posição de "vendedor" do que de "comprador".  Nos primeiros dias da crise Temer, o mercado acionário brasileiro já perdeu o seu "valor do mercado" cerca de R$ 220 bilhões, correspondente aos valores negociados na BMF/Bovespa.

A crise política e financeira que se instalou no Brasil só vai mudar com a renúncia ou afastamento do presidente Temer e ter um nome capaz que conduza o país durante o período tampão, isto é, até 31 de dezembro de 2018.  Vamos deixar claro, também, que a possibilidade de volta do ex-presidente Lula, via eleição indireta, é nula. 

Ossami Sakamori


domingo, 21 de maio de 2017

Day after do Michel Temer.

Crédito da imagem: Estadão

Há um verdadeiro terrorismo nas redes sociais, com o iminente afastamento ou renúncia do presidente Michel Temer, em decorrência do episódio do "grampo do Joesley". Achei por bem, escrever esta para acalmar os meus leitores e o povo em geral. Vou ser breve, curto e grosso. 

De certo modo, os leitores tem razão em achar ambiente político instável. Nos últimos dois dias, o presidente Michel Temer utilizou-se do púlpito da sala de imprensa do Palácio do Planalto por duas vezes, apenas para dizer que permanece no cargo de presidente da República.  Nas breves aparições, Michel Temer rechaçou o "grampo" do empresário estelionatário Joesley Batista do grupo empresarial JBS, mas nada comentou sobre o conteúdo cheio de insinuações e meias palavras da gravação. 

Mais do que o conteúdo das gravações, o que me deixou perplexo é o fato de presidente da República ter atendido um conhecido empresário estelionatário Joesley Batista, dono do JBS, envolvidos em várias falcatruas que a Polícia Federal já tinha realizado, antes mesmo do encontro de ambos que teria ocorrido no mês de março.  Mais do que isto, o empresário que ele o classificou com "fanfarrão" teria sido atendido às 10h e 40min da noite, no Palácio Jaburu, residência oficial, por cerca de meia hora, no porão do Palácio, o que me deixou perplexo. 

A situação que se criou, independente do conteúdo ou da forma como foi feita a gravação, clandestina ou não, em qualquer país do primeiro mundo, seria motivo suficiente para afastamento do cargo de um mandatário máximo. O fato foi noticiário da imprensa internacional como mais uma "crise política" que se instalou no Brasil. O País continua sendo motivo de piada e de chacota do mundo.  

O tão comendado nas redes sociais, a volta do ex-presidente Lula, via eleição direta para presidência da República, numa eventual renúncia ou afastamento do Michel Temer ganhou espaço. Os apoiadores do Lula, foram às ruas exigir o "Fora Temer", com proposital intensão de criar situação de instabilidade política. Com o movimento, as esquerdas querem promover a Emenda Constitucional que possibilite eleição direta para presidente da República no caso de vacância na segunda metade do mandato.  

Quero afirmar que não há clima e nem votos para votar Emenda Constitucional "casuística" moldada para atender os interesses dos apoiadores do Lula.  Uma Emenda Constitucional seria necessário 308 votos na Câmara dos Deputados e 54 votos no Senado Federal. As esquerdas comandada pelo PT, PCdoB, PSB e partidos de aluguel não possuem nem a metade dos votos necessários para aprovar a pretendida Emenda Constitucional. 

Por outro lado, há intensa negociação, nos bastidores da atual bancadas da "situação", em preparativo à sucessão da presidência, via indireta, dentre os membros do Congresso Nacional. Michel Temer será afastado por vontade própria ou pela cassação da chapa Dilma/ Temer. O Congresso Nacional se prepara para o "day after".

Qualquer nome que venha a ser aprovado pelo Congresso Nacional, por via indireta, vai dar continuidade às reformas estruturantes já em andamento. Não haverá descontinuidade no processo de reformas estruturantes. Pelo contrário do que possa imaginar, um novo nome de consenso do Congresso Nacional trará uma nova perspectiva de retomada dos investimentos diretos por parte dos investidores institucionais nacionais e internacionais. 

Posso afirmar que, sem Temer, o Brasil retomará um novo ciclo de crescimento econômico sustentável. 

Ossami Sakamori


sábado, 20 de maio de 2017

A casa caiu para Dilma e Lula!

 
Crédito da imagem: Estadão

Antes de falar sobre a Dilma e o Lula, com enorme constrangimento, como eleitor que sou, ter de dizer que nas eleições de 2014, votei no candidato Aécio Neves para presidente da República, apesar da época não estar filiado ao partido do candidato. Sobre o Aécio Neves, a grande imprensa já deu o destaque necessário para revelar a verdadeira face do neto do Tancredo Neves. Vamos ao foco desta matéria, a Dilma e o Lula. 

A grande imprensa noticiou amplamente sobre as remessas clandestinas ou "por fora" à Dilma e ao Lula no montante de US$ 80 milhões e US$ 70 milhões, respectivamente, feitas pelo grupo empresarial JBS/Friboi. A denúncia foi feita pelo empresário estelionatário Joesley Batista para Procuradoria Geral da República. Ainda, segundo o delator, as contas correntes eram operadas pelo ex-ministro da Fazenda dos governos Lula e Dilma, Guido Mantega. 

Esta vertente de propina revelada pelo empresário estelionatário Joesley Batista se soma ao dinheiro ilícito pago com recursos do outro grupo empresarial Odebrecht, delatado pelo Marcelo Odebrecht e confirmado pelos marqueteiros João Santana e Mônica Moura. Sobre o assunto, este blog já fez várias matérias. 

O que me espanta é que a movimentação das propinas e os financiamentos ilícitos das campanhas eleitorais feitas pelo grupo empresarial JBS/Friboi eram de conhecimento no meio empresarial, da qual faço parte.  Em 19 de janeiro de 2014, portanto há mais de 3 anos, fiz matéria com o título: JBS/Friboi deverá financiar Dilma 2014, denunciando o principal  fonte de financiamento da Campanha Dilma 2014.

À época da matéria, há mais de 3 anos, eu disse: "Enquanto permanecer os governos Lula & Dilma, os  Batistas dos carnes Friboi do Tony Ramos, estarão na mídia e estarão blindados com o dinheiro fácil do BNDES.  Só para lembrar, o presidente do Banco Central do Lula, o banqueiro Henrique Meirelles é o principal articulador do grupo junto ao governo da Dilma.  Costa quente eles tem, até demais.  Até quando o grupo JBS vai viver às custas do BNDES, ninguém sabe.  Só Dilma sabe!".

É impressionante como o governo que sucedeu ao da Dilma, o governo Temer, não tomou nenhuma medida para combater a corrupção que ocorria com o financiamento seletivo, leia-se que contém propina, do maior banco de fomento do País, o BNDES. Em parte, se explica com a nomeação do principal executivo Henrique Meirelles para a pasta mais importante de qualquer governo, o da Fazenda. 

A grande imprensa parece ter acordado, com mais de 3 anos de atraso, sobre as maracutaias dos sucessivos governos, sobretudo dos últimos 14 anos, incluído o do governo Temer. Coloco neste rol de grande imprensa a Rede Globo, formadora de opinião do povo menos letrados. Eu é que não sou nenhum jornalista, boto no chinelos os grandes nomes do jornalismo e renomados articulistas econômicos das grandes redes de comunicação, sem falsa modéstia. 

Enfim, a casa caiu para Dilma e Lula!

Ossami Sakamori



sexta-feira, 19 de maio de 2017

Independência ou morte!

Crédito da imagem: Estadão

Após crise do grampo de uma conversa entre presidente da República e o empresário estelionatário Joesley Batista, cuja delação, foi vazada na noite de antes de ontem, Michel Temer fez pronunciamento público no Palácio do Planalto com 20 horas de atraso. Pouco falou, na ausência de jornalistas, com cinegrafistas credenciados no Palácio. A frase que ecoou naquela sala de imprensa, foi: Não renunciarei !  

O fato grave é que, não desmentido pelo Michel Temer, ele recebia o já investigado pela Polícia Federal, o empresário estelionatário Joesley Batista, dono das empresas do grupo JBS, na residência oficial Palácio do Jaburu, sempre após 10:30h, para não precisar se identificar para seguranças do Palácio. Digamos que um encontro privado e reservado, longe das registros dos protocolos de um presidente da República, um sub-mundo. 

O teor da conversa revelado pela imprensa, não são nada republicano. Segundo a grande imprensa, a conversa girou em torno de assunto de interesse pessoal do empresário estelionatário, investigado pela Polícia Federal. Joesley Batista utilizou-se do expediente de gravação "clandestina", até então, não autorizada pela Justiça, para convencer com o material convencer o Procurador Geral da República a aceitar a sua "delação colaborativa". 

Quem está "enturmado" com pessoas "foras de lei", no caso o presidente Michel Temer, corre o risco, como de fato ocorreu, um grampo para posterior utilização em "chantagens". No caso, foi utilizado pelo empresário estelionatário Joesley Batista para auferir o benefício próprio das "delações colaborativas" junto ao Ministério Público Federal. É sub-mundo que qualquer mortal nem sonha que tenha acontecendo nos altos poderes da República. 

O caso foi bem pensado pelo empresário estelionatário. Para que a delação não fosse interpretado como "retaliação" ao Michel Temer, Joesley Batista fez "grampo" de um outro ilícito, desta vez, do presidente do PSDB Aécio Neves. No mundo do crime, deve ser isto mesmo, não há regras. Antes que alguém diga que estou tentando proteger o senador afastado Aécio Neves, considero que o resultado deste "grampo" foi também positivo. A denúncia contra Aécio Neves foi uma forma do povo brasileiro, no qual me incluo, conhecer a verdadeira face da "marginalidade" que ocorrem nos três poderes da República.

De toda forma, pelos caminhos nem tanto convencionais, com efetiva colaboração do empresário estelionatário, que diz estar ameaçado de morte, expõe-se a "fratura generalizada" dos três poderes da República. O fato me lembra um pouco a "delação colaborativa" do Tommaso Bushetta, mafioso italiano que foi preso no Brasil. Igualmente, ameaçado de morte na sua terra natal, sabe-se que o Buscetta foi morar nos EEUU, com uma nova identidade, como prêmio à delação colaborativa à Justiça italiana. 

Venho, reiteradamente, neste blog e nas redes sociais que o núcleo das facções criminosas se aloja no Palácio do Planalto. Muda-se o nome do mandatário máximo da República, mas os chefões do "sub-mundo" da criminalidade se abrigam nos escaninhos dos poderes máximos da República. O Brasil, com o governo do Michel Temer, continuará sangrando até a sua morte. Que me perdoe o imperador Dom Pedro I, mas ao contrário da Sua Majestade, o povo brasileiro parece ter escolhido a "morte" ao invés de "independência".  Cada povo tem um rei que merece, assim diz o ditado. Será, mesmo?

Independência ou morte!

Ossami Sakamori



quinta-feira, 18 de maio de 2017

A verdade nua e crua sobre JBS/Friboi


Estranha muito que a Operação contra o grupo empresarial JBS/Friboi tenha ocorrido somente neste ano. Ontem, a grande imprensa deu grande destaque e hoje a Polícia Federal está fazendo Operação para cumprir os mandatos decorrentes da delação premiada do seu principal executivo, o empresário estelionatário Joesley Batista. 

Este blog fez as primeiras denúncias sobre o grupo empresarial JBS/Friboi no início de 2014, isto é, há mais de 3 anos. Até ontem, parece que ninguém conhecia a maracutaia do grupo empresarial JBS/Friboi. Para quem quiser ver as minhas denúncias, segue os links das matérias postadas por mim.  Parece que as autoridades do executivo e judiciário fingiram todo este período de "não vi, não falei, não ouvi". Temos que apurar também, o motivo desta "blindagem" dos estelionatários Joesley e Wesley Batista. 


Ainda, no ano passado, postei matérias que ligam o grupo empresarial aos principais personagens da política e da economia brasileira, do país, de ontem e de hoje. 

18/08/2016: Meirelles é Friboi.

Apenas estranho que a Operação da Polícia Federal esteja ocorrendo com 3 anos de atraso. Talvez, se tivesse atuado antes, o prejuízo para os cofres públicos tivessem sido menores e os irmãos estelionatários não tenham tido oportunidade de "posarem" de "mocinhos" como eles estão sendo considerados.

Antes tarde do que nunca!

Ossami Sakamori




quarta-feira, 17 de maio de 2017

A depressão chegou no fundo do poço?


Presidente Temer e ministro da Fazenda Henrique Meirelles, nas aparições nas TVs, tem afirmado que o Brasil começou a crescer.  Para o argumento utilizam-se da queda de inflação e recuperação de alguns setores da economia, como o da agrícola. A prévia do PIB do primeiro trimestre indica crescimento de 1,12%. O número de demissões no primeiro trimestre, praticamente, terminou em estabilidade. Para o País que vinha apresentando indicadores negativos por dois anos consecutivos, a notícia é até boa. 

No entanto, há uma distância enorme de considerar os primeiros números positivos como tendência para o resto do ano. Os números positivos vieram basicamente do desempenho do agronegócio que aumentou a produção da safra de verão em mais de 6% comparado ao do ano anterior. Outro segmento que ajudou a recuperar o crescimento foi a produção das montadoras no primeiro trimestre, em função da alta demanda de veículos pela Argentina.

O número de mês de abril, sobretudo a criação de novos empregos, em cerca de 60 mil vagas, está animando os analistas econômicos. Mas, particularmente, vejo com certa reserva. O resultado do mês de abril poderá repetir nos próximos meses, enquanto a CEF estiver liberando as contas inativa do FGTS para os trabalhadores. Tecnicamente, a liberação do FGTS produz cerca de 0,6% de incremento ao PIB do ano. No entanto, o efeito da liberação do FGTS pode mascarar o crescimento do PIB para o restante do ano. A última parcela da liberação do FGTS ocorrerá no mês de julho.  Não vi nenhum analista considerar o impacto da liberação do FGTS na economia, com exceção do ministro da Fazenda Henrique Meirelles.

Outro fator a considerar é a queda da taxa básica de juros Selic previstos para próximas reuniões, apesar de em números absolutos, o Brasil esteja pagando os juros reais a mais alta dentre 40 maiores economias do mundo. Psicologicamente, a taxa de juros Selic acima de 10% ao ano traz um "desconforto" para os empresários, inibindo-os de fazer investimentos diretos. Segundo Banco Central, a taxa Selic deve terminar o ano ao redor de 8% a 9% contra a inflação abaixo de 4%, o que poderia vir a animar os empresários. 

Há uma certa falta de didática dos jornalistas e analistas econômicas ao opinar sobre o "momento econômico", sobretudo por causa dos indicadores, muitas vezes conflitantes. O fato é que a "tendência" da economia só é confirmada quando há repetição de tendência positiva ou negativa em dois trimestres consecutivos. Tentar definir tendência da economia baseado apenas em dados de 1 trimestre é como tentar adivinhar o resultado de uma maratona nos primeiros 100 metros. Há que maratonista correr pelo menos 1.000 metros dentre 42 km para poder definir os favoritos. 

Para emitir opinião sobre o quadro da economia do País para o restante do ano, baseado apenas nos números do primeiro trimestre, tecnicamente, é inseguro. No máximo, podemos afirmar que a economia está "ensaiando" uma recuperação ou que a economia parece estar "chegando" no fundo do poço. O povo terá que agir com muita cautela nestas horas. 

Fazer qualquer projeção otimista para o ano de 2017, como quer fazer crer o presidente da República Michel Temer é um tanto quanto "temerário". Presidente Temer não tem "credibilidade" para afirmar qualquer coisa, sobretudo sobre matéria que não a domina. Em matéria de economia, Temer é apenas ventríloquo do ministro da Fazenda Henrique Meirelles. 

Nestas horas, a cautela é melhor remédio.

Ossami Sakamori



terça-feira, 16 de maio de 2017

BNDES e os esqueletos escondidos.


Os poucos funcionários do BNDES repudiam a forma como foi feita a Operação da Polícia Federal que conduziu alguns dos funcionários sob forma de "condução coercitiva" para depor na Polícia Federal, que investiga os supostos empréstimos favorecidos ao grupo empresarial JBS/Friboi. Segundo a grande imprensa, a presidente do Banco Maria Silvia Bastos, ficou surpresa com a Operação da Polícia Federal. 

Na ocasião da sua nomeação, a Maria Silvia Bastos, este blog fez matéria: Para Maria Silvia entrego cheque em branco, enaltecendo a sua capacidade de gerir grandes corporações e instituições públicas.  Estranharia muito se ela fosse à favor das manifestações dos funcionários desfavoráveis aos depoimentos coercitivos.  Quem não deve não teme, deveria ser o mote dos bons funcionários. 

Quanto à instituição financeira BNDES este blog fez uma matéria denunciando gestão temerária do Banco presidido pelo então Luciano Coutinho em 29 de dezembro de 2014, portanto há mais de 2 anos e meio. A matéria se referia, já no apagar das luzes do ano de 2014, o O rombo do BNDES. Nessa matéria, estimei o "risco BNDES" em R$ 1 trilhão, considerados os empréstimos concedidos às empresas com os recursos próprios e do Tesouro Nacional.  

Se fizer avaliação real do valor patrimonial do BNDES, aplicando o teste de impairment em todos os ativos, sobretudo dos empréstimos podres a receber e das participações "micos" em empresas em dificuldades, como a da Oi Telecomunicações, não se sabe exatamente em que nível de Patrimônio Líquido o Banco possui, incluindo o BNDES Participações. 

Os empréstimos "de favores" não só abrange o períodos dos governos do PT, mas de todos outros governos recentes, pós Regime Militar. Há muitos "esqueletos" escondidos nos armários do BNDES. Isto, sem contar com os empréstimos duvidosos aos países da América Latina e África dentro do programa de Exportações, com o dinheiro do BNDES. Não custa reler a matéria Lula é vagabundo. 30 obras do BNDES republicado em 29/10/2016. 

Quanto à empresa investigada pela Operação da Polícia Federal, a JBS, há mais de 3 anos que venho fazendo denúncias sobre o grupo empresarial, o maior beneficiário individual do BNDES. Vejo nesta Operação, um agravante. O atual ministro da Fazenda Henrique Meirelles, chefe da Maria Silvia do BNDES, foi um dos principais executivos da holding J&F que controla a JBS/Friboi, até assumir o posto máximo da economia do País. 

Diante dos fatos narrados acima, chega-se a conclusão de que há um "grupo de funcionários" em número expressivo que trabalha contra os interesses do BNDES. Espero que a presidente do Banco Maria Silva Bastos, não me decepcione, apoiando as manifestações dos "maus funcionários" do BNDES. Vamos separar os joios dos trigos no corpo do BNDES. A hora é agora, Maria Silvia. 

Cadeia para todos maus funcionários do BNDES e pronto!

Ossami Sakamori



quinta-feira, 11 de maio de 2017

Lula mentiu para juiz Sérgio Moro!


Vou ser brevíssimo hoje. Lula mentiu ao juiz Sérgio Moro, no interrogatório que ocorreu ontem, dia 10/05/2017, sobre processo em que ele é acusado no processo conhecido como do Triplex de Guarujá. 

Em perguntado pelo juiz Sérgio Moro se ele conhecia os diretores da Petrobras nomeados por ele, afirmou que o assunto de nomeação dos diretores da Companhia era de cada ministros da área. Disse ele que não mantinha contato com diretores. Ele mentiu.

A foto acima desmente a afirmativa do ex-presidente Lula. A foto mostra a ex-ministra de Minas e Energia Dilma Rousseff e ex-presidente da Petrobras Sérgio Gabrielli, apresentando o recém nomeado Diretor de Abastecimento Paulo Roberto Costa, condenado na Lava Jato, à época. A foto foi divulgada pela grande imprensa, na ocasião. 

Ossami Sakamori


sábado, 6 de maio de 2017

O povo vai tomar o Planalto.


Na próxima semana, para ser exato no dia 12, sexta-feira, o presidente Michel Temer faz um ano no poder. Presidente Temer ocupa a vaga aberta pela ex-presidente Dilma em razão do impeachment, desde então. A principal bandeira do Temer foi de acabar com os "rombos fiscais" e colocar a economia "nos eixos". Passado um ano, nem uma coisa e nem outra coisa alcançou o objetivo esperado.

O "rombo fiscal" que levam o nome de "déficit primário" continuam, sem os artifícios, nos mesmos níveis de 2015, isto é cerca de R$ 190 bilhões.  Algumas receitas extraordinárias como a da repatriação dos ativos financeiros, tem amenizado o número do "rombo fiscal". Para piorar, a receita prevista para este ano decorrente das concessões públicas, não vem acontecendo dentro do previsto. A meta do rombo previsto na LDO de 2017 que é de R$ 139 bilhões, será difícil de ser alcançado. Deverá ser maior!

O crescimento econômico projetado pelo governo Temer na ocasião da elaboração do LDO foi de 1,6%. As últimas projeções do Boletim do Banco Central, projeta o crescimento do País neste ano em 0,46%, aumentando o "rombo fiscal". Espera-se, desta forma, que o "rombo fiscal" deste ano seja acima do previsto na LDO. Quanto ao aspecto legal do rombo, o governo Temer não se preocupa porque no final do ano passado foi aprovado a Lei do teto dos gastos, que nada mais do que a "flexibilização" da Lei de Responsabilidade Fiscal de 2000. 

Os "rombos fiscais", por si só, não é fato tão incomum em qualquer país do mundo. O que preocupa são os juros reais pago pelos sucessivos governos, inclusive o do Michel Temer. Com o "rombos fiscais" ou os "déficits primários" sendo cobertos pela emissão dos títulos da dívida pública com juros reais, em média de 5% a 6% acima da inflação é que mais preocupa. Mesmo que o Brasil não apresentasse nenhum "rombos fiscais" ou os "déficits primários", a dívida pública cresce na mesma proporção dos juros reais. O crescimento da dívida pública é potencializado pelos "rombos fiscais" ou o dinheiro que falta para cobrir as despesas do governo, sem considerar os juros da dívida pública.

Do lado social, o número de desempregados, segundo critério do IBGE, está em 13,7% ou 14,2 milhões de trabalhadores. O Brasil, historicamente, conviveu com o índice de desemprego, pelo mesmo critério, em torno de 6%. Desta forma, há um problema explosivo de número de desempregados, acima da média histórica, em mais de 7 milhões de trabalhadores. O número mostra que o País precisa urgentemente de criar 7 milhões de novas vagas de trabalhos. Criar 7 milhões de empregos não se faz de um dia para outro sem os efeitos colaterais de hiperinflação. Eis, aí, mais um problema adicional que poderá advir. 

A política econômica do governo Temer não prevê criação de 7 milhões de empregos no curto prazo e muito menos no médio prazo. A própria emenda constitucional do "teto dos gastos públicos" engessa os gastos do governo, mesmo que na área de investimentos, para os próximos 20 anos, com possibilidade de revisão no décimo ano. O fato que a Lei do teto dos gastos proíbe os gastos em investimentos acima daquele do Orçamento Fiscal de 2016, corrigido pela inflação. Desta forma, não se pode esperar da parte do governo federal qualquer plano de desenvolvimento sustentável sustentado com o dinheiro público. 

Pelo exposto, a tarefa de fazer o Brasil crescer em níveis necessários para tentar reduzir o número explosivo de desempregados ficou com os empresários. Os empresários, por outro lado, não encontra nenhum estímulo para fazer investimentos diretos. Pelo contrário o governo compete com os investimentos diretos oferecendo os juros reais mais altos dentre 40 maiores economias do mundo. 

Não tenho receio de afirmar que o governo Temer criou a armadilha, o do teto dos gastos públicos, em que o próprio governo virou refém dela. Governo Temer criou a armadilha para ele próprio. Venho fazendo matérias, com alguma pitada de economês, no meu blog Brasil Liberal já , para os que tem alguma familiaridade com a macroeconomia. Quem acompanha minhas matérias, sabe que tudo isto que está ocorrendo já era previsto desde o início do governo Temer.

As afirmações de que ir contra a política econômica do governo Temer é voltar à política anterior da Dilma não estão corretas. A política econômica do governo Temer em pouco difere da antecessora Dilma. A política econômica do Michel Temer privilegia o setor financeiro ou bancário em detrimento ao setor produtivo. Enquanto não mudar a prioridade, o Brasil continuará amargar a pior crise dos últimos 100 anos. Não serão as reformas estruturantes é que vão tirar o Brasil do buraco que se meteu. Há que mudar a política econômica e monetária para produzir os novos empregos.

Temos que acordar para a "grave situação" que o País atravessa, antes que os "custos sociais" fiquem explosivos. Poderá chegar a um ponto em que o povo vai tomar o Planalto. Isto está escrito nas literaturas do mundo contemporâneo. 

Ossami Sakamori




terça-feira, 2 de maio de 2017

Governo Temer é um governo de faz de conta.

Crédito da imagem: Estadão

O presidente Temer fez a carta para a população, "a ponte para o futuro", ainda na função de pretendente ao cargo de presidente da República. Chegou aonde ele queria, ao cargo máximo da República Federativa do Brasil, função que ele por ele próprio nunca chegaria a ocupar. O presidente Temer só está no cargo de presidente porque compôs a chapa Dilma/ Temer. Michel Temer fez aliança espúria, mesmo sabendo das falcatruas dos governos PT. Agora, ele quer fincar seu nome na história do Brasil como um presidente competente.  Não, nunca será. 

Michel Temer é um presidente fraco. Michel Temer não resite à aparição pública, sem os "cercadinhos", por sinal, foi muito utilizados pela antecessora ex-presidente Dilma. Ao contrário da Dilma, Michel Temer tem cultura que a antecessora não tinha. Michel Temer, profissionalmente, foi advogado trabalhista e Procurador Geral do estado de São Paulo. Temer tem familiaridade com a tribuna, profissionalmente e também no exercício dos mandatos parlamentares. 

Presidente Temer, nos púlpitos, faz gesticulações que dar inveja aos bonecos de marionetes. Temer como muitos presidentes da história do País, é um presidente de "gravata". Temer me lembra a frase do presidente Figueiredo, que não gostava do "cheiro do povo". Michel Temer é presidente "almofadinha". Tudo parece que o Temer tem medo de "tocar" no povo e de ser "tocado". 

Michel Temer chamou para si a responsabilidade da política econômica e monetária. Nomeou para construir a "matriz econômica", Henrique Meirelles, para o agrado do mercado financeiro internacional, leia-se "agiotas internacionais". Temer quer construir o País privilegiando o setor financeiro ou bancário em detrimento do setor produtivo. Temer e Meirelles praticam o "maior juros reais" dentre 40 maiores economias do mundo. Nominalmente, o País gasta, em pagamento de juros, o dobro do rombo da previdência social. O país caminha celeremente ao nível de endividamento nunca dantes alcançado. Verdade tem que ser dita.

Michel Temer, diz fazer reformas estruturantes da economia, mas deixa de lado a principal delas que é a reforma tributária e um novo "pacto federativo". Sem a reforma tributária, o crescimento do País estará amparado em uma verdadeira "areia movediça". Michel Temer mentiu para a população sobre a aprovação da lei do teto dos gastos. O teto do gastos garante a cobertura dos "rombos" do Tesouro com emissão de títulos da dívida pública. O resultado é que o "rombo" ou o "déficit primário" está levando o País ao endividamento que futuras gerações vão pagar. Temer e Meirelles aprontam uma "bomba" de efeito retardado. 

A tal comemorada baixa da inflação é conseguido às custas de 14,2 milhões de desempregados oficiais. O número de desocupados, incluindo os beneficiários do Bolsa Família, chega a 40 milhões da força de trabalho. O país está enfrentando a pior crise econômica dos últimos 100 anos. Não serão as reformas trabalhistas e previdenciárias que por si só, vão fazer o País voltar ao "crescimento sustentável". Há que implementar política econômica e monetária voltados ao "crescimento sustentável". 

O quadro resultante da política econômica e monetária do governo Temer, me fez duras críticas do início desta matéria. Se a grande imprensa e os melhores articulistas econômicas não se manifestam, estou aqui a fazê-lo, aqui. Não vou, depois de 5 anos de crítica aos governos do PT, deixar de fazê-la, em querendo proteger o governo de coalizão do PMDB com o PSDB. O que tem que ser dito, será feito aqui neste espaço, independente de quem esteja mandando no governo.

Governo Temer é um governo de "faz de conta".

Ossami Sakamori