quinta-feira, 29 de junho de 2017

Parabéns, Raquel Dodge!

Crédito da imagem: Globo

Presidente Michel Temer indicou para comandar a Procuradoria Geral da República, à partir de setembro, a Procuradora Raquel Dodge que atua hoje no STJ.  Ela foi a segunda colocada na eleição da lista tríplice que é apresentada pelos seus pares ao presidente da República, o que causou certa polêmica já que quebrou a tradição de nomeação do primeiro colocado da lista tríplice.  Segundo a grande imprensa, Raquel Dodge contou com a torcida do PMDB, o partido do presidente Temer. 

Raquel Dodge é primeira mulher a ocupar o cargo máximo do Ministério Público Federal. A nova Procuradora Geral da República tomará posse, no mês de setembro, em substituição ao atual Procurador Geral Rodrigo Janot, após a sabatina e aprovação pelo plenário do Senado Federal com voto de maioria absoluta ou seja voto de 54 senadores. Tradicionalmente, o Senado Federal confirma a indicação do presidente da República. 

A pergunta que se faz é se a Raquel Dodge, a nova Procuradora Geral da República vai mudar os destinos dos processos da Operação Lava Jato conduzidas pelo ministro Edson Fachin para os foros privilegiados e pelos juízes Sérgio Moro e Marcelo Bretas, respectivamente nas jurisdições de Curitiba e Rio de Janeiro. A possibilidade de mudança é comentada pelo fato de Procuradora Raquel Dodge contar com o apoio do PDMB e ter sido pinçado o nome que constava na segunda colocação. Vamos lembrar que vários parlamentares do PMDB e o próprio presidente da República estão com os pedidos de inquéritos nas mãos do atual Procurador Geral Rodrigo Janot.  Em querendo, a nova Procuradora Geral Raquel Dodge poderá mudar o rumo dos processos referente a Lava Jato.

Este blog faz crítica contumaz ao governo do presidente Michel Temer, no entanto, não vejo preocupação com a nomeação da Procuradora Raquel Dodge. Só desejamos que a nova Procuradora continue dando prestigiamento aos Procuradores da República que tem atuado com brilhantismo e eficiência. 

Parabéns, Raquel Dodge!

Ossami Sakamori



terça-feira, 27 de junho de 2017

Temer: E para mim? O que tem?

Crédito da imagem: Estadão

Segundo a Procuradoria Geral da Justiça, que pediu ontem a abertura de inquérito contra presidente Michel Temer por "corrupção passiva", cita o diálogo mantido por um dos principais executivos do grupo JBS, o Ricardo Saud. Segundo o delator, numa reunião na residência particular do Michel Temer, o presidente teria dito ao executivo da JBS, em se referindo a distribuição de "propinas": "E para mim? O que tem?".

Segundo a grande imprensa, é a primeira vez que um presidente da República, no exercício do cargo é objeto de pedido de inquérito policial por "crime comum", no caso ao de "corrupção passiva". O pedido da abertura do inquérito policial vai à apreciação do relator dos processos Lava Jato ou o plenário do STF, que deverá solicitar à Câmara dos Deputados, autorização para a abertura do processo. Isto é o rito previsto na Constituição da República. Isto deverá ocorrer sem prejuízo do recesso do STF.

Para que a autorização seja aprovada na Câmara dos Deputados será necessário 342 votos à favor, dentre 513 deputados. O processo ocorrerá tal qual, a autorização para que o Senado Federal julgasse o processo de impeachment da ex-presidente Dilma. O rito de autorização ou não da abertura de inquérito é extremamente desgastante uma vez que o processo passa pela apreciação e votação na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara. Certamente, as sessões serão televisionadas pelas grandes emissoras de televisão, constrangendo os deputados na decisão a poucos meses antes das suas próprias eleições. Após a manifestação pela Comissão de Constituição de Justiça o processo será votado pelo plenário da Câmara dos Deputados, onde a votação será feito nominalmente. 

No caso de autorização pela Câmara dos Deputados, o presidente Temer será afastado do cargo de presidente por 180 dias e assume o cargo o primeiro na linha de sucessão, o presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia. Na sequência, o Rodrigo Maia, em 30 dias, deverá promover "eleição indireta" para presidente da República "tampão", com votos de senadores e deputados que compõe o Congresso Nacional.

Como o Procurador Geral da República vai fatiar a denúncia, é certo que esta situação constrangedora deverá ocorrer pelo menos, até o momento, em mais duas votações.  Sem contar com a possível delação do Funaro, o Procurador Geral Rodrigo Janot tem ainda dois pedidos de inquéritos em preparação, objeto da delação do grupo JBS. Nos próximos três meses, tudo pode acontecer na área política. Inclusive a renúncia do próprio Michel Temer. 

Temer: E para mim? O que tem?

Ossami Sakamori


segunda-feira, 26 de junho de 2017

Funaro prepara uma "bomba" para Temer.

Crédito da imagem: Veja

A grande imprensa dá como certa a delação premiada do doleiro Lúcio Funaro, operador do esquema de propina do PMDB.  Onde aparece beneficiário de propina, qualquer que seja a fonte. é ele que aparece como operador de lavagem de dinheiro proveniente das propinas do PMDB. A grande imprensa dá destaque ao nome do Lúcio Funaro como "agenciador" de esquema de ladroagem dos cofres da Caixa Econômica Federal.  Em sendo operador do PMDB, Lúcio Funaro tem nas "mãos" os nomes importantes do Partido do presidente Temer. Funaro é uma verdadeira "bomba" para o Palácio do Planalto. 

No meu ver, Lúcio Funaro vai ter o mesmo destaque quanto foi o Alberto Yousseff na fase inicial da Operação Lava Jato. Lúcio Funaro, segundo a grande imprensa, está intimamente ligado aos nomes que estão no entorno do presidente Michel Temer, a começar pelo Antonio Mariz, amigo e advogado do presidente Temer.  Lúcio Funaro é como homem "bomba" para o Palácio do Planalto. Em querendo, através de revelações ainda não conhecidas, forçar o Michel Temer à renúncia ao cargo de presidente da República.

Lúcio Funaro, segundo a grande imprensa, está negociando com a Procuradoria Geral da República, o dinheiro é que deve ficar com ele, pós delação premiada. A própria imprensa já cita a cifra de R$ 50 milhões, o dinheiro que ele quer como "sobra" do seu patrimônio conquistado com atividade de lavagem de dinheiro para os mais "chegados" ao presidente Temer e ao ex-deputado Eduardo Cunha. A demora na negociação da delação premiada parece ser apenas o "quantum" que ele quer "separar" para viver o resto da vida com relativa tranquilidade financeira. 

Lúcio Funaro, o doleiro e operador do PMDB, quer premiar o Ministério Público Federal com a "indicação" de contas no exterior do Michel Temer, presidente da República em troca da tranquilidade financeira. De bobo ele não tem nada!  A "bomba" do Funaro deve explodir no colo do presidente Temer, muito em breve.  

Ossami Sakamori


sábado, 24 de junho de 2017

Michel Temer: o povo que se lasque!

Crédito da imagem: Folha

A grande imprensa destaca a baixa popularidade do presidente Temer. Segundo a Folha o índice de popularidade do Michel Temer está em 7%, entre ótimo e bom, o menor nível, suplantado apenas pelo índice de popularidade do José Sarney, no final do seu mandato. Outros veículos de comunicações fazem referência, cada vez menor, a figura do Michel Temer no assento da presidência da República. Temer é um presidente anão. 

Michel Temer foi sempre uma figura "apagada" no cenário nacional se não fosse pelo cargo de vice-presidente da República, conquistado com prestígio e popularidade do ex-presidente Lula da Silva. Michel Temer, imagino, foi escolhido pelo Lula da Silva exatamente pela personalidade "apagada", para não fazer frente aos projetos do Partido dos Trabalhadores. Temer não foi preparado para assumir o cargo de presidente da República, mas de vice, um cargo figurativo. 

Michel Temer tentou formar governo de "coalizão" para assumir o cargo de presidência da República na vacância do cargo da titular Dilma Rousseff em razão do impeachment. Apesar de Partido dos Trabalhadores e seus aliados ideológicos, pós impeachment, ter se tornado uma minoria, formado pelos "gatos pingados" dos partidos da esquerda, o presidente Temer não consegue formar governo de "maioria absoluta". 

Michel Temer, sem a "maioria absoluta", 308 deputados e 54 senadores, não consegue aprovar reformas estruturantes que requerem Emendas Constitucionais.  As Emendas Constitucionais do "teto dos gastos" foram aprovadas, ainda no meio da euforia do impeachment da Dilma. A reforma trabalhista só foi aprovada pela Câmara dos Deputados porque é matéria infra-constitucional que exige apenas "maioria simples". Ainda assim, a reforma trabalhista patina nas Comissões do Senado Federal. 

Com a popularidade do presidente Temer em baixa, 7%, entre ótimo e bom, os parlamentares, mesmo da "base de apoio" não querem "tirar foto" ao lado do presidente que se definham a cada dia, na véspera de suas próprias reeleições. Faltam apenas 1 ano e 3 meses para as eleições gerais do ano que vem. Os parlamentares, senadores e deputados, estão interessados nas suas próprias sobrevivências do que na sobrevivência do Michel Temer. Nenhum deles quer aparecer ao lado da figura que se "definham" a cada dia. 

O próprio ministro da Fazenda Henrique Meirelles, fiador do programa econômica do governo Temer, já deixou claro que não continua no governo se as reformas estruturantes forem jogados para o segundo plano. Henrique Meirelles não quer associar o seu nome ao do governo fracassado do Temer. Meirelles tem projeto político como parlamentar ou como chefia do poder executivo. Na pior das hipóteses, tem emprego garantido em qualquer instituição financeira. 

E onde fica o povo?  Pois, o povo que se lasquem! No momento, o Michel Temer está "muito ocupado" em defender o cargo de presidência da República. A preocupação do presidente Temer do plano político passou a ser do plano criminal.  Pior, o presidente Temer coloca toda estrutura do Poder Executivo para defender seus interesses privados. O povo? O povo que espere!

Michel Temer: o povo que se lasque!

Ossami Sakamori


sexta-feira, 23 de junho de 2017

Estados Unidos suspendem a compra da carne bovina.


Estados Unidos suspenderam, nesta quinta-feira, dia 22, todas importações da carne bovina "in natura" do Brasil. O resultado é de uma inspeção rigorosa dos lotes de carnes enviadas pelos frigoríficos brasileiros. O comunicado foi emitido pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) e foi duro. As carnes que estão "na água" ou "embarcados em navios" seguindo para aquele país, estão impedidos de entrar no país.

A suspensão da importação pelos Estados Unidos poderá trazer consequências imprevisíveis para o setor agropecuário brasileiro. A União Européia deverá, em qualquer momento, acompanhar a decisão dos Estados Unidos. A União Européia tem um lobby muito forte dos produtores locais, altamente subsidiados pelos governos locais. Os dois mercados foram conquistados às duras penas, só para lembrar. 

Colocar toda a culpa do ocorrido na Operação Carne Fraca da Polícia Federal  para a barreira comercial e sanitária impostas pelos países importadores é desconhecer o problema que é recorrente no Brasil. Convenhamos, quem compra produtos exigem qualidade. No caso da carne '"in natura" com muito mais razão. As barreiras sanitárias são impostas para garantir a saúde da população. O Brasil pode ser leniente, mas os importadores não são. O Brasil carece fazer o dever de casa ao invés de tentar exportar as suas mazelas. 

Como sempre, o brasileiro corre atrás do prejuízo. Este blog, em 8 de março de 2014, portanto há mais de 3 anos, já chamava atenção do governo e dos produtores brasileiros, sobre o movimento de resistência dos países importadores, sobretudo dos Estados Unidos. Leia a matéria abaixo, em itálico, reprodução de uma matéria do noticiário Kansas City Star de 4 de fevereiro de 2014. 

Planejar importação de carne do Brasil causa alvoroço.
(Reprodução da notícia Kansas City Star, 4/2/2014)Tradução, via translator do Google
Grifo das cores é meu, não é da fonte.

Pé e boca, doença é tão altamente contagiosa que pode ser transmitida em uma brisa suave ou nos pneus de máquinas agrícolas. 
Read more here: http://www.kansascity.com/2014/03/04/4866138/plan-to-import-beef-from-brazil.html#storylink=cpy
A doença, que afeta o gado e outros animais de cascos, foi erradicada nos EUA mais de 80 anos atrás. Mas uma proposta do governo para importar carne bovina "in natura" do Brasil - onde a doença ainda está ativa - despertou temores de uma nova epidemia que poderia custar ao gado dos Estados Unidos e na indústria bilhões de dólares.
A ideía é "ridícula", escreveu fazendeiro Tracy Trask do Dakota do Sul em um site do governo, onde a proposta foi publicado.  "Você perdeu sua mente Freakin? Qual seria o benefício econômico que superam a dizimação do gado e indústria neste país ...? "
A proposta uniu facções dentro da indústria de carne que os EUA raramente concordam em alguma coisa. Dos mais de 500 comentários postados no site a partir de terça-feira, quase todos são negativos.
A Associação de Carne Bovina do Nacional Pecuaristas, cujos membros incluem as grandes processadoras de carne bovina que poderiam se beneficiar da proposta, diz que compartilha essas preocupações. O grupo, que se opõe a tais importações, desde que a febre aftosa continua a ser um problema no Brasil, pediu ao governo para "um potload de documentos" sobre a proposta, disse Colin Woodall, vice-presidente da associação de assuntos governamentais.
A proposta, do Departamento de Animais e Plantas de Inspeção de Saúde Serviço de Agricultura dos EUA, apareceu no site da agência, dois dias antes do Natal do ano passado.
Especialistas do USDA disse na proposta que eles iriam limitar as importações para carne de bovino proveniente dos estados brasileiros que não tiveram casos recentes de febre aftosa.
"Estamos cientes das preocupações dos pecuaristas", disse um porta-voz do APHIS disse ao jornal The Kansas City Star na sexta-feira. "USDA baseia as suas decisões de importação sobre ciência e continuará a proteger a saúde da agricultura dos EUA através de requisitos adequados de elegibilidade importação."
Funcionários disseram que basearam a sua avaliação de que as importações não iria reacender a doença aqui, pelo menos em parte, em informações fornecidas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil, e em visitas ao local por especialistas norte-americanos no Brasil.

"Concluímos que o Brasil tem infra-estrutura e capacidade de resposta de emergência adequadas para conter e erradicar a febre aftosa no caso de um surto e para cumprir com as restrições às importações norte-americanas de produtos provenientes de áreas afetadas de forma eficaz", disse o USDA na proposta.
O governo brasileiro solicitou que os EUA realizar uma revisão das restrições à importação depois de autoridades norte-americanas e brasileiras anunciaram que iriam trabalhar para eliminar as barreiras comerciais entre os dois países.
O USDA originalmente fechou consultas públicas sobre a proposta há duas semanas, mas foi reaberto na Quinta-feira, após a consulta à proposta ter recebida com reações rápidas e negativos. 
Entre os comentários:
"Os produtores de carne bovina dos EUA não pode correr o risco de importar carne inacreditável de um país com conhecidos febre aftosa. Eliminamos-la e vamos trazê-la de volta "!
Oito senadores norte-americanos, incluindo de Kansas, os republicanos Pat Roberts e Jerry Moran, escreveu o secretário de Agricultura, Tom Vilsack, no mês passado para solicitar uma prorrogação de 60 dias do período de consulta pública, dizendo que eles estavam "preocupado com o possível risco da Febre Aftosa (FMD) que está sendo trazido para os Estados Unidos. "
Os EUA tinham nove surtos da doença entre 1870 e 1929, a mais grave em 1914, infectando 170.000 bovinos, ovinos e suínos em 3500 rebanhos.
Um surto de 1924 exigia o abate e eliminação de 109 mil fazendas animais e um número estimado de 22.000 veados. O último surto, em 1929, iniciou-se em porcos que haviam comido restos de carne infectada jogado fora por um navio a vapor com carne de turismo da Argentina.
A febre aftosa hoje continua sendo uma das doenças economicamente mais prejudiciais do mundo, com dezenas de países que ainda trabalham para erradicá-la.
Os seres humanos não contraem a doença, mas pode carregá-lo em suas narinas e em suas roupas e passá-lo para os animais. Seus efeitos são devastadores para o gado, provocando febre alta, babando excessiva, indo fora de sua alimentação, claudicação e, em alguns casos, morte.
E a doença pode sobreviver em carne fresca de animais infectados, disse Bob Larson, um veterinário e professor da Faculdade de Medicina Veterinária da Kansas State University. E a doença pode sobreviver em carne fresca de animais infectados, disse Bob Larson, um veterinário e professor da Faculdade de Medicina Veterinária da Kansas State University.
Ele poderia se espalhar de lá para animais vivos aqui, disse ele. Apesar de que seria necessária uma série de eventos improváveis ​​de ocorrer, que não é impossível, acrescentou.
"É provavelmente é um risco bem pequeno", Larson disse, "mas a pergunta que as pessoas estão pedindo, é que uma quantidade adequada de risco para os benefícios comerciais que iria receber?"
Juergen Richt, um microbiologista veterinária na Kansas State, concorda que se a infecção da carne brasileira foram para chegar a um animal susceptível de os EUA ", sim, teremos um problema."
Se isso ocorreu, Richt disse, os EUA rapidamente ser designado como um aftosa positivo no país e teria que parar de exportar carne, custando a indústria da carne aqui bilhões de dólares.
Em sua objeção à proposta, Associação de Pecuaristas Kansas citou um relatório K-Estado, que constatou que um surto de febre aftosa em Kansas só iria custar ao Estado cerca de US $ 1 bilhão.
Richt comparou os efeitos de um potencial foco de febre aftosa aqui sobre um incidente de 2003, em que foi encontrada uma vaca no estado de Washington ter encefalopatia espongiforme bovina, ou "doença da vaca louca".
Esse incidente imediatamente fechou mais de 50 países às importações de carne bovina dos Estados Unidos e custar bilhões de dólares da indústria do gado.
No final, disse Richt, a febre aftosa ", é um dos agentes mais contagiosas no reino animal."
É tão eficiente e perigoso, disse Richt, que também dirige o Departamento de Centro de Excelência de Segurança Interna para emergentes e zoonoses animais no K-Estado, que as autoridades americanas estão cientes de seu potencial como uma arma do terrorismo.
Alguns pensam que a importação de carne bovina in natura do Brasil poderia ajudar a flágeis fontes norte-americanas e ajudar a reduzir os preços da carne altíssimos em os EUA.
"Há sinais econômicos claros" para prosseguir importar mais carne bovina, disse Glynn Tonsor, um economista agrícola da Kansas State. No entanto, o valor previsto pela proposta brasileira, pelo menos neste momento, é minúsculo.
O USDA diz que antecipa em algum lugar entre 20.000 e 65.000 toneladas métricas de carne bovina brasileira viria para os EUA - menos de um aumento de 1 por cento do total das importações de carne bovina dos Estados Unidos.
Bill Bullard, chefe da base-Montana rancheiros-Pecuaristas Ação Fundo Legal, disse que acha que o motorista real por trás da proposta é o JBS SA, uma carne brasileira empresa que se estabeleceu em os EUA
Bullard, cujo grupo acredita grandes embaladores e carne estrangeira está dirigindo pequenos fazendeiros fora do negócio, disse o USDA está apenas "kowtowing" a JBS, maior produtor de carne bovina do mundo eo terceiro maior embalador carne bovina dos EUA.
"JBS quer importar gado de alto risco e de carne bovina para os Estados Unidos, sem levar em conta o bem-estar da indústria gado os EUA ea segurança dos consumidores norte-americanos", disse Bullard.
Ele acha que a JBS, o que contribui grandes quantidades para os EUA e os políticos brasileiros e que os benefícios de empréstimos do governo brasileiro, são, pelo menos em parte, estão por trás do movimento do governo brasileiro para a proposta.
Funcionários do USDA disse que se JBS não deve pressionar-los sobre a questão, e a empresa nega que eles estão por trás da iniciativa. A empresa disse em um comunicado sexta-feira que"desempenhou nenhum papel neste processo de negociação entre dois governos soberanos."
A empresa acrescentou que apoia "condições transparentes, previsíveis internacionais de negociação com base em dados científicos sólidos.Acreditamos que qualquer esforço para eliminar as barreiras comerciais ... e reforçar a cooperação entre os nossos dois países é um fator positivo para as pessoas de ambas as nações. "
Bullard e outros observam, porém, que a JBS e Brasil tiveram a sua quota de problemas comerciais e de importação. No ano passado, as autoridades brasileiras reconheceram um atraso de dois anos em relatar um "atípico" vaca-BSE positivo em rebanho bovino dessa nação, que teria parado as exportações para muitos países. Autoridades brasileiras culpou o atraso em uma "anomalia logístico" no seu laboratório.
E em 2010, Segurança Alimentar do USDA Serviço de Inspeção e lembrou que constatou £ 258.000 de carne cozida de uma planta da JBS com sede em Chicago. 
A carne havia sido importado do Brasil, apesar de uma proibição dos EUA sobre essas importações por causa dos altos níveis de vermífugo, um medicamento usado para controle de verminoses intestinais em gado. 
Fim.

Para os menos informados, a suspensão da importação da carne bovina "in natura" pelos Estados Unidos devem parecer como retaliação repentina, mas isto não é verdade. Há mais de três anos que o assunto vem sendo debatido pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). E este blog, novamente, antecipou os fatos que acabou terminando em suspensão da importação. 

O ministro da Agricultura Blairo Maggi disse à imprensa que vai tentar reverter a situação. Receio que o assunto não será resolvido no prazo curto. O controle sanitário dos Estados Unidos é tão rigoroso quanto da União Européia. Na minha avaliação, a União Europeia, mais dias, menos dias, deverá adotar medidas sanitárias semelhante às dos Estados Unidos.

O Brasil sempre corre atrás do prejuízo. O País é notório improvisador em todos segmentos, que vai da política econômica às soluções para sociedade como todo.  O povo brasileiro vai pagar mais uma vez, com perda de empregos no setor agropecuário decorrente dos fatos narrados. 

Ossami Sakamori


sábado, 17 de junho de 2017

Rombo do BNDES é de R$ 184 bilhões!

Crédito da imagem: Globo

Denúncia feito pelo senador Álvaro Dias, PV/PR, na tribuna do Senado Federal, mostra que os subsídios concedidos por taxa de juros "amigáveis" deixaram para o contribuinte um "rombo" de R$ 184 bilhões. O número é a diferença que o Tesouro Nacional teve que buscar no mercado pagando taxa de juros Selic e emprestando aos "amigos do Planalto" à taxa de juros subsidiados. É uma pena que os parlamentares tenham acordado muito tarde para tentar realizar a CPI do BNDES. 

Este blog fez matéria chamando atenção para o risco do sistema BNDES é de R$ 974 bilhões em 20/02/205, portanto há mais de dois anos. Apenas para não confundirem o "risco" com o "rombo", vamos lembrar que o "rombo" é prejuízo e o "risco" é potencial prejuízo. De qualquer forma, o assunto não é novidade para este blog. Muitas outras denúncias pertinentes à matéria estão disponíveis neste blog. Mediante palavra chave "BNDES", vocês encontrarão outras matérias que deram origem ao "rombo" anunciado pelo senador Álvaro Dias. 

No dia 3 de maio de 2015, há pouco mais de dois anos, escrevi Lula é um vagabundo!, ocasião em que recebi muitas críticas pela matéria, mas também muitos comentários favoráveis. À época, o PT mandava no governo, a ex-presidente Dilma tinha sido empossada para novo período de governo havia pouco mais de 4 meses. Tive que correr o risco de "retaliações" e "ameaças". Mas, fiz a minha parte. 

Embora a denúncia do senador Álvaro Dias, tenha vindo com dois anos de atraso, num ambiente completamente favorável para fazê-la, pois o governo PT não mais está no poder, mas é sempre oportuno relembrar as "maracutaias" praticadas pela organização criminosa que tomou conta do Palácio do Planalto. Os empréstimos do BNDES para o grupo JBS, também, já foram matérias deste blog, também há 3 anos.  Vamos lembrar, também, que o governo Temer afastou a competente Maria Silvia Bastos da presidência do Banco, por não acatar as ordens vindo do Palácio do Planalto. Boa coisa não deve ter vindo do Planalto. 

Tem um ditado que diz: "Depois do leão morto, muitos se apresentam como caçador". Não é o caso do senador Álvaro Dias, de quem me considero amigo, mas de muitos jornalistas e articulistas oportunistas que ocupam posições na grande imprensa. 

Rombo do BNDES é de R$ 184 bilhões!

Ossami Sakamori


sexta-feira, 16 de junho de 2017

Temer se acha o rei da cocada preta!

Crédito da imagem: Estadão

A cada dia que passa, a permanência do Michel Temer frente à presidência fica insustentável. No último dia 30 de maio, escrevi uma carta para presidente Temer sugerindo que ele renunciasse ao cargo máximo da República. Michel Temer ao que parece ser, é uma pessoa com soberba, característica nata de quase todos que ocuparam o mesmo cargo no Palácio do Planalto. 

No "popular", diz-se que a pessoa foi picada por "mosca azul", se referindo ao "sangue azul" dos reis que governavam muitos povos, com a "soberba" característica dos governantes da "idade média". O presidente Michel Temer se comporta como tal fosse, um verdadeiro "rei". Melhor dizendo, no "popular", o rei da "cocada preta". 

Presidente Temer não tem, "nem", o privilégio de dizer que foi eleito por 54 milhões de eleitores, tal como se defendia a sua antecessora Dilma Rousseff, na véspera da sua cassação de mandato. Sim. O Michel Temer foi eleito ao cargo de vice na chapa da Dilma, com o número 13 do PT. Nem sequer foi eleito como o número do seu partido, 15 do PMDB. Michel Temer foi eleito para substituto "eventual" na vacância do cargo de presidente. 

Michel Temer é um "vice-rei" que não deu certo. Atrás do episódio do "grampo" feito pelo amigo e empresário estelionatário do ramo de carne, estão vindo à tona várias denúncias de "condutas nada ilibadas" para quem ocupa o cargo de substituto natural para o cargo de "rei ou rainha" da "cocada preta". As denúncias vão desde a utilização de aeronaves dos amigos investigados pela "ladroagem" dos cofres públicos. A denúncia mais recente, comprovada pela Polícia Federal, foi a reforma da casa da sua filha com o dinheiro de "propina", "achacado" do seu amigo e estelionatário do ramo de carnes. 

Com tanto "benesse", "mordomia" e "dinheiro duvidoso", o presidente Temer não quer "entregar o osso", como dizem no ditado popular. Com a estrutura de apoio que a Constituição lhe garante, o presidente Temer faz sua defesa utilizando-se do púlpito do Palácio do Planalto. Libera o "dinheiro público", o nosso, como se favor pessoal fosse. Seu gesto teatral lembra os bonecos de marionete, as duas mãos para esquerda e para direita e assim vai "enganando" o povo brasileiro como se "bobos da corte" fossem.

Michel Temer se autodenomina o "salvador da pátria" tal qual os antecessores Lula da Silva e Dilma Rousseff fizeram, utilizando-se da estrutura e do dinheiro nosso, o do contribuinte.  Não dei procuração para Temer falar em meu nome, porque não votei no 13. Nem o povo brasileiro, não votou na pessoa do Temer. O povo votou sim, na chapa da presidente cassada Dilma. Nem esses que votaram indiretamente no Temer, não o querem mais no cargo que ocupa. 

Michel Temer, em querendo, poderá abdicar-se do cargo que ocupa, sem ser eleito diretamente para tal, para abrir caminho da sucessão conforme prevê a Carta Magna da República, sem traumas. Sugiro que ele o faça quanto antes possível, porque o povo não aguenta ter mais um "espertalhão" à frente do cargo máximo da República por muito tempo. 

Temer se acha o rei da "cocada preta"!

Ossami Sakamori
@SakaSakamori

quinta-feira, 15 de junho de 2017

Joesley Batista é herói ou bandido?

Crédito de imagem: Estadão

Joesley Batista é fotografia da impunidade no Brasil. Ele está no País para depoimento em mais um processo que corre na Justiça Federal de Brasília, com pose de empresário bem sucedido. Seja como for, ele está com imunidade concedida pelo STF, quando da delação premiada que foi divulgada amplamente pela grande imprensa. A foto divulgada pelo Estadão de hoje, mostra a forma "arrogante" que ele encara o Poder Judiciário brasileiro. 

Joesley Batista é mais um empresário estelionatário, igual a um outro Batista, o Eike. O menino Eike já figurou na lista dos mais ricos do mundo da Revista Forbes. O menino Joesley é um outro US$ bilionário que consta da mesma revista. As semelhanças não param aí. Ambos são empresários estelionatários que cresceram à sombra do Partido dos Trabalhadores, especificamente do Lula da Silva. Dizia à época que o ex-presidente Lula iria criar os "players" brasileiros no mercado internacional. Só não disse se iria ser os "players" no ramo de bandidagem. 

A empresa JBS era conhecido no mercado financeiro como empresa em grande dificuldade econômica e financeira, antes do Lula. Antes dos benesses concedidos pelo BNDES, sob influência do Lula da Silva e da sua sucessora Dilma Rousseff, até o engraxate do BMFBovespa sabia que o destino da JBS caminhava para a recuperação judicial. Bastou o menino Jesley cruzar o caminho do Lula da Silva, o grupo econômico J&F da qual faz parte o JBS, recebeu aportes do BNDES a juros subsidiados de 1% a 3,5%, fixos, sem nenhuma correção.  Assim, até eu ficaria milionário!

O atual ministro da Fazenda Henrique Meirelles, à época, presidente do Banco Central e fiador da política econômica do governo Lula no mercado financeiro internacional. Junto com o Luciano Coutinho, presidente do BNDES, foram responsáveis pela concessões destes créditos, altamente susbsidiados. Uma empresa de consultoria ligado ao presidente do Banco preparava os projetos que viriam ser beneficiados pelo BNDES. Com costas quentes, Lula da Silva na presidência da República e Henrique Meirelles na presidência do Banco Central o grupo empresarial J&F exponencialmente. 

O ex-presidente do Banco Central do governo Lula da Silva e atual ministro da Fazenda do governo Michel Temer, o Henrique Meirelles e a família Batista são de Goiânia. A proximidade do menino Joesley e Henrique Meirelles são de longa data. Passa batido na grande imprensa, ou ela tem medo de tocar no assunto, o Meirelles foi o principal executivo do grupo econômico J&F dos Batistas. De certa forma, isto é um fator que teve influência na ascensão repentina do Joesley Batista como empresário "player".

Este blog, fez infindáveis matérias envolvendo as operações não tão republicanas do grupo econômico comandada pelo empresário estelionatário Joesley Batista. Em querendo acessar às matérias sobre o JBS, basta colocar a palavra chave no espaço de "Procura" deste blog e clicá-lo. Para este que escreve, os recentes episódios revelados, deveriam ter vindo à tona há mais de 3 anos, época que foram publicadas as matérias pertinentes às maracutaias do menino estelionatário Joesley Batista.

A foto do topo apenas mostra a forma arrogante do estelionatário criado pelos governos Lula e Dilma e com sobrevivência no governo Temer.  Mais dia, menos dia, o empresário estelionatário Joesley Batista tomará o mesmo caminho do Eike Batista que saiu da lista do Forbes para entrar na lista da Interpol. Se isto não acontecer, denota-se que o Judiciário brasileiro está tão metido no lamaçal quanto o Poder Executivo. 

Vamos ficar atentos à delação premiada do estelionatário Joesley Batista, para que não haja contaminações nos processos que correm na Justiça Federal. A grande imprensa o trata como um herói. Sem leniência, o verdadeiro lugar endereço do estelionatário deveria ser o Complexo Penitenciário da Papuda. 

Joesley Batista é herói ou bandido?

Ossami Sakamori
@SakaSakamori


terça-feira, 13 de junho de 2017

Aécio e Temer saíram abraçados, ontem!

Crédito da imagem: Folha

Os tucanos reuniram-se ontem, segunda-feria, para tomar decisão sobre eventual desembarque do governo Temer. A imprensa jocosamente falou sobre os tucanos anciões e os tucanos cabeça preta, com referência aos tucanos de plumagem mais antiga e os tucanos da ala mais jovem do partido. Segundo a grande imprensa, os tucanos de cabeça preta tentaram movimento de "desembarque" do governo Temer, mas foram vencidos pelos votos dos tucanos anciões.  Afinal ficou como entrou na reunião, o PSDB continua na base de apoio do governo Temer, apesar de desgaste político.

A imprensa deu destaque ao discurso oficial de continuidade ao apoio às reformas estruturantes e invocando de certa forma a "governabilidade" do governo Temer. Nada disso é verdadeiro. Isto é para inglês ver ou melhor para os otários verem. 

Os tucanos tem projeto para 2018, de lançar candidato à presidência da República pela sigla, em dobradinha com o PMDB, a quem caberia indicação do cargo de vice-presidente. Os tucanos não querem, com vista ao projeto nacional para o próximo ano, criar pontos de atrito com o maior partido no Congresso Nacional, hoje. Isto é o pano de fundo, o principal objetivo dos tucanos em permanecer na base de apoio do governo Temer.  

No entanto, o verdadeiro objetivo, neste momento é um "toma lá, dá cá". Os tucanos apoiariam o presidente Temer que está prestes a ser "indiciado" pela Justiça com fortes indícios da prática de crimes comuns revelados pelo "grampo" do empresário estelionatário Joesley Batista. Em troca o partido do presidente Temer, o PMDB, votaria contra a cassação do senador Aécio Neves no Conselho de Ética do Senado. Um casamento perfeito, uma troca-troca perfeita, uma estratégia para "salvar" ambos "caciques" dos dois maiores bancadas no Congresso Nacional. 

O combinado é que o PSDB vai fazer "corpo mole" sobre a decisão contrária à cassação da chapa Dilma/ Temer no TSE e garantir votos contrários à autorização ao indiciamento do Michel Temer na Câmara dos Deputados, 172, referente ao processo do "grampo". Por outro lado, o PMDB garantiria ao Aécio Neves, ainda presidente da Executiva Nacional do PSDB, para sair-se ileso da cassação de mandato do Aécio Neves.  É um verdadeiro "toma lá, dá cá". 

Comemorando o "dia dos namorados", de ontem, o PSDB do Aécio e PMDB do Temer saíram "se amando", até o próximo episódio.

Ossami Sakamori

domingo, 11 de junho de 2017

Juntos, somos a força da mudança!

Crédito de imagem: Estadão

Na matéria anterior, tratei sobre a vitória do Michel Temer no Tribunal Superior Eleitoral referente ao processo de cassação da chapa Dilma/ Temer como vitória do Pirro. A expressão recebeu o nome do rei Pirro do Épiro, na Batalha de Heracleia, em 280 a.C. de seu exército ter sofrido perdas irreparáveis ao impor derrota aos romanos. Foi exatamente o que aconteceu com o presidente Michel Temer ao impor derrota ao PSDB e aliados nas eleições de 2014, em que ele figurou como vice na chapa vencedora, a da Dilma Rousseff do PT.

Para quem assistiu o julgamento do processo, em tempo real, pela TV Justiça, viu com os próprios olhos, o total desconforto dos que votaram contra cassação da chapa, apesar de robustas argumentações do ministro relator. O próprio ministro presidente do TSE afirmara que estaria dando voto à favor da absolvição com forte componente político. Ele, o ministro Gilmar Mendes, afirmou que o julgamento de um presidente da República teria que ser diferente do julgamento de qualquer governador ou prefeito municipal. O fato é que o julgamento expôs a "inutilidade" do TSE para resolver questões eleitorais. Imagine este mesmo TSE supervisionando a lisura das eleições futuras!

Deixando de lado a questão da vitória do Temer no TSE, o presidente encontra-se numa situação de "saia justa", resultado dos episódios decorrentes ao "grampo" feito pelo empresário estelionatário Jeosley Batista, nos porões do Palácio Jaburu.  O episódio em si, aparentemente, parecia não ter nenhum desdobramento político, mas parece ser apenas o início de uma série de revelações sobre os comportamentos nada republicanos do presidente Michel Temer, incluindo nos ilícitos a suspeita do recebimento de "propinas" e da existência de contas não declaradas no exterior. 

O empresariado brasileiro do setor produtivo estava começando a se animar com a situação econômica do País resultado do crescimento do PIB positivo no primeiro trimestre deste ano. O próprio presidente Temer e seu ministro da Fazenda anunciava que a tendência da economia do País tinha revertido para o crescimento econômico. Com que de rotina, eu afirmei que a trajetória da economia poder-se-ia definir com indicadores positivos apenas após confirmação em dois trimestres consecutivos, contrariando os melhores analistas econômicos do País. 

Infelizmente, com a precária situação política do presidente Temer, as reformas estruturantes propostas por ele, que estava a animar o empresariado produtivo, estão sendo jogados para o segundo semestre. Estou a falar das reforma da previdência e reforma tributária.  As reformas estruturantes estavam sendo conseguidos à custa de imposição de um severo quadro da economia que vai de 14 milhões de desempregados a 60 milhões de inadimplentes no sistema de crédito. Os números em si, são maiores do que a maioria dos países do mundo. 

Com remota possibilidade de afastamento Michel Temer, apesar deste com sérios problemas na área criminal e na sua postura ética nada recomendável e por total falta de estímulo ao ânimo do setor empresarial para que os últimos deem o reinício aos investimentos produtivos, o Brasil entra, novamente, na posição de "esperar pelo futuro".  O Brasil tornou-se o "eterno" país do futuro. O povo já cansou de esperar!

Para reverter a esta situação de letargia, só tem uma maneira, o povo deve sair às ruas e exigir providências para que o País volte a exibir crescimento sustentável. O Brasil tem tantos ingredientes positivos que "qualquer" presidente da República com capacidade mediana, com probidade, coloca o país na rota do desenvolvimento sustentável. Nada de procurar o "salvador da pátria"!

Juntos, somos a força da mudança!

Ossami Sakamori


sábado, 10 de junho de 2017

A vitória do Temer é vitória do Pirro!

Crédito da imagem: Folha

Ontem, 9 de junho de 2017, o Tribunal Superior Eleitoral - TSE, absolveu a chapa Dilma /Temer num processo de cassação movido pela coligação encabeçada pelo PSDB, referente ao resultado da eleição presidencial de 2014, vencida pela coligação que levou Dilma Rousseff para presidente da República e Michel Temer para vice-presidente. 

Não sou operador de leis, pelo contrário, sou completamente leigo, tanto quanto maior parte dos 205 milhões de brasileiros.  Não vou comentar sobre a legalidade do resultado da votação que ocorreu ontem. Isto fica para os juristas e articulistas da área jurídica. Só sei que Dilma Rousseff poderá se candidatar a qualquer cargo eletivo e o Michel Temer continuará na presidência da República até dia 31 de dezembro do próximo ano. 

Na visão de leigo com eu que assistiu as sessões nos três dias de julgamento, deu para perceber a consistente relatoria do ministro Herman Benjamin, que cabalmente demonstrou o abuso de poder político e econômico da chapa vencedora nas eleições de 2014, objeto da denúncia. No entanto, o pleno do TSE é composto por 7 ministros que por voto majoritário decidem sobre temas mais importantes sobre as eleições no País. 

Ficou também evidente, a dificuldade técnica-jurídica de ministros que votaram pela absolvição da chapa Dilma/ Temer, em fazer defesa da tese da absolvição. Os três ministros que votaram a favor foram nomeados pelo governo PT. Um destes ministros, por coincidência, tinha sido advogado da mesma chapa nas eleições de 2010, mas não declinou em participar da votação. 

Já era esperado o voto favorável do ministro presidente do TSE, Gilmar Mendes, pela absolvição da chapa, pelas declarações na imprensa pela defesa da chapa, numa demonstração clara de "decisão política", de interesse. Quando o próprio ministro presidente "reabriu" o processo de cassação da chapa Dilma/ Temer, o requerente Aécio Neves estava "em alta" e era "amigo" do senador.  Claro que, com a Polícia Federal no encalço do seu "ex-amigo" Aécio Neves, rapidamente bandeou-se para a posição contrária. A sessão de julgamento apenas serviu para expor a prevalência do "toma lá, dá cá", num espetáculo deprimente e de vergonha para os ministros dissidentes. 

Perdeu a instituição Tribunal Superior Eleitoral. Perdeu a credibilidade sobre a lisura de qualquer eleição no País. Perdeu o Brasil, novamente. Prevaleceu, mais uma vez, a força da facção criminosa que tomou conta do Palácio do Planalto. Mais uma vez, o Brasil deverá estar estampado nas manchetes das mídias internacionais. 

Ganhou a pessoa física do Michel Temer, que continuará no comando na nação brasileira até o dia 31 de dezembro de 2018. A vitória do presidente Temer é vitória do Pirro. Com tantos soldados mortos para prevalecer a sua vontade, tal qual fizeram os piores pseudos líderes que deixaram "marcas" profundas na história contemporânea do mundo. O povo brasileiro não tem nada a comemorar.

Sem o apoio político, com proximidade das eleições gerais de 2018, o presidente solitário (politicamente) Michel Temer, ficará cada vez mais isolado. As reformas estruturantes prometidas, a da previdência social e a tributária ficarão para dia do são nunca ou virão "tão desidratadas" que não causarão nenhum impacto nos Orçamentos Fiscais dos próximos anos. Só mesmo, a reforma trabalhista, em tramitação no Senado Federal, deverá ir para sansão presidencial até o final do mês. 

Já podemos prever que, se depender do presidente Temer, o Brasil continuará "sangrando" até a eleição do próximo presidente da República em outubro do próximo ano. Espero que não aparece mais um "salvador da pátria". 

A vitória do Temer vitória do Pirro!

Macroeconomia no meu outro blog : Brasil liberal já!

Ossami Sakamori

quinta-feira, 8 de junho de 2017

Meirelles poderá ser o novo presidente da República.

Crédito da imagem: Globo

É quase certo que o presidente Temer se livre da perda do mandato, via processo de cassação da chapa Dilma/ Temer, em julgamento no TSE. O processo deverá encerrar amanhã, com votação pelos 7 juízes que compõe o pleno do Tribunal Superior Eleitoral. Não é necessário ser especialista em matéria para chegar a conclusão de que a chapa deverá ser absolvida por 4 x 3, o processo impetrado pelo PSDB no final de 2014 contra a chapa Dilma/ Temer. 

Por outro lado, avança no STF uma eventual instauração de processo criminal contra o presidente Michel Temer, decorrente do "grampo" do empresário estelionatário Joesley Batista feito "clandestinamente", nos porões do Palácio do Jaburu. O conteúdo, nunca negado pelo Michel Temer, não é nada republicano. O diálogo passa pela continuidade de assistência financeira ao seu ex-aliado Eduardo Cunha à concordância na obstrução de justiça com compra de magistrados e procurador da República pelo empresário estelionatário. 

Se o Brasil fosse um país sério, somente a anuência à obstrução da justiça feito pelo empresário estelionatário e nunca tomado providência seria o motivo suficiente para o processo de impeachment de um presidente da República. Não, infelizmente, somos a republiqueta de quinta categoria. O País deve "sangrar" até que o presidente Michel Temer resolva deixar o cargo máximo da República por vontade própria. 

Nos próximos dias ou talvez meses, o Brasil deverá viver momentos de "picos" da crise econômica e social que assola o país há mais de dois anos.  Chegará momento em que a pressão popular será tão intensa e a perda de apoio do presidente no Congresso Nacional, deverá levar a um "acordão" para Michel Temer renunciar ao cargo máximo da República. 

O acordão, ao contrário de que afirmei há duas semanas neste blog: Tasso Jereissati será novo presidente da República, deverá passar por um outro nome para o mandato tampão. Faltando apenas um ano e meio para o término do mandato, torna-se imperativo, no mínimo a continuidade da política econômica comandada atualmente pelo ministro da Fazenda Henrique Meirelles. É possível que neste "acordão", o nome do presidente "tampão" seja o do próprio Henrique Meirelles. A afirmação é minha e não veio de nenhuma fonte. 

Vamos deixar claro que o meu ponto de vista sobre a possível ascensão do nome do Henrique Meirelles nada tem a ver com a minha adesão à atual matriz econômica defendida pelo ministro da Fazenda. A atual política econômica e monetária privilegia o capital especulativo em detrimento ao capital de investimento direto do setor produtivo. Feito esta ressalva, na atual situação, Meirelles poderá ser um dos poucos nomes, no momento, que poderá levar avante as reformas estruturantes necessárias ao País, em andamento no Congresso Nacional. 

Meirelles poderá ser o novo presidente da República.

Ossami Sakamori

terça-feira, 6 de junho de 2017

Quero meu Brasil de volta!



Fico muito triste com o que está acontecendo com o meu País, sobretudo nas últimas semanas.  O Palácio do Planalto, de onde o povo espera que saiam as medidas que apontem saída para a pior crise econômica dos últimos 100 anos, o que se vê é um presidente da República transformá-lo numa verdadeira "casamata", ou num verdadeiro "bunker", para defender-se dos supostos crimes cometidos no exercício do poder. 

Não me lembro de, como eleitor que não elegeu a chapa Dilma/ Temer, ter dado "procuração em causa própria" para defender interesses pessoais, seja de foro pessoal ou para atender interesses do seu grupo político. Não me lembro que a Constituição da República tenha dado autorização para um presidente da República utilizar-se do Palácio do Planalto para praticar o mais vis do crime de ladroagem dos cofres públicos.

Nas últimas duas semanas, o que se vê é um presidente da República transformar a estrutura do Poder Executivo para a defesa dos seus interesses privados. Após o episódio do "grampo" efetuado pelo empresário estelionatário do ramo de carnes, o presidente da República nomeia para o Ministério da Justiça um amigo pessoal para cuidar da defesa dos seus crimes comuns, o de recebimento de propinas, praticados no exercício dos cargos que ocupou.  

O presidente da República, utiliza-se de avião presidencial com todos os custos pagos pelo contribuinte, para deslocar-se para manter reunião com o seu advogado e conselheiro em São Paulo. Nada, nada, são R$ 250 mil de despesa de deslocamento do avião presidencial e de equipe de segurança. É pouco dinheiro, diante dos R$ bilhões subtraídos dos cofres públicos por si e pela sua antecessora, a quem deve o cargo de presidente da República. 


Tanto quanto a presidente anterior, a Dilma Rousseff, o atual presidente Michel Temer, se acha o dono do cargo de presidente da República. Vamos lembar que o cargo de presidência da República pertence ao povo brasileiro. Os presidentes em exercício estão no poder para prestar serviços à nação e ao povo brasileiro. Os presidentes da República não são eleitos para defender os interesses próprios. Só é assim, nas ditaduras de republiquetas. 

Como tantos ditadores de republiqueta de quinta categoria, o presidente da República Michel Temer se comporta como tal, com toda soberba e auto aclamação das suas qualidades pessoais. Como ditadores das republiquetas, o presidente Michel Temer afirma que "não sai do cargo", como que de seu direito fosse a permanência no cargo a qualquer custo. 

Nada de solução simplista como intervenção militar como querem alguns desavisados, que querem terceirizar a transição do governo. As instituições da República, embora fracas, estão em pleno funcionamento. Dá trabalha, dá! Não tem solução simples para uma situação complexa. Vamos enfrentá-la de frente, com coragem. 

Vamos torcer que as Instituições da República funcionem para colocar o presidente Michel Temer fora do cargo da presidência da República, o quanto antes possível.  O povo brasileiro não aguenta mais esta situação de permanente crise política e econômica. Que o Congresso Nacional e o Poder Judiciário cumpram os seus deveres previstos na Constituição da República.  É o mínimo que o povo brasileiro espera deles. Eu, também. 

Quero meu Brasil de volta!

Ossami Sakamori